Capítulo 9 - O começo do fim

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Passara-se uma semana desde o dia em Dry Leaf City, e a guerra estava perto de começar. Os exércitos de Josh e Lucy partiram ao amanhecer do primeiro dia de verão. Marchavam até o desfiladeiro de Morgaron - a Cidade Solitária. A alguns quilômetros do vilarejo. Logo à frente dos homens montados em cavalos, vinha um grupo de arqueiros, com ordem para atirar com o sinal do rei. Os homens traziam machados, lanças, espadas e escudos.

Cora também marchava com seu exercito, ainda maior depois dessa ultima semana. Pessoas se aliavam a ela e ficavam ao seu lado apenas por medo de serem mortos caso recusassem a oferta. Orcs e golens se uniam a Cora, só porque gostavam de uma boa matança. Seus homens cavalgavam em cavalos pretos e carregavam armas de todos os tipos, até estrelas da manhã tinham com si.

Em ambos os exércitos tinham catapultas e canhões que eram empurradas pelos homens e golens.

A marchada demorou, mas finalmente Lucy e Josh, com seu exército atrás deles, chegaram ao desfiladeiro. As garotas cavalgavam a frente de todos; Molly com a espada do Senhor da Guerra, Adam com seu arco e flechas, e Willow com uma espada comum. E ali permaneceram até conseguirem ver ao fundo que o exército de Cora se aproximava.

Com olhar de medo, Willow se virou para Tody e perguntou o que não conseguia tirar da mente:

- O que são aquelas coisas?

- Orcs e golens. Já era de se esperar que jogassem sujo desta forma. - Respondeu dando a palavra a Lucy que estava ao seu lado.

Ela, porém, permaneceu quieta, mas na esperança de que pudessem combater aquelas criaturas.

A marchada foi longa, mas acabara quando os exércitos finalmente se encontraram no topo do desfiladeiro, a uns setecentos metros de distância um do outro. Os orcs batiam em seus peitos como quem dizia "podem vir" e os homens balançavam suas lanças para a batalha. Em meio à multidão, uma coisa chamara a atenção dos cavaleiros de Lucy e do rei. Cora estava espantada, e não se sabia o motivo até que ela levantou a mão em um sinal para que seus homens parassem com o tumulto, e disse uma única palavra, um nome:

- Elizabet? - Questionou dirigindo-se a Lucy.

- Oi mãe. - Respondeu a guarda respirando fundo - Por sinal, agora é Lucy.

- Mãe? - todos se perguntavam surpresos - Como assim mãe?

Nem todos sabiam. Apenas Tody e Balmus. Mas há alguns anos atrás, quando Lucy foi "trazida" ao vilarejo, o oráculo lhe mostrou sua vida, mostrou quem eram seus verdadeiros pais e não os que a criaram. Elizabeth, que desde então fora chamada de Lucy, descobriu que deveria ajudar a deter Cora, apesar de ser sua filha. Ela procurou por muitos anos uma maneira de derrotá-la, e quando soube da profecia, decidiu que era hora de acabar com isso.

- Então... É você que anda ajudando elas? - Questionou Cora - Quer dizer que minha própria filha está tentando me derrotar? Ora. Eu me sinto traída. - Terminou com tom de zombaria.

- Lucy! - Adam pôs sua mão no ombro da guarda, demonstrando apoio.

- Eu lhe dei a vida! - Gritou Cora.

- Você nunca me deu nada além de ódio e desgraça. O que você fez todos esses anos foi destruir todos que eu amava, um por um. Então eu devo lhe agradecer? Você não me deu a vida, só destruiu ela. - Respondeu destemida.

Assim que a conversa acabou, não foi diferente do que Lucy previa, Josh cavalgara em direção a Cora com a espada empunhada para matá-la, o que era inútil. Quanto mais o rei se aproximava, mais zangada Cora ficava. Ela se sentia ofendida com tamanha coragem do homem de enfrentá-la.

Foi a poucos metros de distância que Josh fora atacado por Cora. Bastou apenas um movimento com o cajado para que ele fosse arremessado longe por magia negra, e seu cavalo também. O cavalo foi estraçalhado no chão, mas o homem a quem servia ficara sem seus movimentos, agonizando.

- Como ousa me desafiar? - Disse a mulher furiosa.

O homem não respondeu. Então Cora pegou a espada caída na grama, e a atravessou pelos lugares mais profundos em seu coração. Assim o rei caíra, e seu exército tinha sede de vingança. Foi quando Lucy dera o sinal.

- Vão! - Gritou a guarda para seu exército.

E assim foi o começo do fim...

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