Capitulo 1

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Clarice

Levanto assustada com o som do despertador, já são 5 da manhã

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Levanto assustada com o som do despertador, já são 5 da manhã. Tomo banho, faço minhas higienes e, enquanto penteio o cabelo lembro do sonho que tive, sonho doido

Sonho on
Estava em uma sala, chega um homem muito bonito, ferido pedindo ajuda, quando ele segura a minha mão querendo falar alguma coisa, eu acordo.
Sonho off

Caramba, já são 06:10 preciso correr para não me atrasar, vou correndo para a estação do metrô. Eu moro próximo ao hospital mas sempre chego atrasada.

Enfim, chego no hospital para mais um dia de plantão

- Bom dia a todos.

- Bom dia flor do dia!

- Como foi ontem? Hoje você volta pra casa dona Glenda?

- Ah ontem foi normal, só um paquerinha mesmo. E é claro que eu volto pra casa minha amiga, moramos juntas.

Alto falante: Dra Glenda Smith comparecer com urgência na sala amarela.

Glenda vai para sala amarela e me chama para ir junto com ela.

Chegamos na sala amarela, e tem uma gestante com sete meses em estado grave.

- Está perdendo muito sangue, preparem a sala vou ter que fazer uma cesariana. E preciso também de bolsa de sangue.

- Dra não temos bolsa de sangue está em falta no banco de sangue. A sala de cirurgia está precária.

- Só sei que eu preciso fazer esse parto, se não perdemos a mãe e a criança.

Então levamos a mulher para a sala de cirurgia, a cesária foi feita, e infelizmente a mãe não sobreviveu.

A criança está em observação na UTI neonatal. Glenda avisou para a assistente social do hospital, para que possa encontrar a família da mulher, que estava apenas com a identidade na bolsa dela.

Infelizmente o governo deixa a saúde do rio de janeiro em uma situação de caos.

Meu plantão acaba, Glenda e eu estamos indo para casa, quando meu telefone toca.

- Fala Matheus.

- Poxa meu amor é assim que você fala comigo?

- Depois da cena que eu vi de você me traindo é assim mesmo que eu falo. O que você quer?

- Poxa amor me perdoa, eu fui fraco, vamos conversar, por favor me ouve! Posso passar na sua casa hoje?

- Hoje não Matheus, tô cansada.

- Amanhã então eu vou lá meu amor. Beijos te amo muito.

Eu desligo o telefone sem responder a ele.

Glenda e eu entramos no metrô, e, depois de quase trinta minutos de viagem, chegamos em casa.

Tomo meu banho e cama. Afinal, amanhã folga!

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