(amar)go

14- Sumindo

Apesar de eu não gostar de quebrar regras as vezes eu preciso desestressar e é lá  que eu sempre fui e iria.

Eu sei que fugir não é o certo a se fazer mas eu não vou conseguir colocar os pensamentos em ordem estando no meio de tudo aquilo

Chegando ao aeroporto "um cara"  já estava a minha espera, me conduziu até o jato particular que eu havia pedido a ele.

Já dentro do Jato coloquei meu fone de ouvido e me permiti me perder em uma musica qualquer

(...)

 Longas e intermináveis horas depois cheguei ao pequeno aeroporto de uma pequena cidade distante da qual eu moro.

Aquele lugar nem deveria funcionar mais estava caindo aos pedaços eu podia jurar que da última vez que vim aqui, a alguns anos atrás,  a placa com o nome do aeroporto ainda tinha todas as letras porém agora apenas duas letras de sete  se mantinham presas. 

Dei tchau a "Um cara"  que me acompanhou na viajem até aqui e me dirigi ao único táxi disponível.

Dei o endereço ao taxistas e depois de alguns minutos cheguei ao meu destino paguei ele  e peguei minhas malas e lá estava eu...

Na velha mansão da minha avó,  no aeroporto da minha cidade antes de pegar Jato  eu havia ligado a ela dizendo que eu estava chegando ela ficou  animada e disse que faria biscoitos e chá.

Ao analisar a cor da casa, branca,   as cortinas azuis claras e balanço na varanda tudo tão... Familiar.

Então a porta da frente se abre e uma velha senhora com seus cabelos brancos cacheados aparece e assim que me vê corre do melhor jeito que consegue pela idade e  me esmaga em um abraço acolhedor, que faz com que eu solte minhas malas.

Reclamei por ela estar me apertando muito, mas no fundo eu não me importaria se ela me apertasse mais.

Ela me soltou mas manteve suas mãos no meu ombro me analisando por completa com seus olhos azuis os mesmos  que meu pai havia herdado dela, pena que eu não tive essa sorte. 

-Estrelinha você esta tão crescida!- exclamou feliz.

Sorri por ela ter dito o meu antigo apelido. 

Deixei que ela me conduzisse até a porta enquanto meio desajeitada eu pego as malas do chão.

Assim que entrei percebi que nada mudou tudo estava exatamente como sempre esteve...

Ela soltou minha mão deu um assobio e um mordomo apareceu pegando minhas malas e desaparecendo escada a cima.

A cesta com comida que a emprega havia me preparado antes de eu sair   já havia acabado tudo pela viajem de carro e de Jato,  mais eu lembrei de trazer alguns ingredientes para uma torta maravilhosa que só ela sabe fazer mais acaba não fazendo tanto pela falta de  ingredientes que não vende nessa cidade.

Eu já havia falado pra ela se mudar mas ela sempre se recusa dizendo que lá é seu lar.

Minha vó me puxou direto pra cozinha.

-Foi uma surpresa você aparecer, eu estava com saudade- falou acolhedora.

Me sentei em um banco na ilha da cozinha seguindo-a com os olhos enquanto ela se movia com delicadeza fazendo uns deliciosos biscoitos com gotas  de chocolate e claro um delicioso chá ao qual eu nunca descobri como ela o fazia mesmo olhando diversas vezes ela o faze-lo.

Olhei em cada canto da cozinha branca com detalhes de flores rosa claro detalhadamente pintadas a mão pelo meu falecido avô, os eletrodomésticos eram todos novos e de última geração.

(...)

Sentada  na sala de pernas cruzadas em  uma das poltronas confortáveis e coloridas da sala, comendo um dos biscoitos e bebendo o delicioso chá secreto.

Eu ficaria a ouvindo falar por horas sobre o jardim, o club de senhoras e qualquer historia que ela fosse me contar.

-... E então ela saio correndo com sua bengala enquanto as crianças riam dela- me contou  finalizando mais uma de suas historias engraçadas.

Eu ria muito segurando minha barriga e tentando não derramar o chá em minha mão.

Estava um pouco tarde por isso minha ela logo teve que ir dormir enquanto isso eu peguei um cobertor e fui a cadeira de balanço na varanda cruzando as pernas e olhando meu celular fixamente

Ele estava tocando recusei a chamada sem me dar ao trabalho de ver quem era. Olhei a lista de chamadas pedidas e me surpreendi muito

20 chamadas de Alex

Nossa...

15 de Beka

1 do meu pai

É claro que meu pai  não ligaria

Suspirei e olhei a vista a casa da minha avó ficava em cima de uma pequena colina com que fazia que eu visse toda a cidade.

É realmente uma cidade pequena, pensei. 

 Depois de alguns minutos ou talvez horas não tenho certeza decido entrar e ir dormir foi um dia longo.

No meu  quarto, sim eu tenho um quarto só meu, admirei a decoração antiga e simples e com tanta...Cor, aquele quarto havia vários tons de azul,  rosa e branco tudo na mais perfeita sintonia com moveis antigos que davam um certo charme.

Me deitei na confortável cama e me permiti divagar...

 Fiquei pensando em como tudo aconteceu tão rápido e tantas informações foram despejadas assim sem mais nem menos em cima de mim, mesmo que me achassem fraca ou qualquer coisa assim por fugir eu não voltaria não até "ajeitar" meus pensamentos.

E em meio a um turbilhão de pensamentos e emoções eu dormi

Olá  tudo bem com vocês? Espero que sim.O que estão achando do livro? Comentem e Votem.

Obrigada a todos que estão lendo!!