Capítulo 1

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                  Lembranças
Holly-

            Flashback on:

Hoje 18 de Maio de 2015,o dia que mais marcou a minha história.Em uma tarde apagada com nuvens sinzentas no céu indicando que Wanshington iria ganhar uma tempestade de presente.Parecia que o céu compreendia e chorava junto comigo.Eu nunca imaginei que isso aconteceria hoje mais sabia que isso algum dia iria acontecer, dor, perda, sofrimento culpa, uma avalanche de sentimentos dolorosos começou a surgir dentro de mim.

Eu queira ou não, nunca devia ter deixado ele sair bêbado daquele maldito bar, principalmente por saber que ele nunca se deu com bebidas alcoólicas, mas uma vez eu falhei como ser humano, e principalmente como filha.Eu sou um ser desprezível.

Nada no mundo vai diminuir esse vazio que estou sentindo,absolutamente nada!

Não, consigo fazer nada agora a não ser chorar, que inútil eu sou, eu daria tudo só por um abraço seu, Eu...eu..sei que nunca fui uma grande filha e pra que mentir, nunca vou ser.Eu queria pedir desculpas por nunca ter sido, a filha que você queria ter, queria pedir disculpas por ser essa garota inútil que eu sou, mas fazer o que, eu não consigo ser outra pessoa, porque essa sou eu!

Sabe de uma coisa? lembra aquela noite? Que eu estava com medo e achava que de baixo da minha cama tinha um Bicho papão? E eu tenho que admitir, que até hoje, eu tenho um pouquinho de medo ainda, mas você sempre me consolava com um beijinho ou um "Alcalme-se eu vou estar aqui sempre que precisar" Eu amava escutar isso, você era como uma luz no fim do túnel, eu sempre tive medo que você, nunca estivesse aqui para me vê cursando a faculdade ou até mesmo casada, mas infelizmente você não vai conseguir me vê -chorei incontrolavelmente- Papai eu não quero te dar um "adeus" talvez um "até breve" seria melhor, eu tenho que manter o meu pensamento vivo, de quando eu morrer vou te reencontrar, eu tenho que pelo menos acreditar nessa ipotese, pra mim continuar vivendo.

A única coisa que eu posso dizer nesse exato momento com toda certeza do universo, é que eu sempre vou te amar.

-filha vamos?-Minha mãe vem em minha direção dando pequenos Passos,com Sofhie minha pequena irmãzinha no colo.Sofhie era bebê não sabia o que estava acontecendo.E minha mãe tentando segurar as lágrimas, para não demonstrar dor ou qualquer sofrimento indiferente.

Após o velório, minha mãe ainda com Sofhie no colo, colocou ao lado do túmulo uma pequena rosa vermelha,depois de alguns minutos, fiz o mesmo.Era realmente difícil pra mim, saber que aquela podia ser a minha última e dolorosa despedida,por uma pessoa que eu amava mais do que a minha própria vida.

           Flashback off:

Estava deitada em minha cama, quando vem todas essas lembranças repentinuas.O passado sempre me persegue, não importa onde eu esteja não importa onde eu vá, o passado sempre vai estar comigo.Nesses últimos 2 anos da minha vida, está tudo de cabeça pra baixo.Minha mãe está mais fisurada em seu trabalho de impresaria mesquinho, e fingindo que tudo está normal, mas não está!.

Eu sei, que Sofhie minha irmãzinha de apenas 2 anos, não intende nada,mas as vezes eu preferido desabafar com ela, do que com as lâminas que me cortam e me machucam todo o santo dia, mas pelo menos sangrando minha mãe me nota.E percebe que "Não está tudo maravilha" e "que isso não é apenas fase de uma adolescência turbulenta"

Sofhie é uma criança mais ela não julga, não me machuca e muito menos me magoa.Ela é a única coisa que me motiva a superar o passado e principalmente a depressão.

As férias de verão, ops quer dizer "inferno de verão, já haviam acabado, hoje as aulas iriam correr normalmente, e você acha que eu estou feliz com isso?, está errado, na escola Browm eu sou cruelmente humilhada da pior forma possível, nunca rebati, por que tenho medo das pessoas acharem o meu ponto fraco, isso me destruiria fisicamente e emocionalmente, apesar que a minha vida já está toda fudida, 
não tem como piorar.

Levanto calmantente da minha cama, indo diretamente para a sacada do meu quarto, fico á apreciar a vista onde se dava para Observar Wanshington inteira.As nuvens cinzentas davam conta do lugar como de costume, trovões e mais trovões inalavam os céus, nas ruas, diferentes pessoas caminhavam já de manhã, no trânsito.Os veículos parados, com grandes engarrafamentos infernais, na calsada.Se dava para vê claramente, as pessoas abrindo suas lojas cedo, para garantir o seu pão de cada dia.

Assim que percebo, pude lembrar das várias e várias vezes, que o meu pai enfrentava a manhã em lojas, procurando emprego para sua família continuar tendo a renda estabilizada,e me dói muito saber que hoje, ele não está aqui mais para vê o grande resultado que deu- lágrimas escorrem em minha face- não adianta a escuridão sempre vai me pertencer!

Ao olhar para o outro lado do quarto, vejo dois olhinhos me espiando pela gretinhada da porta, logo reconheci a dona dos olhos cor de mel....Sofhie!

Ela entra, com suas perninhas pequenas andando calmamente, e sigura um ursinho que dei á ela no natal.A própria vem em minha direção e se aproxima:

-Imã você tá bem? -a voz doce de Sofhie ecoa por todo o lugar, me olhando no fundo dos meu olhos tentando achar alguma resposta, fazendo que eu vá a sua direção á pegando em meu colo.Aquela garotinha era esperta o suficiente para saber que eu não estáva bem.

-Está sim amor, eu só estou com um pouquinho com dor de cabeça, nada que não possa resolver-digo a depositando um pequeno beijo em sua testa, ela olha para mim, com um olhar de questionamento.Ela sabia que eu de alguma forma eu estava mentindo.

-Não palece o seu olhar está me dizendo outa coisa -Me repreende fazendo carinho em seu ursinho "tum tum" como ela costuma dizer.

-SOFHIEE! -minha mãe grita chamando a atenção -deiche sua irmã se arrumar para escola e venha tomar café- Minha mãe a chama e a mesma se retira rapidamente do quarto.

Ops:havia esquecido deste pequeno detalhe, ir para escola, me apressei rapidamente para entrar no chuveiro, e tomar um belo banho, mas um dia para o hospício!

Garota SuícidaOnde histórias criam vida. Descubra agora