Epílogo.

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Dia do casamento:

Nem parece mas nos conhecemos faz mais de doze anos e estamos juntos há dez anos, durante o tempo em que namoramos não tive dúvida nenhuma de que ele era a minha pessoa.

Dissemos sim um para o outro. O casamento foi bem simples, apenas um casal como testemunha (Drica e Josh), dois casais de padrinhos (os tios  do Dante e os pais da Drica) duas daminhas de honra e um pajem (Estella, Valentina e Sidney), minha mãe entrou empurrando a cadeira e o Pitoco veio com as alianças (Adestramos ele por meses, até adiamos a data do casamento), os convidados se tratavam da minha família e das famílias do Dante, Drica e Josh além de alguns funcionários do hotel e do Lua& Drica Donouts.

Nossa lua de mel será em Porto Galinhas, terminamos de sair do estado e o Dante vai dirigir até lá.

Quando eu joguei o buquê foi Valentina quem pegou de início mas logo a Estella deu um jeito de pegar pra ela, essa menina... Desde de cedo...

- Do que você está rindo?

- Nada...

- Era pra você dizer: "Estou rindo porque você me faz muito feliz amor da minha vida".

Eu gargalhei e disse:

- Você me faz muito muito muito feliz, tanto que como escreveu Shakespeare, em Muito Barulho por Nada: "Pequena seria minha felicidade se pudesse dizer o quanto ela é grande".

- Você fez engenharia porquê? Sem condições uma coisa dessas. Daqui a pouco fala da Jane Austen, Carina Rissi, Julia Quinn, John Green...

E assim foi o restante da viagem, tenho uma vida melhor do que planejei tempos atrás. A minha história foi escrita com caneta cor de rosa, mas nós não temos controle dos ventos da vida... Eles podem acabar levando nosso barquinho para qualquer direção. Ainda bem que ventou forte e me levou para longe do que planejei, hoje, estou mais feliz do que o imaginável. Mesmo cadeirante, tendo perdido dois anos do crescimento da minha filha e que o meu pai tenha falecido eu posso agradecer a Deus por todos os que me cercam e me amam. Se não fosse pelas mudanças onde eu estaria? Provavelmente no meu mundinho cor de rosa, desfrutando da minha profissão sozinha. Julgando os outros por se adequarem aos padrões de vestimenta que eu não gosto, sendo hipócrita.

Mas ainda bem que a gente cresce, amadurece e começa a entender as coisas de uma forma melhor. Agora deixo de ser hipócrita e passo a ser apenas cor de rosa.

- Adivinha o que eu trouxe na mala?

- É aquele conjunto cor de rosa?

Eu olhei pra ele de forma indecente e disse:

- Esse mesmo...

Ele acelerou com o carro e eu ri.

- Eu quero outro bebê.

- Dessa vez você troca as fraldas e acorda de madrugada.

- Com certeza.

Olhei para a janela e o pôr do sol estava lindo. O céu cor de rosa e alaranjado estava sendo um verdadeiro espetáculo, então no rádio o DJ começou a falar:

- Terminamos de receber uma mensagem de um dos nossos ouvintes que diz assim: "Estou ao lado da mulher da minha vida e ela está sorrindo tão lindo enquanto admira o pôr do sol, gostaria de colocar a música Just the Way You Are do Bruno Mars para ela ouvir". Esse cara está muito apaixonado, aqui vai a música.

Eu não sabia nem onde colocar mais minha felicidade, dei um beijo rápido no rosto dele e disse:

- Você mandou mensagem dirigindo?

- Vai multar?

Ele brincou e eu disse:

- Sim, vinte beijos por causa dessa inflação.

- Só vinte? Acho que vou ter que mandar mais mensagens.

- Amo-te.

- Eu também te amo.

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Notinha da Autora:

Escrever hipocrisia cor de rosa foi uma válvula de escape do mundo real. No universo da leitura e também no da escrita estamos acostumados a viajar para dentro do mundo de cada personagem, com a Luna eu tive a experiência de perceber o quão grande as coisas que eu acho insignificantes podem ser para outras pessoas.

O respeito étnico, político, religioso e outros que tanto buscamos podem ser alcançados totalmente, mas se nós não criarmos o hábito de respeitar as coisas que são mínimas aos nossos olhos como poderemos respeitar as grandes? Hipocrisia Cor de Rosa foi inicialmente uma ideia pequena e boba que surgiu na minha cabeça, mas eu aprendi muito com essa estória e espero que tenham gostado.

Infelizmente, a obra possui vários cortes e poderia ter sido muito mais detalhada, porém, havia prometido um livro de exatos 30 capítulos e com tanta imaginação acabou ficando assim o que não significa que não possa mudar. Haverão muitas mudanças e mais detalhes nesse livro então caso sinta saudades algum dia pode voltar e ler novamente, quem sabe não há alguma novidade?

Futuramente, bem futuramente mesmo, eu pretendo dar continuidade e fazer desse livro único uma série. Vou usar o personagem da filha deles para a sequência que provavelmente vai ser intitulado como "Falácia em tons de azul" ou "Empoderamento nos tons de vermelho"

 Vou usar o personagem da filha deles para a sequência que provavelmente vai ser intitulado como "Falácia em tons de azul" ou "Empoderamento nos tons de vermelho"

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Sinopse livro 2:

     Estella Alonso Montine, Scarlett (Scar) é a personificação da autoestima. Reconhece seus valores e ama até os seus próprios defeitos (que ela chama de diferenças essenciais), luta pela equidade social e sonha em conquistar um coração que ela nem sabe que já foi conquistado.

     Mesmo levando muitos foras ela nunca deixou sua autoestima ser abalada, por isso, é uma jovem de impacto e recebe muitos elogios por causa de sua beleza. Além disso, ela jamais corre das responsabilidades e se considera uma "femme fatale" principalmente quando está de batom vermelho. 

     No final será que a Scar vai acabar desistindo de perseguir o melhor amigo ou vai acabar o conquistando?

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"Não fique só pensando. Faça com que a liberdade seja mais forte que as cores."

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Encerrado em: 17/04/2018.

Hipocrisia Cor de RosaWhere stories live. Discover now