Capítulo 14

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Lua – Pode me dar o relatório da bebezinha que fiz o parto?

Lizandra – Claro, doutora...

           Ela me deu e eu li.

Lua – Não acredito que o Pai, não ficou com ela...

Lizandra – Também não acreditei...

Lua – É um desgraçado mesmo...

Lizandra – As vezes ele teve um motivo pessoal...

Lua – Um motivo pessoal? Ela é uma bebezinha... um ser humano. Ela é tão pequeninha e inocente. E um cara velho vem e faz isso com a própria filha? Olha, não sei qual é a sua questão sobre isso. Mais ele está errado sim, senhora. Bom, agora me dê por favor o prontuário do paciente A11.

          Disse isso, ela me deu e não falou nada.

#MinutosDepois

Lua – Olá, Sr Martins.

Sr. Martins – Olá, doutora.

Lua – Como se sente?

Sr. Martins – Bem...

Lua – Ótimo. Muito bom, irei te examinar agora. Ok?

           Disse isso e o examinei enquanto ele estava conversando comigo.

Sr Martins – E aí como estou?

Lua – Está ótimo... sua cicatriz está ótima. Se continuar assim, amanhã já te darei alta.

Sr Martins – Até que fim...

Lua – rsrs

Sr Martins – Posso te pedir um favor?

Lua – Claro, senhor. Qual é?

Sr Martins – Ouve o Arthur... ele quer muito falar com a senhorita. O menino não fez por mal. Ele é traumatizado, porque o... 

Lua – Senhor... acho que eu não preciso e nem quero ouvir isso. Irei ouvir ele, mais não quero saber da vida dele. Ok?

Sr Martins – Ok.

Lua – Então, ok.

           Disse isso e saí do quarto.

Arthur – Doutora... está tudo bem com ele?

Lua – Sim, ele está ótimo. Acabei de falar que se continuar assim amanhã mesmo ele irá para a casa.

Arthur – Que bom! Nossa, fico feliz...

Lua – Então, estou com 5 minutos agora. O que o senhor queria falar mesmo comigo?

Arthur – Há... Você está com tempo agora? 

Lua – Foi o que disse.

Arthur – Ok, primeiramente, tira o senhor porque eu só sou uns anos mais velho que você Doutora. Agora voltando ao assunto...  Eu queria pedir as minhas sinceras desculpas para você doutora. Eu não durmo de noite, porque sempre tenho pesadelos encima de pesadelos, por isso que troco a minha noite de sono para dormir durante o dia. No Afeganistão, nós somos submetidos a fazer diversas coisas na qual não concordamos muito. Recentemente eu fui dignado para uma missão na qual o meu melhor amigo morreu. Ele morreu nos meus braços... nos meus braços e eu não pude fazer nada... absolutamente nada. E não é só isso não, eu tenho um cartel de milhões de mortes nas minhas costas, mais eu fiz e faço isso tudo para proteger o País onde eu morro.

Lua – Você não mora aqui?

Arthur – Não... Sou dos Estados Unidos.

Lua - ...

Arthur – Naquela manhã que te bati, estava sonhando que estava lá no Afeganistão e que fui encurralado por 20 homens. Me desculpa... me desculpa mesmo.

Lua – Acabou os seus 5 minutos. Tenho que ir...

            Disse isso virei as costas e quando estava saindo disse:

Lua – Desculpas aceitas... até porque todos nós sofremos por alguma coisa.

#MinutosDepois 


Um Louco, Por Qual Eu Me ApaixoneiOnde histórias criam vida. Descubra agora