Prólogo

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     Esta é uma narrativa sobre dois sentimentos, que são ao mesmo tempo, estranho e familiares: o amor e a inveja. Princípio e força da vida, o amor se compõe, no entanto, em trama mortal. Dele, não se sabe, não se explica: "ela não o vê, mas sente o toque de suas mãos, e ouve sua voz". O amor é óbvio e oculto. Ela, não pode conhecer seu rosto, pois pode haver sérias consequências, e o mistério se desfará.
      O sentimento entre eles existe cercado de ameças que põem em perigo a união dos dois. Deve se evitar, a todo custo, a aproximação dos invejosos. A inveja tem familiaridade com o ódio, roubo e a trapaça. O invejoso, quer roubar algo possuído pelo invejado, algo que o invejoso imagina ser a causa da felicidade do outro, mas para isso, precisa ser esperto.
      As irmãs de psiquê, vêem nela, algo de que se consideram privadas, e farão de tudo para vê-la na mesma situação. O amor de um deus, faz Psiquê feliz, contudo, suas irmãs não desejam o amor do deus, mas querem sim, que Psiquê perca esse amor: "prefiro entregar meu pescoço à forca do que vê-la tornar-se mãe de um menino deus". Eis aí a inveja. O sentimento não tem a ver com a posse do objeto que é do outro, mas sim com o ódio por aquele que se acredita ter o privilégio de possuí-lo.

 O sentimento não tem a ver com a posse do objeto que é do outro, mas sim com o ódio por aquele que se acredita ter o privilégio de possuí-lo

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Eros e PsiquêOnde histórias criam vida. Descubra agora