Capitulo 33

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— Os batimentos estão fracos ! levem ele para a emergência ! ele demorou muito tempo para ser socorrido ! Preparem a sala de operações ! — Eu ouvia os enfermeiros gritando de todos os lados.

Eu estava péssima, estava me sentindo como se parte de mim estivesse deitada naquela maca, como se fosse eu ali.

Ver o Jason naquele estado era a última coisa que eu esperava para terminar o dia, esse dia tão agitado, tão corrido, tudo parecia desmoronar.. E eu chorava e pedia aos céus em silêncio para que ele não morresse, eu não poderia suportar.. Ele não podia morrer, muito menos sem saber a verdade sobre os nossos filhos, ele não pode, não pode !

Na última vez que o vi — No dia de hoje — não foi muito bom, eu o decepcionei, o rejeitei.. E ele só disse que me amava. Oh Deus.. Não deixa ele morrer !

— Senhora você terá que ficar aqui fora ! O estado do paciente é grave ! — Uma enfermeira se virou para mim, ao ver que eu corria junto dos médicos para dentro da sala, eu mal reparei de tão desesperada que eu estava.

— Deixem eu entrar com ele ? Por favor ? — Eu implorava, aos prantos.

— Não podemos moça, você precisa ficar aqui ! — Uma enfermeira alta me respondeu quase gritando, enquanto me empurrava com as duas mãos.

E então eles fecharam a porta e eu não pude ver mais nada, foi quando eu desmoronei. Eu me sentei no chão do hospital com as mãos em volta dos joelhos, o choque fazendo efeito, caindo com tudo, de uma única vez, sobre mim.

                      ******

Antes....

Já liguei Jennyffer, eles estão vindo pra cá ! — O Diogo falou, se aproximando de nós no banco da praça.

— Meu Deus ! Porquê ele está assim ? Quem fez isso com ele ? Porquê ? — Perguntei chorando copiosamente, não esperando resposta.

— Jenny calma ! Eles estão chegando. Qual é o numero da Camille ? Precisamos avisa-la que o Marido dela está aqui — Ele falou, completando a seguir — é ela quem tem que estar com ele, e não você ! — E então eu desviei os olhos do corpo inerte do Jason, sem acreditar.

— Você esta com ciúmes ? — Perguntei, quase gritando — Olha como ele está ! Isso não é hora pra isso ! — Terminei.

— Não ! Não é isso.. É só que.. Qualquer um percebe que você está desesperada por causa dele Jenny, e como eu fico nisso ? — Ele perguntou, sem graça.

— Ah não ! Já chega ! Cala a boca ! — Falei — Eu vou acompanha-lo ao hospital, não vou me separar dele ! — Completei, sem me importar.

— Jenny eu só acho que... — Ele começou a responder.

— Não ! — O Cortei.

Escutamos o barulho da sirene se aproximando, e mesmo em meio ao desespero, eu soltei um suspiro de alivio por eles não terem demorado a chegar.

— Me dá o numero da Camille.. Ela tem o direito de saber. — O Diogo insistiu, e eu estava sem forças para rebater agora.

De repente a ambulância parou encostada na calçada onde começava a praça, e desceram Quatro homens de branco segurando uma maca, pois o Diogo havia informado por telefone que o estado do homem era grave.

Assim que o colocaram na maca, eu pedi ao Diogo que por favor ficasse esperando a Julinha, que eu iria com o Jason para o hospital, informei que ele poderia encontrar o numero da Camille no meu celular que estava na bolsa no cesto do carrinho, prometi que voltaria assim que ela chegasse ao hospital para ficar com ele em meu lugar, e então ele concordou — Mesmo a contragosto — ficar com os meus filhos enquanto eu ia com o Jason na ambulância.

O Marido da minha Melhor AmigaOnde histórias criam vida. Descubra agora