ɤ Capítulo 28

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Taehyung POV

Ficamos mais um bocado ali mas notei que ela pensava em algo, e parecia importante , eu fiquei a olhar para ela um bocado, não tinha a certeza se ela ia querer contar-me ou não mas eu tinha de arriscar.

Eu: O que se passa pequena? -pergunto e ela dá-me um sorriso pequeno, parecia que ela não estava muito feliz-

MinHee: Nada -diz e não olha diretamente para mim-

Eu: Desculpa, eu pensei que ias gostar, se calhar não devia ter feito isto, desculpa a sério, não sabia que ias ficar assim -digo sentindo-me culpado por a ter deixado assim-

MinHee: Não é por tua causa, eu gostei de saber que foi assim que aconteceu mas... vir aqui fez-me lembrar do meu irmão e agora fiquei a pensar nele -diz olhando para mim com um olhar triste-

Eu: O teu irmão mais novo? Que se passou com ele para ficares assim? -pergunto vendo como é que a conseguia animar, ela nunca me tinha dito nada mau sobre o irmão, ou algo que a fizesse ficar assim-

MinHee: Tu sabes que os meus pais são uma merda, não querem saber de nada, eu basicamente eduquei-me sozinha e quando vivia com eles, fui eu que cuidei do meu irmão, eles saíam e eu ficava em casa com ele, eu sinto que era mais mãe dele do que a minha mãe mas já não o vejo desde que saí de casa, de caminho faz um ano que não o vejo e fiquei com medo de como ele possa estar -diz e deixa algumas lágrimas cair-

Eu: Queres ir perto de tua casa e ver se está tudo bem? Podemos ver -digo tentando consolá-la, o que parecia impossível e eu percebia o que ela estava a sentir-

MinHee: Não vale a pena, ele deve estar fechado em casa -diz limpando as lágrimas-

Eu: Vale sempre a pena, eu vou estar sempre contigo e se fizeram algo ao teu irmão podemos tomar ações contra eles, agora não estás sozinha, nunca vais estar, ele tem 5 anos ainda pode ter uma vida boa, não precisas de sair da vida dele só porque saíste de casa e como tu disseste cuidaste dele quando eles não se deram ao trabalho, tens direito de o ver -digo e ela parece pensar no assunto, mas eu estava a ser sincero, eu ia apoiá-la fosse no que fosse-

MinHee: Tudo bem, espero não arranjar confusões para o teu lado ou para o lado dele -diz e eu começo a conduzir até a casa dela, quando chegámos ambos saímos, ela toca à campainha e eu fico encostado ao carro, só ia intrometer-me quando fosse necessário, ela olha para trás nervosa e eu sorrio tentando mostrar que tudo ia estar bem e ela sorri de volta e passados uns segundos vejo que alguém abre a porta, não consigo ver quem era, isso até ver a MinHee com uma criança ao colo, era o irmão dela- Hwan os pais estão em casa? -pergunta com ele ao colo e vejo o pequeno negar com a cabeça enquanto abraçava a MinHee com força-

Hwan: Porque me deixaste? Eles são maus -diz e eu aproximo-me deles-

MinHee: O que é que eles te fizeram? -pergunta preocupada e pousa-o no chão-

Hwan: São maus, tu sabes como eles são -diz ainda agarrado à MinHee, ele segurava na mão dela e via-se que ele estava com medo, eu não me sentia bem ao ver aquilo-

MinHee: Desculpa, eles não me deixaram ficar contigo, eu disse que faria qualquer coisa para ficar contigo mas não consegui -diz triste-

Hwan: Por favor, tira-me daqui, eu não quero estar com eles -diz quase a implorar-

MinHee: Desculpa, eu não consigo fazer isso -diz olhando para o chão e nesse momento vejo que o pequeno olha para mim-

Hwan: És o namorado dela? -pergunta dando-me um olhar curioso-

Eu: Algo parecido, porquê? -pergunto e a MinHee olha para nós confusa-

Hwan: Não me podes tirar daqui? -pergunta e eu vejo que a MinHee olha para o chão e ouço nesse momento a barriga do pequeno roncar- Desculpem -diz ficando envergonhado e ia fugir para dentro de casa mas a MinHee impede-o-

Eu: Há quanto tempo não comes pequeno? -pergunto e ele olha para o chão ainda envergonhado-

Hwan: Não sei, algum -diz dando de ombros e nesse momento eu decido que tinha de fazer algo, por ele e pela MinHee, eu não podia deixar o miúdo ali-

Eu: MinHee só quero que respondas a isto sinceramente -digo e ela olha para mim- Queres adotar o pequenote? -pergunto e vejo a cara de choque dela-

MinHee: Sim mas... -diz mas eu interrompo-a-

Eu: Não há mas, se queres eu vou tentar fazer isso, mas tenho de saber se queres mesmo isso -digo e vejo o pequeno olhar para mim com esperança, a MinHee olha para ele e depois para mim-

MinHee: Isso é impossível, eles nunca assinariam a permissão para o adotar e não quero ir para tribunal, isso ia demorar demasiado tempo, não dês esperanças que não existem, é óbvio que se pudesse já o teria adotado -diz e eu fico a olhar sério para ela-

Eu: Eu vou tentar à minha maneira -digo e olho para os dois- Traz o máximo de coisas que tiveres e as que mais gostares e põe na mala do carro, vou-te tentar tirar daqui pequeno -digo e vejo os olhos dele a brilhar-

MinHee: Se isto não resultar eu nem sei como lhe vou dizer -diz com receio-

Eu: Confia em mim -digo e ela entra em casa e eu também, pomos tudo na mala do carro- Vai andando, eu tenho de tratar de umas coisas e vou de táxi, não te preocupes, leva-o a comer algo -digo e ela concorda e conduz-

Eu ponho o meu plano em prática e espero que resulte, eu tinha de ser rápido ou podia arruinar tudo, não queria polícia e tribunais envolvidos no meio, quando volto a casa deles já tinha o meu plano completo, toco à campainha e um homem abre, vejo que ele me olha de cima a baixo, ouço uma voz feminina e a mulher aproxima-se e parece reconhecer-me das notícias, eles dizem para eu entrar e vamos para a sala, eu tinha de conseguir isto, pela MinHee e pelo pequeno.

Pregnant by chance ɣ Kim Taehyung Onde histórias criam vida. Descubra agora