9. A Transformação

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Pov DYLAN

Já podem imaginar como foi o meu primeiro dia de trabalho depois de ser readmitido na Runway.

Assim que eu coloquei os pés lá dentro, todos me olhavam, impressionados.

Nunca (JAMAIS) um assistente voltou a trabalhar para a Holland depois que se demitiu.

Todos me olhavam como se eu fosse uma espécie de lenda.

Até mesmo a Emily.

- Parece que ficou ainda mais famoso, sr. O'Brien. - Nigel fala, quando eu vou pegar o café.

- Esse povo gosta mesmo de falar da vida dos outros.

- Sim, adoramos. - Nigel sorri. - Talvez você devesse aproveitar essa chance de ouro para fazer umas "mudanças".

- Que mudanças ?

Nigel olha para a minha roupa.

Eu estava vestindo o mesmo jeans rasgado, o tênis velho com um durex em volta e uma blusa vermelha dos Power Rangers.

- OK, talvez seja a hora de pensar um pouco no meu visual.

- Oremos.

Volto pra minha mesa, onde recebo, mais uma vez, uma ligação da minha mãe.

- Oi, mãe. - Reviro os olhos. - 9h da manhã e a sra. ainda não tinha ligado. Já estava ficando preocupado ...

- Para de ser tão sarcástico. E o emprego ? Como é que está ?

- Ah. - Emily me olha, levantando a sobrancelha. - O emprego está ótimo. Ganhei um aumento.

- Dylan, jura ? Que bom. Estou muito orgulhosa. O seu pai também.

- Está, é ?

- É. Apesar de querermos que você volte pra casa, estamos felizes por você estar se dando bem aí.

- Mãe, eu não posso ficar batendo papo no telefone. Mais tarde, eu te ligo.

Desligo o telefone.

- Dylan ! - Holland me chama. - Dylan ! - E chama de novo.

Continuo parado.

Emily me olha, como se eu fosse louco.

Holland abre a porta, tentando controlar a fúria.

- VOCÊ NÃO ME OUVIU TE CHAMAR ?!

Olho pra ela, paciente.

Holland revira os olhos e bufa.

- Dylan, pode vir aqui na minha sala, POR FAVOR ?

A cara da Emily vai no chão.

Sorrio.

- Claro. - Me levanto da mesa e vou até a sala dela.



. . .



- Dylan, eu ainda não acredito que você voltou a trabalhar naquele lugar ... - Britt fala, enquanto lanchamos em um McDonalds. Chovia bastante lá fora.

- Eu não tinha muita escolha. - Falo, tomando o refrigerante. - Ela praticamente convenceu todo mundo da cidade a não me entrevistar e depois ofereceu o meu cargo de volta. Então, eu voltei. Eu exigi várias coisas, inclusive um salário maior. Vai ajudar em casa, não vai ?

- Não acredito. Você praticamente vendeu a sua alma ao diabo.

- Eu sei, mas o diabo está pagando as contas e tomando os seus remédios controlados. Então ...

A PropostaWhere stories live. Discover now