Pós-porre

76 11 3
                                    

cinco da manhã
deitada cheirando a álcool
cabelo solto
sem maquiagem
sem máscara alguma
deitada ali
sem pressa nenhuma

oito da manhã
levantou andou pelo quarto
"não consigo dormir"
olheiras roxas
bochechas vermelhas
olhos castanhos
coração colorido
coração dolorido

nove e meia
trocou de roupa
tentou ajeitar o cabelo
não conseguiu
não se importou

dez horas saiu pela porta e não voltou

três da madrugada apareceu
num poema
que termino de escrever
agora

Horas vagasOnde histórias criam vida. Descubra agora