Carta 18

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Sábado, 14 de outubro.

Querido Jimin,

Assim que cheguei em casa e chamei por Tae, não obtive resposta. Mas percebi um pedaço de papel sendo prendido por uma caneta em cima do criado mudo, na sala.

" Jeon, fiz esse esforço por você e o Jimin, então não seja um maknae malvado e de mais uma chance a ele.

P.S: não se preocupe com a minha volta, tenho coisas mais interessantes para fazer na casa do Haru.

P.S²: Vê se dessa vez você não se nega a dar pra ele."

Dizia o bilhete.

   Fiquei tão constrangido que imediatamente amassei o papel. Podia sentir minhas bochechas queimarem e, embora eu soubesse que você estava em casa, havia muito silêncio para duvidar.

Fui em direção ao meu quarto, passando pelo pequeno corredor ao lado da sala e pude ver por baixo da porta uma iluminação amarelada.

Quando a abri, você estava sentado na beirada da cama, de cabeça baixa, encarando o buquê de rosas em mãos. Havia velas acesas por quase toda a parte e no chão estavam espalhados algumas pétalas de rosas.

Você estava tão aéreo, imerso em seus pensamentos que nem ao menos notou minha presença. Mesmo sobre a luminosidade fraca, Jimin, você ainda tinha a aparência de um anjo - agora triste.

Sua cabeça que pendia para baixo, se levantou quando fechei a porta atrás de mim e a mesmo projetou um tilintar agudo.

- Você voltou. – Disse, levantando-se da cama. Seus olhos estavam meio inchados, como  se tivesse chorando por um bom tempo até que eu chegasse. Acho que assim como eu, você também não sabia como agir naquele momento. Então, de forma desajeitada, levantou a mão direita na minha direção.

- São para você. - Disse, hesitante.

Eu só queria desabar na cama porque estava acabado - Emocionalmente e fisicamente. Mas não jogaria todo o seu esforço no lixo.
  
    Forcei um sorriso que eu tenho certeza que não se formou bem e fui até você, pegando o buquê. Agradeci, e nós nos olhamos por alguns segundos; o silêncio nos engolindo pouco a pouco, e tudo bem, porque aquela não era a hora exata de fingir que estávamos bem.

- Vamos ficar bem? – Você perguntou, apreensivo. Parei para pensar, vasculhar minha mente atrás de uma resposta que fosse logicamente plausível. Mas eu não a encontrei.

Eu tive medo, Jimin. Medo de deixar as palavras de Namjoon se fixarem em minha mente. Medo do que estava por vir a partir de agora. Talvez eu estivesse errado em me sentir mal por você não ter dito que Namjoon era seu ex. Mas não era SÓ por isso. Eu havia chegado ao meu limite de cansaço, sempre sendo o último a saber das coisas.

Diga-me, Jimin, por que? Por que você me deixava ser o último a saber?

Meu silêncio fora o bastante para que você entendesse. Sua cabeça pendeu novamente para baixo e eu me senti pior. Eu estava ferido, Jimin, e consequentemente estava te ferindo também.

Rapidamente você me abraçou, um abraço longo e apertado e eu podia sentir o desespero nele. Mas meu corpo continuou imóvel, sem retribuir o gesto.

- Por favor, Kookie. Você não vai me abandonar, vai? – Perguntou. Seu hálito quente ultrapassava o tecido de minha camisa, esquentando a pele de meu ombro. Meu coração saltou pela boca com a ideia de te deixar. Eu não faria isso, Minie. Eu havia prometido a mim mesmo que nunca faria isso.

Te afastei gentilmente com as mãos para lhe encarar. Você tinha começado a chorar, fazendo com que seus olhos e a ponta do nariz ficassem vermelhos. Passei o dedão em sua bochecha, limpando a lágrima que insistia em cair. Em seguida, levantei seu queixo para que me encarasse.

- Não, Minie. – Falei com calma, suave, para que você entendesse a profundidade do que eu estava dizendo. – Eu nunca vou desistir de nós, está me entendendo? Nunca.

Ainda entre soluços, você confirmou com a cabeça, voltando a me abraçar com força. Não sei se foi a determinação com que falei aquilo, ou se foi um escape inconsciente de minha mente, mas fui domado pelo desejo de te ter, mais uma vez, só para mim. Só nós dois.

Eu queria ter certeza que você havia entendido minhas palavras.

Te apertei até não ter mais força como que para ter certeza de que você estava ali e que não fugiria como da primeira vez. Nossos rostos lado a lado, bochechas quentes se tocando, suas mãos passeando por minhas costas e cintura enquanto a minha passeava por seus cabelos, os entrelaçando entre os dedos.

Escorreguei minha bochecha até posicionar meus lábios em frente aos seus, os tocando lentamente. De primeira não te beijei, apenas fiquei lá, brincando, provocando até você morder meu lábio inferior, o puxando para me aproximar. Suas mãos que estavam em minha cintura me puxando para perto e a ansiedade de poder sentir seu membro, mesmo que por cima das roupas, me tomou por inteiro.

Você aprofundou o beijo, puxando minha língua com a sua, as fazendo dançarem. As sensações que corriam por nossas veias, nos faziam explodir em fogo e ternura.

A medida que o beijo e o desejo aumentavam, suas mãos abriam o zíper do meu casaco, o deixando cair no chão e retirando, ferozmente, minha camisa.

Retiramos o resto das roupas, e depois deitamos lado a lado, nos encarando. Assim como a minha respiração, a sua Jimin, também estava fora de ritmo.

Seus olhos brilhavam a cada vez que ele me olhava, admirando meu corpo nu.

Meu desejo atingiu o ápice, Jimin. Eu precisava de você mais do que tudo.

Eu ainda preciso... Se quer saber.

Te puxei para ficar por cima de mim e nós começamos a nos beijar novamente.

Eu já havia esquecido da angústia que estava sentindo, e naquela hora, era apenas nós dois.

Se não for o seu lado, espero que esteja pronto para a queda...

As palavras ecoaram em minha cabeça, trazendo à tona uma parcela das dúvidas que me rondavam.

Me afastei de você, apoiando a cabeça pesada sobre o travesseiro. Você me olhou, preocupado, perguntando o que estava acontecendo comigo.

Balancei a cabeça.

- Nada. – Resmunguei. Envolvi meus braços ao redor de seu pescoço, sentindo com mais intensidade o calor de nossas peles juntas e voltei a beijá-lo, torcendo no fundo para que eu voltasse a esquecer.

Depois que terminamos, esperei você dormir para que eu pudesse liberar toda aquela angústia em lágrimas. Eu soluçava, agarrando forte o lençol. Minha cabeça parecia ter sido incendiada enquanto eu me sufocava nas próprias angústias. Acho que meu esforço para não fazer barulho fora inútil, pois você se mexeu no outro lado da cama e eu fiz silêncio, com medo de te acordar. Mas então suas mãos rodearam meu corpo, me puxando para mais perto de você, até sentir o calor de seu peito junto às minhas costas.

- Shi... – Você sussurrou, me apertando. Deixei que mais lágrimas caíssem, me mostrei frágil e inseguro para você, Jimin. Eu era pequeno demais para lidar com aquilo. – Eu ainda estou aqui, Kookie. E eu não pretendo sair.

Lembro que minhas lágrimas ainda caiam antes de eu cair em um sono profundo e tranquilo, mas elas já não estavam na mesma intensidade de antes. Afinal, agora eu tinha certeza: eu tinha um porto seguro e lutaria por ele.

Assinado: O cara que sempre irá te amar


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Hey, meus filhotes! Sei que ultimamente não estive muito presente, mas amo muito vocês <3 A escola está me consumindo. Tenho certeza que um dia desses eu vou sumir heueheuh

POR TRÁS DAS MEMÓRIAS jjk + pjm (Finalizada 09/03/19)Where stories live. Discover now