A noite está calma. Meus pais saíram para uma encontro e voltam só de manhã. Nem quero imaginar o que vão fazer.
Estou sozinho em casa, e gosto disso. Sem ninguém, posso jogar videogame sem perturbações.
Jogo um MMORPG famoso, Lost Souls, o melhor e mais competitivo jogo de todos. Não sou muito conhecido nele, somente pelos meus amigos, que me chamam de "Deus do Arco". Bem, não quero me gabar, mas eu sou muito bom de mira.
NOTA: Lost Souls / Almas Perdidas
Depois de uma dura batalha para conquistar uma das armas lendárias, na qual minhas habilidades de arqueiro foram essenciais, paramos em um local onde poderíamos descansar, já que os quatro precisaram ir jantar. Enquanto esperava os noobs voltarem, me deitei na cama e abri um vídeo no canal do YouTube que eu gosto.
Dou algumas risadas com as piadinhas e trocadilhos toscos que esse cara fala. Vejo um vídeo inteiro e meus amigos ainda não voltaram, então decido ver outro, que eu já assisti umas dez vezes, mas não canso de ver. O vídeo é grande, uma gameplay de quase duas horas. Meu amigos não voltam. Não é possível que os quatro tenham dormido sem querer.
Meus olhos começam a pesar. Isso sempre acontece quando me deito depois de meia noite. Tento resistir e focar na gameplay. As palavras do youtuber começam a ficar embaçadas, pois vez ou outra eu tenho um mini desmaio. De repente, tudo fica escuro.
Abro os olhos de uma vez e percebo que adormeci. O celular estava na minha mão, com o vídeo pausado quase no fim e uma mensagem na tela que dizia "Sem conexão com a internet". Me levanto um pouco atordoado, com a visão embaçada. O quarto está muito escuro. Me pergunto se faltou energia em casa. Ao olhar pela janela do meu quarto, que fica no segundo andar da minha casa, percebo que a rua está um breu total.
- Apagão. Que ótimo. - Digo para mim mesmo, com um tom irônico.
Percebi que nenhum vizinho saíra de casa, o que acontece comumente em apagões. Devem estar todos dormindo.
Ando rapidamente até um pequeno armário que tem no fim do corredor do segundo andar.
- Espero que tenha velas aí. - Falo olhando para o armário, como se ele fosse me responder.
Abro uma das portinhas, que faz um rangido alto e irritante.
- Não me lembro dessa coisa ser tão velha. - Falo em desaprovação.
Por sorte, encontrei, entre muitas outras tralhas, uma única vela. Encontro também uma caixa de fósforo. Pego um e acendo a vela.
Volto para o meu quarto, andando vagarosamente para não apagar o fogo. Agora que reparo em como a noite está fria, e combinando com a escuridão, minha casa daria um ótimo cenário pra filme de terror, daqueles que um demônio ou um monstro tenta matar uma família de formas brutais.
Chegando no quarto, ando até a janela e dou mais uma olhada na rua. Dessa vez, consigo ver algumas silhuetas na escuridão. Tem pessoas na rua. Todas estão paradas perto do muro de uma casa.
Estranho. Estão tão quietas, paradas, sem movimento algum. E... Tenho a sensação de que... Todas estão olhando para mim.
De repente, alguém me agarra por trás, tapando minha boca com o braço, que por sinal fedia bastante, enquanto apaga a luz da vela com a mão do outro braço.
Ele ou ela, não sei, me arrasta até o quarto dos meus pais e me joga no chão, mas não deixa te tapar minha boca.
- Quem é você? - Ele me pergunta em um sussurro, mas seu tom expressa nervosismo. Sua voz é masculina.
Tento gritar, mas ele é forte, e sua mão bloqueia quase que totalmente meu som.
- Sei que não é um deles. Eles não gostam de luz. - Ele diz, enquanto olha para trás, na direção da porta, como se alguém estivesse chegando.
Não tento responder dessa vez, Não adianta com a mão fedorenta dele na minha boca.
Um forte som de madeira batendo vem do andar de baixo. Alguém arrombou a porta.
- Droga. - O cara diz, claramente abafando um grito, e finalmente tira a mão suja da minha cara.
- Mas que merda tá acontecendo?! - Grito pro cara à minha frente. Percebo que ele usa um casaco grande e grosso.
Ele se vira para mim de uma vez. Será que o assustei?
- Que se dane você. - Ele diz indignadamente pra mim e sai correndo pelo corredor.
- O que?! - Saio correndo atrás dele.
Quando chego no corredor, o cara não está lá.
- Que rápido. - Digo em surpresa.
Escuto passos pesados subindo as escadas e vindo em minha direção. Varias pessoas surgem no corredor, correndo. Elas parecem procurar algo.
Assim que me veem, todos vêm na minha direção. Não entendo de início, mas logo percebo que todos empunhavam facas, tesouras pontudas entre outros objetos afiados.
- Saia! Saia daqui!!
- Vá embora!! Essa não é sua casa!!
- Morra e saia!!
- Eles te odeiam!!
Todos eles gritam juntos. Essas são as únicas frases que consigo entender antes de recuar assustado no corredor.
De repente, e por sorte, o chão do corredor quebra abaixo dos meus pés e eu Caio desajeitadamente em cima da mesa da cozinha.
Não me Machuco muito e consigo me levantar facilmente.
- Saia daqui!!
- te achar!! Te matar!! Achar!! Matar!!
Escuto eles virem de novo. Sem pensar duas vezes eu começo a correr.
Corro pra fora de casa. Corro pela rua deserta. Corro até minhas pernas não aguentarem mais.
Após muito correr, eu desabo no chão perto de um campo de futebol que fica não muito longe de casa. Ele parece diferente. Mais acabado e mais destruído.
Mas... Agora que parei pra prestar atenção... Tudo aqui está acabado e destruído. As casas, as ruas, as calçadas. Nada está em bom estado e não importa pra onde eu olhe, a escuridão domina tudo.
- O que aconteceu aqui? - minha voz sai fraca e assustada, exatamente como eu me sinto agora.
Uma boa historinha de terror pra dar um gelo legal nas nossas vidas muahahahahahaha
...
kkkkkkk sorry
Mais um history saindo do forno :3
Me inspirei nessa história quando li alguns relatos sobre um suposto lugar chamado Setealem. Já que minha mente explodiu em ideia, decidi escrever sobre rs.
Esse "livro" vai ser pequeno, mas a história de setealem tem muito mais a contar...
Se gostou deixe seu voto e um comentário se puder, dizendo oq vc achou, tipo "Nossa, que bosta" rsrs
Vlw Flw
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SeteAlem
HorrorEu estava tendo uma noite tranquila. Muito tranquila mesmo. Me deitei na cama e peguei o celular. Enquanto assistia a uns vídeos no YouTube, meu olhos começaram a pesar. Tentei resistir ao sono, mas falhei e adormeci. Quando acordei, percebi que...