O presente (one-shot parte II)

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O lanche ocorreu tão bem, que Mary não acreditava que tinha se passado 5 anos desde a última vez que viu Leopold caminhando na praia com sua pequena Mary, a sintonia que os dois tinham era inegavelmente linda, isso ela nunca duvidara, sempre que Mary ria, Leopold soltava um sorriso fofo. Depois de quase 1 hora dentro da lanchonete eles caminharam até o Central Park, as crianças um pouco a frente e eles dois atrás sempre se entre olhando:

- Há quanto tempo você está namorando?

- Eu sabia que você iria me fazer essa pergunta. - Ela fala olhando para Leopold, mas seus olhos sempre muito atentos aos seus netos também.- há 2 anos, mas não é nada que eu caia de paixão não e você, está solteiro, casado, enrolado?

- Solteiro, desde que uma senhorita me abandonou há alguns anos - Ele ri para o clima entre eles não ficar chato- pode soar um pouco ridículo, porque vocês mulheres fazem isso tão bem, mas é um pouco complicado criar uma menina, principalmente alguém tão esperto como a Mary, ela me faz certas perguntas que só uma mãe pode responder, então eu dou uma disfarçada e corremos até a nossa lanchonete favorita e eu peço para Jolene responder a pergunta.

- Uau, eu não imaginava que o macho Alpha, Leopold, falaria algo em relação a isso, dizer que ser dona de casa e trabalhar fora é complicado, sempre tive a impressão que fosse aqueles machistas que falam pra todo mundo ouvir que lugar de mulher é na beira do fogão.

- Bem, eu até era um pouco, mas aí eu tenho uma garotinha aspirante a feminista em casa, então ela me ensinou certas coisas. - Todas as vezes que Leopold falava da sua pequena filha, seus olhos brilhavam de uma tal maneira, que Mary tinha visto isso acontecer apenas quando Leopold estava com ela.-

- Então eu tenho que agradecer a minha pequena xará essa sua mudança maravilhosa, e você continua consertando carros de senhoras em plena chuva?

- Não! - Ele dá uma risada e entrega um cartão para ela, como fizera da primeira vez, assim suas mãos se toram, Mary sentiu o toque e ficou arrepiada- Agora eu tenho a minha própria oficina, até que ela tem um movimento agradável, antigos clientes me ajudaram muito, agora só fico atrás de uma mesa, repare, minhas mãos não tem tanta graxa assim, só faço serviços para clientes muito especiais, agora que você não trabalha mais com moda, o que você anda fazendo?

- Eu trabalho com moda! Agora de uma forma menos agitada, montei uma pequena escola de moda no Brooklyn, quando não estou muito ocupada com meu neto, vou até lá, dou pequenas palestras, ajudo nas coleções, coisas pequenas, eu não dediquei tanto tempo a minha família, então eu decidi fazer isso pelo menos com os meus 6 netos, 7 com a Julie que não desgruda de mim.

- Meu Deus 7? Quando nos encontrávamos você tinha só 2...como o tempo passa...- Antes mesmo de entrarem num mar melancólico que se chama passado, Julie e Mary começaram a gritar e pular ao ver o lago congelado no meio do Central Park, Jonathan acanhado apenas olhava.-

- Nana, Nana! Podemos patinar? Eu sei que você é uma mulher muito ocupada, mas não seria bom passar um dia longe das chatices da Anne? - Julie se aproximou dos dois para tentar convencer Anne e para Jonathan não ouvir.-

- Bem, acho que o Jonathan não iria se divertir tanto quanto vocês, não é justo com ele, viemos aqui para fazer compras e já mudamos o nosso caminho, os meus filhos precisam de presente também! - Mary se abaixou para ficar do tamanho da garota.-

- Nana! Eu vou convencer o Jonathan a ficar aqui, eu acho que ele gostou de termos uma nova amiguinha, se eu convencê-lo podemos ficar? Por favoooor?

- Ok, ok...você tem 5 minutos enquanto isso ficaremos sentados aqui.

Não deu nem 5 minutos e Jonathan foi até a sua avó com os seus olhos brilhando:

Uma segunda chance ao amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora