Capítulo 21

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Antepenúltimo Capítulo

– Vocês podem respirar, ela está bem. – A médica falou e viu os três realmente soltando o ar que eles estavam prendendo. – Confesso que deu um pouco de trabalho, mas já está fora de perigo.

– Graças a Deus! – Lia exclamou.

– E os bebês? – Ben perguntou.

– Como eu disse, por serem prematuros, eles precisam ficar na incubadora por um tempo. Os dois estão abaixo do peso ideal. Apesar do menino ser um pouco maior, ele tem apenas 1,5 kg, e a menina menos que isso. Mas os dois estão saudáveis, só precisamos ficar de olho pra ver se eles ganham peso normalmente. – Susan explicou.

– É um casal? Adorei. Quando posso vê-los?  – Sue disse sorrindo. – E a minha mãe?

– Nós vamos transferir a Elizabeth para um quarto, enquanto isso vocês já podem ver os bebês, só que de longe. Você já tem nomes pra eles, Ben?

– Não, decidimos escolher depois de vê-los.

– Ok. Vocês podem decidir isso quando Elizabeth acordar. – Susan sorriu. – Venham comigo.

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– Oh, mas eles são tão pequenininhos. – Sue disse assim que viu os bebês através da janela de vidro.

– São lindos. – Ben falou, completamente encantado.

Lia olhou a quantidade de aparelhos ligados aos bebês. – Como esse monte de fios podem estar ligados a um corpo tão pequeno?

– Esses aparelhos são a ajuda que eles precisam para se desenvolverem melhor. Eles ajudam na respiração, na alimentação. Graças ao corticóide que Elizabeth estava tomando, os pulmões deles estão até bem desenvolvidos, isso ajudou bastante. – Susan explicou.

– Mas... a Beth não vai poder amamentá-los? – Ben perguntou.

– Vai, mas não hoje. Talvez ela não consiga no momento, o que é perfeitamente normal. Mas ela vai poder vê-los.

– Ainda bem. Ela iria ficar uma fera caso não pudesse. – Ben brincou.

– Iria mesmo. – Lia sorriu.

– Eu demorei muito? – Alec apareceu perto deles e olhou para os bebês. – São eles? – ele perguntou com um sorriso. Sue fez que sim com a cabeça. – Olá, apressadinhos. Só podiam ser filhos da Dona Elizabeth para nascerem de 7 meses. – ele brincou.

– Oh, não os provoque, eles quase chegaram aos 8 meses. – Lia disse.

– E a mãe? Como ela está? – Alec perguntou.

– Nos deu um susto, mas está bem. – Ben falou.

– Por falar em Elizabeth, eu vou dar uma checada nela. Mais tarde, vocês poderão vê-la. E você, Ben... – A médica pôs a mão sobre o ombro dele. – Vá comer alguma coisa, você quase desmaiou, sua pressão está baixa. Há quanto tempo você não come? – Susan perguntou.

– Na verdade, eu não almocei. – Ben evitou olhar para Lia, pois sabia que ela reclamaria.

– Vocês parecem crianças, quando não é a Elizabeth, é você. Vamos, você vai comer agora. – Lia reclamou.

– Vai lá, pai. – Sue riu. Alec também riu. Ninguém conseguia escapar desse jeito mãezona da Lia.

– Pode ir, Ben. Eu aviso quando a Elizabeth acordar. – a médica garantiu.

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Passaram algumas horas após o parto, Elizabeth já havia acordado, mas com o efeito da anestesia e do sedativo passando, ela começou a sentir alguns incômodos, coceira, frio, um pouco de dor ao tossir. Susan havia dito ao Ben que Elizabeth não podia falar muito, para não acumular gases, e também iria tomar um banho com o auxílio de uma enfermeira, processo que poderia ser um pouco demorado e doloroso para Elizabeth.

Águas Passadas (Part II)Onde histórias criam vida. Descubra agora