Uma aposta

Ámbar

POV Luna
Já estava descendo as escadas quando a campainha toca.

- Tô descendo!- digo descendo os degraus.
Toca de novo.
Abri a porta.- Mais que impa... Ámbar?

- É assim que você recebe a sua prima?- ela diz sorrindo.

- Entra.- digo dando espaço pra ela.- O que faz aqui?

- Vim ver como você estava. E é claro o Matteo. Como ele está? Ele tá namorando?- ela pergunta se sentando no sofá.
Na mesma hora escuto uma buzina de carro.- Vai sair?

- Vou. Você... Vai ficar?

- Vou. Minhas coisas chegam amanhã.- aí que ótimo!

- A chave tá na prateleira e eu acho que vou voltar tarde.

- Se divirta.- sorri e saí.
Fui até o carro de Matteo e entrei.
Ele me recebe com um selinho.

- Tá tudo bem?- ele pergunta me olhando.

- A Ámbar voltou.- digo sem o olhar.
Ámbar era a ex do Matteo e minha prima. E pra piorar, ela ainda gosta dele.

- Ela vai ficar na sua casa?

- A Ámbar volta pra Buenos Aires e é isso que você se importa?!- digo o olhando.

- E com o quê eu tenho que me preocupar realmente?- ele diz me olhando.

- Se ela ver a gente?- ele olha pra frente; liga o carro e saí da frente da minha casa.- Matteo.

- Se ela ver, O.K, ela vai saber que a gente tá namorando. Não vai ser uma ex que vai acabar com o nosso namoro.- ele diz olhando para a pista.
Sorri e pego a sua mão entrelaçando nossos dedos.

- Pra onde vamos?- pergunto tentando mudar de assunto.

- Pensei em ir em algum restaurante. Mais a gente pode ir ao parque e ficar de bobeira. Você decide.

- Vamos ao parque.- ele sorriu.
Em alguns minutos, estávamos no parque. Saímos do carro e Matteo pega a minha mão.
Tomamos um sorvete e nos sentamos em um banco em frente à uma praça. Como era sexta feira, algumas crianças brincavam em um parquinho. Fiquei as olhando imaginando como seriam meus pais biológicos e sorri. Um sorriso triste.

- O que foi?- Matteo pergunta me olhando.

- Queria saber como são meus pais biológicos e porque eles me colocaram na adoção.

- Você não se lembra deles?

- Eu era muito pequena quando fui pro orfanato.

- Se lembra do nome?

- Orfanato Mãos abertas.

- Já pensou em ir lá e perguntar?

- Eu não quero saber das pessoas que me abandonaram.

- Mais são seus pais.

- Não, meus pais são Miguel e Mônica Valente. Mais vamos mudar de assunto. Você contou pro Gastón sobre nós?

- Você pediu pra não contar, eu não contei. E você, contou pra Nina?

- Não. O que a gente tá fazendo?- digo olhando para o parquinho.

- Acho que isso se chama; encontro.

- Eu tô falando sério Matteo.- disse o olhando.

- A gente tá namorando.- ele disse olhando para o parquinho.

- Em segredo.- ele me olhou.

- Pelo menos os seus pais sabem.

- É.- digo dando um sorriso.