Com amor, Sofia [Klaus Mikaelson]

Coração partido

Chicago, 1920

— Rebekah, eu procurei você por toda parte — disse uma voz masculina atrás de mim, mas não me dei ao trabalho de me virar.

— Só estava conversando com a minha mais nova amiga, Nik. Não precisa dar uma de irmão super protetor.

— Fazendo amizades, Rebekah? Isso não acontece com muita frequência — tenho que admitir, esse sotaque britânico é Sexy com "S" maiúsculo!

— Isso, meu caro irmão, é porque sou muita seletiva quanto a quem merece minha companhia  — Rebekah era uma vampira. Uma vampira de mil anos, devo ressaltar. Me virei por curiosidade e dei de cara com um par de olhos magníficos — Sofia esse é meu irmão, ele é um chato na maioria das horas, mas é só ignora-lo.

— Niklaus é o nome que meu pai me deu, mas a senhorita pode me chamar de Klaus — ele levou minha mão esquerda aos lábios como um cavalheiro faria. Olhou para a Rebekah e depois voltou o olhar para mim — Me daria a honra desta dança, senhorita Sofia?

— Se a Rebekah estiver de acordo, será um prazer.

— Por mim tudo bem — ela disse levando a taça a boca, mas mesmo com a boca coberta dava para ver que ela estava sorrindo pelos seus olhos.

Me levantei e fui com Klaus até a pista de dança.

— Olha só quem meus olhos veem. Sr. Mikaelson, gostando da companhia da Srt. Salvatore? — perguntou Glória do palco fazendo Klaus gargalhar.

— Como não gostar da companhia de uma bela mulher, Glória?— ele disse e ela sorriu enquanto voltava a cantar mais uma canção.

Klaus e eu começamos a dançar e admito que algo nele me chamou atenção de uma forma que nunca havia acontecido antes. Naquela noite dancei com ele até que meus pés não aguentassem mais e me abri para ele como jamais havia feito.

* * *

— Eu já disse que eu te amo?— disse Nik enquanto beijava meu pescoço.

— Já, mas eu não me canso de ouvir — coloquei minhas mãos no seu rosto e o puxei para um beijo apaixonado. A minha vida tem se tornado um grande clichê desde que conheci ele. Meu irmão está namorando com a irmã dele e eu com ele. Mais clichê do que isso impossível!

Um barulho estrondoso de sirene fez que nos separamos e depois tiros foram disparados dentro do bar.

— É a policia! — alguém gritou desesperadamente.

— Policia de Chicago.

Klaus se levantou, mas eu me abaixei para não ser atingida pelos tiros.

— Onde você vai, Nik?

— Me desculpe meu amor, mas não posso arriscar que ele te mate. Eu te amo de mais para isso— ele disse com lágrimas nos olhos e eu me levantei ficando a altura de seus olhos.

— Do que você está falan... — antes que eu pudesse continuar ele me beijou desesperadamente. Me beijou como se fosse a última vez e admito que aquilo me apavorou mais do que tudo.

— Você vai se esquecer que algum dia conheceu a mim e a Rebekah. Obrigado. Eu tinha esquecido como era ser amado. Eu prometo que irei te encontrar quando isso tudo acabar, mas até lá você precisa nos esquecer, é para sua própria segurança, amor...

___

As memórias acabaram e foi como se meu coração quebrasse em pequenos pedaços.

— Obrigada, Glória — disse me segurando ao máximo para não chorar. Sem deixar ela falar algo, corri para o único lugar que eu poderia ficar sozinha e chorar por horas.

O antigo apartamento do Stefan.

A porta já estava aberta, mas eu estava tão afogada nos meus próprios sentimentos que nem liguei. Apenas entrei e deixei as lágrimas correrem pelo meu rosto.

  — Sofia? — mesmo com a visão embaçada pelas lágrimas eu sabia exatamente quem estava na minha frente...

— Faz isso parar, Damon. Por que machuca tanto?—Mesmo sem saber por que eu estava chorando, Damon me abraçou e uma ideia passou pela minha cabeça.

Talvez eu devesse desligar minha humanidade...

Não, se eu conseguir ficar 145 anos sem desligar não vai ser por causa de um idiota como o Klaus.

* * *

  — Não, Sofia! Você fica aqui fora enquanto EU distraio o Klaus. Entendido?— disse Damon e antes que eu pudesse lhe dar uma resposta a altura ele correu para dentro do bar da Glória com super velocidade.

Esperei que Stefan se distraísse com a Elena e na primeira oportunidade entrei no bar atrás de Damon.

E lá estava ele... Quase sendo morto pelo Klaus.

— ENCOSTA MAIS UM DEDO NO MEU IRMÃO E EU TE MOSTRO COMO SATANÁS FAZ FOGO NO INFERNO!— disse segurando Klaus pela gola da camisa e com o ódio explodindo em mim.

— Ele não chama o "olhar da perdição" atoa— disse Damon ainda deitado no chão. Até a beira da morte ele faz piada?!

— De o fora daqui, Damon, antes que eu mesma te mate!

Eu tenho sido boa por muito tempo, é hora de eu ser má.