Prologo

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Dentro de um quarto todo branco havia um homem deitado no chão, estava inconsciente. O quarto era todo almofadado, a cama era grudada a parede de tal forma que quase passava despercebida, o ar era frio e câmeras estavam espalhadas pelos quatro cantos também havia uma pia e um vaso sanitário.

Se parecia muito com o quarto de um hospício, o homem era forte e vestia uma roupa também branca, havia marcas em seus pulsos de algemas, mas não estava algemado, era careca e bastante barbudo media cerca de um metro de noventa e a cama era feita especialmente para ele.

Ouviu-se um alarme e ele foi despertando. O som o acordou depressa observava ao seu redor e parecia desconhecer o local, se levantou foi ate a cama procurou em seus bolsos algo que pudesse lhe ajudar a lembrar achou somente uma chave observou atentamente.

Havia uma numeração:8050.

Não se lembrava do que era, tentou achar uma fechadura pelo quarto passou a mão por vários lugares. Foi quando viu no chão uma pequena inscrição com o numero da chave era um dos estofados, passou a mão em volta tentando ver se havia algo para puxar resolveu rasgar.

Com a ponta da chave ele riscou o tecido ate ver a espuma arrancando tudo que tinha pela frente achou uma alça tentou puxar, mas parecia estar presa resolveu tirar toda a espuma e tentou novamente dessa vez o alçapão cedeu e ele abriu, mesmo com toda luz do quarto não era possível ver o que havia no andar de baixo somente a luz que batia no chão negro. Ele resolveu entrar para ver o que era o andar.

O chão era mais longo que pensava, ele caiu e torceu o pé foi quando o alçapão se fechou e luzes azuis nas paredes ligaram, junto com elas uma tela ligou e as seguintes informações passaram.

"Olá número 8050, bem-vindo a Penitenciaria Fernando de Noronha.

você chegou ao nível um do teste.

Como sabe as regras do jogo você estará sendo testado das mais

diversas formas para nosso entretenimento.

O premio final será sua liberdade.

Nesse primeiro teste estaremos vendo sua resistência

tente não se afogar e lembrando que a partir de certo nível da agua

uma centrifuga ira ligar com laminas de aço,

forte o suficiente para lhe cortar.

O teste começa agora e você tem 90 segundos"

A agua começou a inundar o local com toda fúria pode ver do outro lado da sala um ventilador enorme que provavelmente seria a centrifuga além disso o relógio começava a rodar. Procurou pela sala alguma porta ou algo que o ajudasse a respirar mas não havia nada além do chao de borracha, tentou achar outro alçapão mas a agua já encobria tudo e não conseguia ver muito com aquela luz azul, o tempo ia passando já eram 60 segundos quando a agua lhe encobria o peito estava ficando sem tempo foi quando ouviu um grande barulho era a centrifuga ligando estava bem devagar mas já o puxava para a parede, se escorou na parede ao lado da mesma mas logo foi prensado contra pequenos espinhos que com a força da agua cravaram em suas costas, sem poder se mexer ele somente gemia de dor, a agua já estava em sua cabeça teve que se esforçar para sair foi quando entendeu que se grudasse na parede poderia se movimentar e poderia estar em algum lugar a saída de lá.

A cada movimento produzia-se novas perfurações, elas já estavam profundas a pele do seu braço estava completamente deformada, seu rosto também não escapara faltava 15 segundos quando viu do outro lado da sala um fresta com um pequena luz, suspeitou que ali seria a saída com grande dificuldade foi girando entre as paredes e se ferindo cada vez mais não tinha mais roupa e quase estava perdendo o olho a cada momento a força da centrifuga era mais forte tornando a caminhada mais difícil quando finalmente chegou notou que havia uma fechadura, não sabia onde estava a chave e lhe restava 09 segundos foi em direção a roupa que estava pregada do outro lado saltando da parede por um momento quase foi puxado para a centrifuga, puxou novamente o ar e desceu ate a suas roupas restavam somente 06 segundos rapidamente encontrou o bolso um golpe de sorte.

Com a chave na boca e com muitas dores ele tentou ir novamente a porta, restava 03 segundos com certa dificuldade ele encaixou a chave. O relógio continuava e se tornou vermelho, e a força da centrifuga aumentando foi quando o tempo terminou e ele girou a chave a porta se abriu com a força da centrifuga.

Do outro lado da porta havia um homem suas vestes eram pretas e prontas para uso tático, na mão esquerda uma espada estilo samurai e a direita estava parada.

- Me ajude! -gritou ele para o homem de preto

- Não! Meu caro, você me fez perder muito dinheiro, eu investi em você, apostei em você, meu competidor, mas você não consegue o nível mais simples - respondeu.

Enquanto conversavam, a centrifuga já havia puxado toda agua e continuava girando mais rápido.

- Bem está na hora de me despedir - disse o homem de preto - tchau senhor Natan, sua liberdade foi cassada.

Com um golpe de espada ele cortou os braços de Natan que somente foi puxado pela forte correnteza sem força para agir, ao se chocar com a centrifuga foi triturado e pedaços de seu corpo se espalharam pelo quarto voando ate a porta que ainda estava aberta com as mãos que ficaram grudadas nela pelos espinhos.

- Senhor Batista - chamou uma mulher do outro lado da sala.

O homem de preto se virou e disse:

- Desligue essa máquina e mande limpar a sala - disse ele se limpando de carne que grudara em sua roupa - achei que teria um desafiante hoje como foram as apostas?

- Altas senhor tivemos índices elevados de audiência.

- Ótimo, quero mais dessa vez escolham mulheres quero atingir mais esse público.

- De que lugar o senhor deseja?

- Quero os melhores candidatos e verifique fora do Brasil, quero os piores assassinos vamos fazer um programa épico - disse ele olhando para uma planta baixa - chega de candidatos isolados vamos eleger o melhor de todos na arena.

- O senhor vai participar?

Ele sorriu:

- Claro não perco essa disputa por nada.

Paraíso FinalWhere stories live. Discover now