Capitulo 1

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  Era mais um dia comum de sexta feira à noite, eu estava dentro do carro, na frente daquela casa, esperando minha mãe, enquanto isso, meu pai falava com algum amigo no celular fora do carro, e eu estava prestando atenção nos carros que passavam e no farol que hora ficava verde, hora ficava amarelo e depois vermelho.

Minha mãe iria demorar, iria ter um evento na qual eu não sabia sobre o que era, mas dava para ouvir a música que vinha de lá, era um pouco baixa, mas mesmo assim, dava para escutar.

Não era minha intenção vira o rosto para a casa, mas algo em mim, pareceria que precisava ver se poderia sair alguém de lá, ou aparece alguém na varanda. Eu observei a varanda até meus olhos chegarem na porta de madeira branca, onde tinha alguns buracos, que de lá poderia ver um luz que eu não tinha visto em nenhum momento.

Pensará que era coisa da minha cabeça, mas ouvi vozes, vozes barulhentas e grossas, dava para sentir a tensão de lá de dentro, eu apenas olhei para o meu pai que veio até mim com um olhar confuso.

-Estranho?-Ele me pergunta entrando no carro e eu o olho.

-Muito estranho.- Olhei novamente para fora da janela e vi a porta sendo aberta, revelando um garoto alto mandando dedo do meio para alguém atrás dele, ele fecha a porta com força e passa pelo carro, ele olha para dentro e nossos olhares se cruzam, seu rosto era pálido, seus olhos castanhos escuros, e seus cabelos em perfeitos cachos pretos.

Ele passa reto e o observo chutando uma pedrinha e resmungando alguma coisa, olho para trás e vejo a porta sendo aberta novamente.

-VOLTA AQUI FINN!- O homem mais velho, o que eu julgava ser seu pai, estava com um olhar furioso, que até me deu medo de olhá-lo, então voltei o meu olhar ao garoto, que agora sabia que seu nome era Finn, ele estava preste a virar a rua quando seu pai decidiu gritar novamente.- OU VOCÊ VOLTA, OU EU FAÇO COISA PIOR!

Por um minuto eu vi o olhar de Finn sobre mim, ele apenas jogou a cabeça para trás e voltou novamente resmungando, ele olhou novamente para mim e depois entrou em casa sem ao menos olhar para seu pai, que na mesma hora que o filho entrou bateu com força a porta fazendo meu corpo arrepiar.

-Eles sempre moraram ai?-Pergunto para meu pai que também estava perplexo pelo o que aconteceu.

-Não sei, acho que sim.- Ele da de ombros e recebe uma nova mensagem no celular.

Eu olho novamente para a varanda e para a porta, onde a luz ainda estava ali, com uma sombra andando de um lado para o outro.

-Filha?- olho para o meu pai prestando atenção no mesmo- Sua mãe vai demorar, ela disse que está muito cheio, e ela está encarregada de fechar.

-Até que horas?

-Até as 1 da manhã...- Eram 23hrs, esperar duas horas não era nada, já estava acostumada.

-Tudo bem...

-Se quiser eu te levo para casa e...

-Não pai, eu espero!- Ele sorri e eu olho novamente para a varanda, vendo o garoto apoiado no ferro olhando para cima, seu olhar abaixa e olha diretamente para mim, eu apenas dou um meio sorriso e ele sai sem falar ou retribuir.

A casa 729 + FillieWhere stories live. Discover now