Depois Que Te Conheci

Prólogo

* ESSE E TODOS OS CAPÍTULOS A SEGUIR AINDA SERÃO REVISADOS *

    Depois de passar o resto da tarde terminando um trabalho da escola resolvi ir ver Paulo, meu namorado. Toquei a campainha de seu apartamento e quem abriu a porta foi Caique.

— Oi, Ca. — Sorri pra ele.

— E ai, Fê.

— O Paulo ta ai?

— Não sei, acabei de chegar e já to saindo de novo. Vou pegar a Bia para irmos jantar. - explicou rapidamente. — Tchau. — ele me dá um beijo na bochecha e sai apressadamente com seu celular e chave em mãos.

— Tchau. — digo o vendo entrar no elevador.

   Entro e fecho a porta vendo que Paulo não estava na sala e nem na cozinha.

Deve estar tocando violão no quarto, pensei. Afinal ele adorava fazer isso no fim de tarde.

  Caminho para o corredor, mas só ouço silêncio. Paro em frente a porta de seu quarto e por uma fresta vejo algo que me deixa destruída.

  Na cama dele, onde por muitas vezes passamos horas juntos, ele agora estava com Gabriela por cima dele, com os rostos colados e as bocas a centímetros de se encostarem. Aquela que sempre fora apaixonada por ele e nunca havia tido suas investidas retribuídas, parecia finalmente ter atingido seu objetivo.

Como ele podia fazer algo assim comigo?

   Por algum motivo, Paulo se afasta de Gabriela e seus olhos param exatamente aonde eu estava. As lágrimas rolam pelo meu rosto sem que eu consiga controlar. Ele se levanta e caminha até mim, parecendo desesperado.

— Por que? — é a única coisa que sai da minha boca.

— Amor, calma, não é nada disso que você ta pensando. - dei um riso nasalado, enquanto negava com a cabeça.

   Paulo tentou segurar minhas mãos, mas eu desviei de seu toque. O olhei decepcionada por ter confiado nele, por ter me apaixonado e me entregado tanto para ser traída dessa maneira. E com uma pessoa que ele dizia não ter nada além de amizade.

— Eu não tô pensando nada, eu vi com os meus próprios olhos. Me esquece, Paulo. — minha voz sai falha.

    Ele fala algo que eu não dou o trabalho de ouvir, saio dali em passos rápidos, mas antes consigo ver um sorriso de vitória nos lábios de Gabriela.
    Paulo vem atrás de mim, mas eu tranco a porta. O ouço bater e tocar a campainha insistentemente, mas eu ignoro. Eu não precisava ouvir mais nenhuma palavra dele, não havia explicação para aquilo, tudo estava muito claro.

    Vou para o meu quarto, com o coração apertado e continuo a chorar, tentando aliviar a dor que eu estava sentindo.

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    No dia seguinte, Paulo veio ao meu apartamento para falar comigo. Doeu olhar na cara dele, pois aquela cena vinha na minha cabeça e me machucava cada vez mais. Mesmo sendo apaixonada por ele eu não conseguiria perdoá-lo, se tinha uma coisa que eu valorizava era fidelidade e ele sabia muito bem disso. Então tirei o anel do meu dedo e entreguei em sua mão, terminando tudo que tínhamos, o vi ficar surpreso e desesperado, mas antes que ele tentasse se explicar fechei a porta em sua cara.

    Uma semana depois, meus irmãos me fizeram um convite para ir morar com eles na Califórnia. Pensei na proposta durante uma semana e resolvi aceitar. Débora e Matheus eram a única família que eu tinha agora, depois de perder meus pais e minha avó, eu deveria ficar perto deles. E talvez passar um tempo longe fizesse bem pra mim depois do que aconteceu.
Eu sabia que sentiria falta dos meus amigos, mas quem sabe eu ficasse lá só por um tempo, se eu não me adaptasse poderia voltar, já que faltava poucos meses para que eu completasse 18 anos.

   Dias depois eu já estava com as malas prontas e quase a caminho do aeroporto. Bia, Mari, Nathan e Caíque estavam aqui comigo esperando que meus irmãos chegassem para que eu finalmente fosse.
Me despedir de Max estava me deixando com o coração apertado, ainda mais pelo jeito tristinho que ele me olhava deitado sobre as patas. Eu queria levá-lo comigo, mas ele não era só meu, apesar de morar comigo. Paulo e eu havíamos o adotado juntos, então achei que seria egoísmo da minha parte levá-lo.

    Ouvi a campainha tocar, indicando que meus irmãos haviam chegado. Olhei para o meu apartamento pela última vez e sequei uma lágrima que caiu ao lembrar de momentos ali.

    Os meninos me ajudaram com as malas e eu segui para fora do lugar que durante alguns meses foi meu lar. Observei o apartamento ao lado do meu com a porta fechada. Parte de mim queria se despedir dele, ou pelo menos vê-lo, mas talvez fosse melhor assim.

Já no aeroporto estava aguardando o horário do meu vôo. Eu e as meninas já havíamos chorado mais do que eu esperava e nos encontrávamos com os rostos vermelhos, mesmo sabendo que poderíamos nos falar ou nos ver em breve era horrível se despedir.

  Desde que chegamos, vejo Caíque olhar o celular e digitar algo várias vezes, pensei que ele poderia estar mandando mensagens para o Paulo, pois tinha visto que tinha uma mensagem dele na tela, quando Caíque forma mostrar as horas, mas isso agora não me importava. Paulo tentou falar comigo de novo pessoalmente, por mensagem, ligação e até bilhetes, mas depois de ser ignorado tantas vezes ele pareceu entender que não tinhamos volta.

     Anunciaram meu vôo e olhei para os meus amigos com os olhos marejados, abri meus braços e fui abraçada por todos eles.

— Eu vou sentir muita saudade de vocês. — falo com a voz embargada.

— A gente também.

— Cuidem bem das minhas meninas, viu? — digo para os meninos. - E... cuidem dele também. - me referi a Paulo e eles assentiram.

Talvez eu fosse uma trouxa por me importar com ele depois do que ele me fez, mas antes de termos um relacionamento nós éramos amigos e eu não queria o mal dele.

   A a última chamada para o meu vôo soou pelo aeroporto e respirei fundo criando coragem para essa nova etapa da minha vida.

— Temos que ir, Fê. — Matheus avisa.

Concordo e tiro um envelope da bolsa, entregando para Bia que me olha sem entender.

— Entrega pro Paulo, pede pra ele te devolver a chave depois, ok? — ela concordou sem questionar. — Prometo vir visitar vocês.

— Acho bom. — Mari disse chorando abraçada a Nathan.

— Tchau... — senti um nó na garganta. — Eu amo vocês.

                                                                                                                                 

Olá! Bem vindo(a)! Gostaria de deixar esclarecido que: essa é minha primeira fanfic publicada no wattpad, mas que ela já existe e está publicada no spirit, mas estou a publicando aqui pq tive vontade de escrever uma versão diferente da que tem no spirit.

Originalmente, são duas temporadas, mas eu resolvi fazer essa nova versão somente da segunda, colocando apenas alguns acontecimentos importantes da primeira, as vezes possa ser que você fique confusa(o) sobre algo na história, porém na revisão tentarei deixar o mais claro possível.

Espero que goste :)