A dirty mind, an isane heart

1.10

LEE CHAERIN P.O.V

Eu conseguia perceber a localização da casa noturna quase a um quarteirão de distância, o cheiro forte da fumaça impregnava em tudo, como eu odeio isso. Entrei com menos tolerância que o normal passando entre as pessoas e chegando até Himchan. Eu não conseguia entender como isso é tão cheio mesmo que fosse cinco horas da tarde

- Já que estava com tanta pressa, o senhor vai se disponibilizar para mim não é?

Mais uma vez eu e Himchan estávamos a caminho do seu escritório com paredes entupidas de isolamento acústico, entrei na sala dando de cara com Matthew que parecia entediado. Ele endireitou a postura e me cumprimentou.

- Vamos logo com isso.

KWON JIYONG P.O.V

Depois de muito tempo tentando me convencer eu finalmente cedi à agente Lee e fui trabalhar, eu não sei de onde veio essa preocupação toda com o meu emprego, confesso que eu não achei tão ruim ela demonstrar que se importa.
Suspirei tentando desde já me preparar para controlar qualquer sentimento que pudesse fazer o delegado perder os dentes.

Adentrei o quartel sem pensar duas vezes indo direto para a análise do tráfico de órgãos esperando para que tivessem novas pistas.

- Bom dia agente Kwon. - Agente Bang me cumprimentou sentando em seu lugar habitual. - Parece que a Agente Lee irá se atrasar hoje.

Respirei fundo abrindo os arquivos e reparando em novas cláusulas. Encontraram cabelos no local e eles já foram para exame.

Quase pulei da cadeira de animação, seria muita sorte se fosse do culpado. Levantei imediatamente para ir saber mais direto com os responsáveis do caso. A falta de pistas contribuiu para algo pelo menos.

- Está com pressa Agente Kwon?- Senhor Yoo falou sorrindo prestes a trombar comigo.

- Parace que a agente Lee não aguentou a pressão de ser a única mulher aqui.

Ele disse olhando para a cadeira vazia deixando uma gargalhada espapar pos seus lábios. Fechei minha mão com força fazendo os nós dos meus dedos ficarem brancos, Fechei os olhos suprimindo a raiva dentro de mim e continuei a andar normalmente tentando não pensar em nada além do caso em questão.

- Agente Kang, já receberam os resultados da análise ?

- O resultado sairá só amanhã mas...

- Agente Kwon! Pode vir aqui um segundinho?

Agora é minha vez de ter a proposta premiada? Olhei para ele tentando disfarçar meu desgosto e segui com passos arrastados até sua sala.

- Pode entregar isso para a senhorita Lee?

Abaixei o olhar até sua mão, era um envelope branco sem nada escrito do lado de fora.

- O que é isso? - Perguntei com a expressão neutra que eu sempre mantinha aqui.

- É uma carta de demissão.

Ele disse balançando a carta para que eu pegasse.

- Posso saber o motivo?

Disse sem descruzar meus braços, olha do fixamente para seu rosto rechonchudo.

- Não acho que seja de seu interesse, achei que você e ela fossem mais íntimos.

- Não acho que seja do seu interesse a nossa relação.

Ele deu uma risada cínica.

- Você nunca controla sua língua não é mesmo Agente Kwon?

- Não acho que posso entregar essa carta.

Virei as costas pronto para sair dali.

- Só porque a sua vadiazinha não sabe obedecer ordens.

Eu repetia centenas de vezes que não adiantava eu socar a cara dele e também perder meu emprego. Respirei fundo querendo quebrar seu nariz tentando suprimir essa vontade e fazer com que meus pés se movam.

Mais uma risada cínica ecoou pela pequena sala causando mais tumulto em meus pensamentos

- Parece que eu estava certo, ela é uma cadela bem fiel.

Ele chegou bem perto de mim. Me virei imediatamente parando o meu punho no ar a centímetros de seu rosto.

- Vai, pode me bater. Vai ser bom poder me livrar de você também.

Não dá para encarar ele por nem mais um segundo. Saí dali as pressas sem ligar para o quanto faltava do meu expediente. Segurei o pulsos da loira que ia na direção do lugar e comecei a puxa-la para longe.

- Ei! Jiyong! O que foi?

Segurei seus ombros olhando para ela com os olhos arregalados.

- Não chegue nem perto de lá, daquele desgraçado nunca mais .

Normalmente minha expressão seria mais firme, mas até um cego saberia que eu estava preocupado com ela, nem eu sabia o que eu estava passando para ela pela minha expressão.

- O que aconteceu? Ela colocou as duas mão em meu rosto descendo o olhar para minhas mãos em seu ombro.

- Suas mãos estão tremendo e você está mais pálido, o que aconteceu? Me diz logo.

- Eu estou morrendo de raiva.

Disse inquieto segurando as mãos da loira.

— Eu realmente preciso pegar minha carta de demissão.

Tirei o papel do bolso entregando para ela.

- OK, vamos sair daqui.

Ela assentiu e começou a andar na direção oposta a que veio.