Enchente de verão e brisa primaveril,
somos porto e praia, mar e rio.
Nossas próprias metrópoles avançadas,
com infinitas estradas fechadas e estrelas nos cais.
Somos pontes ultrapassadas, e casas mal assombradas,
nos sentimentos fantasmas
que não habitamos mais.
Somos fase de lua, que nos ventos do outono,
ela minguante ilumina o mirante,
e no frio do inverno,
ela cheia arranha-céu.
Somos todos grandes cidades,
e labirintos de fauna e flora,
somos todos os sete mares,
de um capitão que navega afora
e não chega a lugar nenhum.