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Capítulo 21

Revisado 12/22

ISABELA

— Amor, sabe onde estão as chaves do carro?  

— Estão na caneca na mesinha de centro, querido.  

— Você é um anjo!  

Poucos segundos foram precisos para que Leonardo se aproximasse para beijar meu pescoço. Ashley mantinha os olhos fechados, se deliciando do sono profundo.  

— Você é tão linda, meu amor... 

— Igualzinha a mãe dela. — Seus braços me cercaram, uma carícia lenta foi feita em minha barriga. — Eu amo você, linda. Sabe disso, não é?  

— Eu sei. — Deito a cabeça em seu peito. — Eu também amo você.  

— É gratificante a vida de um amor correspondido.  

— Leonardo! — ele riu.  

— Apenas a verdade, minha rainha. Preciso ir ao trabalho, esqueci alguns documentos importantes.  

— Não pode fazer isso outro dia? Seu irmão pode pegá-lo para você.  

— Será rápido, prometo que estarei de volta em um segundo.  

Suas mãos seguraram meu quadril, apenas para virar-me para ele.  

— Tive um sonho ruim esta noite, não pode ficar?  

— Minha rainha, eu preciso ir — voltou a dizer. — Infelizmente não posso ficar, mas você sabe que sempre volto.  

— Leonardo, por favor. Meu peito está estranho, por favor, não vá hoje. Está de licença, você pode ficar.  

— Entendo sua preocupação, mas isso é importante. Onde eu preciso ir meu irmão não tem acesso. O trabalho não é tão longe daqui, não demoro menos que vinte minutos para voltar, está bem?  

— Não vai me ouvir mesmo que eu insista, não é?  

— Se não fosse tão importante eu ficaria, você sabe.  

— Sim, eu sei — murmurei. — Só... volte logo, ok? Por favor.  

— Estarei aqui antes que você diga "eu te amo" — sorriu. — Eu te amo, minha rainha.  

— Então volte logo para sua rainha. 

— Sempre — beijou-me os lábios, inclinando o corpo para o berço, Leonardo sorriu, deixando um beijo na mãozinha do seu novo amor. — Papai logo estará de volta, princesa. Cuide de sua mãe enquanto eu estiver fora. Papai te ama demais. Muito, muito, muito.  

Véspera de Natal.  

A cabana tinha trago boas memórias e definitivamente um gostinho de querer um pouco mais daquilo. Mas o Natal estava aí, e as decorações já faziam parte das ruas, lojas e casas. A mansão também estava decorada, os empregados estavam felizes pois sairiam mais cedo para ficarem com suas famílias.  

— Bela, você acha que meu papai vai me dar um presente de Natal?  

Era difícil resistir àquela carinha fofa fazendo perguntas. Eu havia descoberto o pequeno presente de Emma quando invadi o escritório do meu chefe, claro que teria que guardar segredo, principalmente com um chefe tão persuasivo quanto o meu.  

— Não vejo porque ele não daria, princesa. O que quer ganhar este ano?  

— Quero um gato! Um gatinho bem bonito!