ChanYeol, o fazendeiro

Capítulo Único

Eu, em minha linda e bela pessoa estava sentado em minha cama já ouvindo minha mãe do andar de baixo gritando meu nome. Aquilo com certeza era ela, minha mãe, com total respeito era uma cruza entre um dinossauro e um camelo. Apesar de ter lá seus 40 anos ainda conseguia correr atrás de mim com a chinela.

— Byun BaekHyun, estamos saindo. - Ela falou e eu apenas calcei uma sandalha estilo Jesus, pus uma blusa normal e uma bermuda. Tava lindo pra mim. Desci as escadas e ela estava com um vestido longo e talvez com um chinelo por baixo. Ela me olhou de cima á baixo e pareceu indignada. — A gente vai ir visitar sua vó ou dar comida para os pobres? - Ela soltou uma piadinha. Minha mãe muito engraçada.

Iria retrucar mas sabia que ela iria partir para a briga, minha mãe não sabe brincar. — Posso tomar meu café? Posso desejar bom dia a essa linda família que me ama tanto e que me trata com tanto amor e carinho. - Mentira, só queria comer o café. — A única coisa dessas duas opções que você faz é tomar o café. Você até faz piadinha de que foi adotado no lixo. - Ela disse e se virou de costas sai do pela porta da frente. — Pega meus mamão picado na geladeira e vem. - Ela fechou a porta atras de si e eu fui até a geladeira pegando o que havia pedido.

Minha mãe tinha mania de querer parecer mais jovem e usar gírias como as moças nos tutoriais de maquiagem fazem, tais como "top" "fitness" "blogueirinha" e coisas que mulheres como minha mãe não deveriam usar para não constranger os filhos nos grupos de família. Assim que cheguei no carro me sentei e vi que meu pai estava pondo tudo no reboque. — Paiiiiiiiiiii! - Gritei pra ele querendo que interferisse. — Não quero ir. - Exclamei tombando minha cabeça para o lado. — Você não tem que querer. Só aceitar. - Mamãe disse e eu bufei. — Animal e criança não decidem nada. Senta aí e vai ouvir Lana Del Rei. - Meu pai me orgulhava tanto, até sabia as musicas que eu gostava.

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Depois que chegamos, acho eu, que meus pais deram graças á Deus, afinal não deixei barato eles terem me obrigado á vir. Expus minha total insatisfação durante todo o caminho pra cá. Sou vingativo. Desci do carro e vi minha vó com uma melancia em mãos e gritando meu nome. Forcei um sorriso e abri meus braços para que ela me abraçasse. Vovó cheirava á sabão. Mas era bom. — BAEKIIIII - Ela falou me puxando para um abraço com um só dos braços aliás porque o outro tava com a melancia.

Assim que cumprimentei toda a família entrei direto e fui até a geladeira e já abri pegando uns doces que vovó tinha feito, me sentei na mesa e antes que pudesse começar a comer ouvi minha vó me chamar. — Porque não vai lá nas plantação ver seu primo ChanYeol? - Ela perguntou juntando os pratos da mesa e eu neguei com a cabeça. Não ia no meu do mato sozinho, não pra chegar algum nego e abusar da minha bundinha, que na verdade na escola sempre foi a mais bonitinha dos meninos. — Agorinha...- Resmunguei virando novamente para o prato de comida. — Mal ele consegui dormir, coitado, tava tão ansioso pra ver ocê, meu fi. - Ela falou em um tom baixo e eu apenas olhei minha mas no batente da porta e levantei de supetão sem nem saber pra onde ir me enfiando no meio do mato.

Mas é claro que não fui muito longe, me sentei em uma pedra e fiquei á deus dará que ChanYeol aparecesse, o que seria um milagre porque não precisaria procurar e nem tava afim. Estava quase dormindo ali na pedra quando ouvi alguém me assustar. Tomei um belo susto porque o boboca do meu primo Chanyeol chegou de fininho e me deu um susto. Estava quase no 110º sono nessa merda.

— fjagjfjadadin - Era a risada dele, o som que saia de sua boca era assim mesmo. — Ocê precisava ver tua face, primo. - E mais do riso estranho. — Tá bom, estranho. Vamo embora que já deu já. Bora. - Ele me parou um pouco triste. — Mas já? Vocês mal chegaram e tu já quer ir embora, primo? - Ele disse com o sotaque da roça, o que pra mim era muito engraçado, mas eu não ri, ate porque deus fez a gente aceitar o próximo.