Vinho!

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Já passava das uma da manhã quando Sam abriu a segunda garrafa de vinho, não havia nem um sinal de cansaço ou sono em nós, talvez um pouco embriagados. Estávamos no sofá do meu trailer, de uma certa forma comemorando, afinal esse seria a primeira folga depois de três semanas de gravações intensas. Não que estivéssemos de saco cheio, mas um descanso era bom. Estávamos gravando por toda a Escócia e não havia tempo de conhecer nada e Sam estava empolgado com a ideia de ser meu guia turístico.
- Sério que seus pais te deram o nome de Samwise Roland? - perguntei incrédula,
-Não. Era pra ser Samwise Gamgee, mas no cartório disseram que isso poderia gerar bullying na minha infância. Então meus pais decidirem por Sam Roland. - contou desapontado.
- Que pena, você teria um nome legal. - lamentei - mas deve te sido incrível crescer em uma família hippie e pescetariana. - Era fascinante ouvir ele falando de sua infância e família ele falava de uma maneira tão empolgada que era difícil não quere conhece-los . Em comparação com aera dele a minha era bem comum, a única coisa diferente era que eu tinha uma família bem grande, com seis irmãos.
Sam era um bom contador de estórias, sempre tinha algo pra entreter seus ouvintes e estar com ele era fácil meu riso vinha mais fácil que o normal, com ele era como se eu pudesse ser eu mesmo, nós dois tínhamos o mesmo humor infantil. Era agradável a compania dele, as vezes quando não gravávamos juntos os dia transcorria um pouco tedioso.
- Então Balfe, me fala de sua vida de modelo, deve que foi muito excitante, viajando pelo mundo conhecendo pessoas diferentes deve ter muitas estória de bastidores? - ele perguntou, e pra minha surpresa ele parecia realmente interessado, normalmente as pessoas queriam saber apenas superficialmente, nem um interesse real, afinal todos acham que a vida de modelo se trata de superficialidades.
Foi preciso de um gole de vinho para que eu começasse a falar, não que tenha sido uma época difícil, mas também não foi um paraíso.
- Bem ouve muitas viagens, e conheci pessoas diferentes. Mas não era fácil, é uma carreira que você só é julgado pela sua aparência, fora que é um ambiente meio tóxico. Tem muita inveja, você raramente tem amigos de verdades. E também o fato de você não ter sua família por perto não torna nada fácil, você não tem ideia de quantos nascimentos e aniversário de sobrinhos que eu perdi.- Falei quase desabafando.
- Eu tive uma namorada que era modelo e falava que não era um ramo fácil. Ela não era de passarela como você, mas ela parecia desgastada com a profissão as vezes.
-Não é fácil mesmo. Teve uma vez em Paris, que minhas colegas de apartamento trancaram meu quarto com todas as minhas coisas dentro. Pra mim não poder participar de um casting. Eu fiquei desesperada, eu tive que pedir ao zelador do prédio para arrombar a porta.
- E o que você fez com essas garotas? - perguntou curioso.
-Nada, eu pode fazer nada. Essa é pior parte. Eu tive que continuar dividido o apartamento com quem podia puxar tapete. O que me deixava chocada as vezes, era como tudo era fácil, de drogas a remédios pra emagrecer. E também era estranho ganhar mais dinheiro em um dia do que o meu pai ganhava por um mês. Eu não achava normal.
-Você, eu não estou querendo te julgar, nem precisa me responder. Mas você chegou a usar alguma coisa nessa época. Você era tão jovem? - disse receoso e bebeu o restante vinho.
- Não, as únicas drogas que tive na vida foram meu exs namorados. E pode apostar que eles foram tão danosos quanto cocaína. - disse rindo e enchendo meu copo. Ele continuou fazendo perguntas bebendo, estava realmente interessado nessa parte da minha vida. E pra mim era tão bom ter com quem falar sobre isso. Perguntou sobre os lugares que eu tinha ido sobre as culturas diferentes que eu tinha conhecido. Em troca ele me contou sobre os dois anos que ele passou viajando, dos momentos difíceis que passou nelas.
- Houve dias que eu foi dormir sem jantar, porque não tinha dinheiro pra comprar comida. - disse rindo - Sabe esse um dos meus maiores medos.
- Dormir sem jantar - debochei.
- Não, de não ter estabilidade, de não ter um emprego, sabe. Essa é a única coisa que eu sei fazer. Antes de Outlander eu tinha ficado sem trabalho durante um ano, aquilo quase me enlouqueceu, eu estava pensando em desistir de tudo, sei lá parece que quanto mais velho agente fica mais medroso também. Finalizando com segunda garrafa.
Eu sabia bem o que era isso, essa instabilidade o medo de não conseguir. A terceira garrafa de vinho foi aberta, e ele me contou da faze difícil da doença do irmão dele de como ele teve medo de perde-lo, de como tinha medo do sobrinho crescer sem um pai como eles.
- Eu não via ele desde os três anos, mal sabia o nome dele. E de repente, eu recebo uma ligação de uma amiga dele me dizendo que ele estava doente em faze terminal, e queria ver eu e meu irmão. Foi estranho perceber que no momento que eu ia conhecer meu pai ia ser também pra se despedir. - ele me dizia não com ressentimento ou mágoa, mas com pesar de não ter tido tempo mais tempo com o pai.
Eu não sei o que era, mas ver ele fragilizado e tão vulnerável me deixava desolada, ele parecia tão exposto. Não pensei duas vezes quando peguei sua mão e a segurei. Ele retribui me dando um sorriso tímido. Aquilo não era suficiente eu precisa abrasa-lo, consola-lo de alguma maneira. E o abracei. E foi um abraço caloroso que transmitia todo o conforto que ele precisava. O corpo dele era quente e reconfortante, meu rosto tinha ficado perto de seu pescoço e pude sentir seu cheiro, era único. Ficamos uns bons minutos assim, quando por fim nos desprendemos um dos braços do outro um pouco constrangidos. Foi Sam que quebrou o silêncio.
- Sabe eu sempre quis criar algo que incentivasse as pessoas a praticar atividade física, e ao mesmo tempo ajudassem a prevenir câncer. Algo como você se ajuda e também ajuda o próximo. Parece bobagem, não? - disse sem graça.
- Claro que não. Quem sabe agora isso seja possível.
- Pode ser, olha só tem pra um.- disse despejando o restante de vinho no meu copo.
- O meu Deus, acho que não aguento mais.
- Olha uma coisa que eu sei fazer. - se levantou e pegou as três garrafas de vinho e começou um malabarismo. Uma garrafa de cada vez passava por suas mãos. Ele ria e era contagiante.
-Sam você bebeu de mais, você vai deixar elas caírem. -E como se minhas palavras fossem um maldição uma das garrafas caio e se despedaçou no chão.
-Ok, isso é um sinal. É hora de dormir. - disse tentando empurrá-lo porta a fora, ele protestou.
- Não deixa eu limpar isso, eu que fiz a bagunça, ainda é sedo. - disse
-Negativo, vai dormir é tarde eu limpo. E outra amanhã ou hoje você vai ser meu guia turístico, se lembra? - disse conseguindo colocar ele pra fora do meu trailer.
-Está bem, você venceu, eu apareço cedo e use botas. - disse me dando um beijo que era pra ser no rosto na que acabou acidentalmente no canto da minha boca. Ele nem tinha se dado conta, de certo o álcool tivesse fazendo efeito.- não se atrase. Boa noite Balfe
- Boa noite, Heughan.- disse fechando a porta. Peguei a vassoura e pazinha e limpei os cacos da garrafa. Quando terminei de limpar, me dei conta que de que não tinha bebido o último copo de vinho. Bebi te uma vez só. Escovei os dentes e coloquei minha camisola de algodão tirei a calcinha e foi pra cama, já passava das três da manhã. Era estranho ainda sentia o calor do beijo dele no canto da minha boca. E adormeci.
Acho que nem cheguei a dormir vinte minutos, quando acordei afogueada e suando. Eu tinha tido um sonho estanho e confuso com Sam que não conseguia lembrar direito. Mas a julgar pela a umidade na minha vagina e os mamilos duros não era difícil imaginar que tipo de sonho foi.
Eu estava sedenta, precisa me saciar. Minha mão percorreu meu corpo indo parar nela, ela estava encharcada, meu clitóris já estava inchado de tesão. Comecei a me acariciar cada extremidade sentido cada pequeno prazer, comecei tocar meu clitóris devagar e lentamente depois acelerei com movimentos circulares. Eu gemia e me debatia na cama. E a única coisa que eu conseguia era em Sam, em suas mãos quentes e firmes acariciando cada parte de meu corpo, até chegar na minha vagina e toca-la fundo. Eu pensava no seu corpo sobre o meu, eu pensava em seu pau dentro de mim. Meus movimentos se intensificaram e coloquei meus dedos dentro de mim e foi embalada por uma onda de prazer e gozei. - Ahhhhhhhh! - gemi baixo. Logo veio um avalanche de vergonha. Não por ter me masturbado mas por ter pensado nele enquanto eu fazia. O que estava acontecendo comigo. Talvez efeito do vinho
A única coisa certa nisso é que eu teria que tomar cuidado, porque definitivamente álcool e Sam Heughan eram uma péssima combinação.

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⏰ Última atualização: Feb 07, 2018 ⏰

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