7 - |Pedra no caminho|

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Jungkook me dava dor de cabeça, uma terrível enxaqueca, sem nem mesmo estar por perto. Lembro-me de deixar a cafeteria 30 minutos antes com um largo sorriso no rosto apesar de ter trabalhado muito; eu realmente amava fazer aquilo: Lidar com pessoas. E leva-las rir, chorar ou se emocionar através de meu textos era meu modo favorito de fazer isso. Lembrar que Jungkook retirou tudo aquilo de mim, de algum modo, fez meu sorriso deixar meu rosto tão rapidamente quanto veio.

"Aquela mensagem idiota..." Murmurei, entre dentes. Ao olhar para o lado percebi que a senhora que compartilhava aquele assento de ônibus olhou-me como se fosse louca. Sorri amarelo. Odiava chamar atenção mas isso, incrivelmente, não me incomodou tanto no momento. 'Temos assuntos pendentes' era tudo que passava pela minha mente. Aquelas três palavras soavam tão ameaçadoras naquele pedaço de guardanapo que eu me sentia como se realmente tivesse feito algo errado. Para falar a verdade, eu não sabia o que falar quando finalmente nos encontrássemos. Precisa de mais provas até lá e um modo de encontrá-las. Neste momento, Gabe me manda uma mensagem:

Gabe: Jamie, você deveria ir até a editora. Aquela mulher pode ter algo haver com isso.

(...)

Era sexta e meu turno de trabalho mas, felizmente, Gabe cobriria pra mim. De alguma, nossa ideia maluca parecia, finalmente, estar entrando nos eixos. Nevava levemente lá fora mas a camada média pelo chão mostrava que não era um evento exclusivo daquela hora. Respirei fundo antes de vestir meu casaco mais grosso de dentro do armário e cobrir meus cabelos com uma touca de lã. Saí de casa rumo ao prédio no centro da cidade.

(...)

– Jamie. J-a-m-i-e. Não Jennie, Senhora. Eu marquei hora ontem! – A recepcionista deslizava seus dedos ossudos preguiçosamente sobre o teclado a sua frente. Sinceramente, estava perdendo a paciência. Já havia esperado bastante tempo desde que cheguei no local. Aparentemente, muitas pessoas também gostariam de falar com Jannette Jung naquele exato lugar e hora - pessoas mais importantes que uma garota desesperada.

A ideia de que Jannette poderia ser culpada de algo realmente me matava por dentro. Querendo ou não eu havia confiado a ela aquele dia, minha últimas gotas de esperança. Imaginar que ela estivesse ligada a algo do tipo fazia tudo parecer pior.

– Infelizmente, você não podera ser atendida agora. Senhora Janette está saindo para almoçar no momento. – Disse após receber a informação de um aparelho que se encontrava em seu ouvido. Fechei os olhos, frustrada, por um longo tempo até ouvi-la dizer "Próximo".

Ao me virar, para minha surpresa, avisto Jungkook e Jannette Jung descendo a escada em direção ao Hall imenso da editora, onde eu estava. Repito: Jungkook e Jannette. Só poderia ser brincadeira; minha teoria parecia ainda mais certa agora. Me escondi em uma das compridas colunas de mármore no local e, por sorte, ele logo se despedira dela em uma língua que eu desconhecia . Logo após mais novo a fez uma reverência. Esperei- o se virar e afastar levemente e aproximei-me de Jannette rapidamente, arrumando meu casaco. O chão estava escorregadio o bastante para me fazer andar com cautela mesmo com as botas pretas que usava.

– Senhora Jannette, desculpe atrapalhar mas... – Ela virou-se pra mim levemente espantada pela aproximação de súbito mas logo abriu um sorriso. Observei-a brevemente enquanto sorria de volta. O cabelo estava mais curto que há um ano atrás e levemente grisalhos também. Ela claramente deveria estar usando um modelo de blazer novo visto que parecia impecável.

– Querida! Há quanto tempo! – apertou minha mão, simpática como sempre. Mas até onde essa simpatia era real? – Como tem estado? Sinto muito por não frequentar a cafeteria tanto assim. os dias tem estado meio loucos ultimamente... – Os passos de Jungkook pararam de ecoar sobre o hall, atrás de mim. Sabia que era ele já que era o único indo embora no momento. Minha respiração falhou. Ele teria ouvido? Segundos depois voltou a caminhar e finalmente não o ouvi mais. – Querida está tudo bem?

– Perdão, está sim. – Recompus-me. – Poderíamos conversar? Prometo que será breve. – Jannette me olhou receosa e depois de pensar por alguns minutos disse: – Só por que não nos vemos há muito tempo.

(...)

– Querida, eu sinto muito. Posso te garantir que não me foi entregue nada em nome de Jamie neste tempo. Eu teria lembrado, principalmente uma história com essas características. – Ela parecia até mesmo decepcionada ao dizer aquelas palavras, realmente sabia mentir bem.

– Tudo bem. Até mais – Comprimentei-a. Dei um pequeno sorriso e me virei, seguindo do corredor de sua sala até o elevador deixando as lágrimas encherem meus olhos. Toda aquela coisa era surreal demais para estar acontecendo.

(...)

Finalmente passei pela porta de entrada na qual antes, adentrei tão esperançosa e deixei o local de cabeça baixa, soltando pequenos soluços, procurando não mostrar meu rosto que, provavelmente, estava avermelhado.

– Ei, Jannette te disse coisas tão ruins ao ponto de te fazer chorar? Algo como: Seu café é ruim e sem gosto. Coisas do tipo? – Levantei a cabeça. A voz vinha de um Jungkook despreocupado encostado em um carro preto e brilhante. Merda. Esse traste estava me esperando? Apressei o passo na direção contrária a dele. A última coisa que precisava era encontrá-lo aqui e agora.

– Me deixa em paz, por favor. – Segurou meu pulso mas logo me soltei dele. Ele agora entrou em minha frente, bloqueando meu caminho.

– Precisamos conversar. – Encarou-me.  

  – Tudo bem, eu me rendo. – Passei a mão pelo rosto, contrariada. Seguimos até seu carro e antes que abrisse a porta pra mim, pus a mão na maçaneta e fiz força para abri-la mas foi em vão pois a porta permaneceu no mesmo lugar arrancando uma risada dele. Se pudesse, enfiaria minha cabeça em um buraco. Ele pôs-se atrás de mim e esticou seu braço no vão do meu, com chave nas mãos, colocando-a na fechadura do porta, destravando-a. Soltei um riso irônico enquanto entrava no carro.

– Poderia simplesmente ter usado aquele aparelhinho de destravar o carro. – Disse quanto ele sentou no banco do motorista ao meu lado. Ele sorriu ligando o carro. 

– Foi mais divertido assim. – Revirei os olhos novamente mudando de assunto.

– Aonde vamos? Espero que seja rápido. 

– Vamos ao meu lugar favorito em Londres. 

///

meus amores!!!! eu voltei :) espero que gostem do cap. o plot de plágio fez 3 anos no papel, sabiam? pois é. sou muito grata a todos vocês por esses 2 anos que vocês estão dando carinho e apoio a história. é muito engraçado e gratificante ver o quanto tudo cresceu dessa forma. muito obrigada por todo carinho de vocês, de coração <333 por cada comentário, visualização e principalmente por esperarem por mim. vocês todos são muito especiais! 2017 não foi um ano nada fácil pra mim nem pra muitos mas passamos por ele, certo? então um feliz ano novo atrasado pra todo mundo. enfim, obrigada por tudo gente (nunca terei palavras pra agradecer) !!!! e que 2018 seja um ótimo ano pra tds (onde eu termine plágio com um bom final inclusive bhbhjbbhjbhj) beijão

plágio;; jungkook Onde histórias criam vida. Descubra agora