Podia-se sentir o cheiro da violência ali. Tão doce que chegava a sufocar. Tão amargo que, ao ser provado, traria lágrimas aos seus olhos. O cheiro da violência permeava as chamas do incêndio e a correnteza daquele rio.
A Rússia era um país violento...
Escrever notas iniciais é muito gostoso. Vi isso nas notas iniciais de um livro da Anita Saltiel (oi, Ani) e me identifiquei de cara com a sentença. Essas são as notas iniciais desta história, escritas em tons de ultravioleta.
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É mais fácil se você pensar em Ultravioleta como uma canção. Mas não aquelas calmas e suaves das sinfonias bonitas que você vê no youtube. Ultravioleta é uma canção bagunçada. Tem tantos instrumentos que já perdi a conta. Os acordes nem sempre combinam entre si. Talvez a música te faça chorar. Talvez.
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Você pode notar que as cores têm um papel muito importante por aqui. Dourado e violeta e vermelho e azul. Esses tons foram derramados sobre uma tela em branco para criar a história que vocês vão ler. Prestem atenção a esses detalhes. Eles nunca vão estar dispostos ao acaso; guardo eles bem perto de mim.
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Muitas versões desta história vieram antes do rascunho atual propriamente dito. Muitas versões de mim estão aqui. Ser escritora é uma bagunça muito gostosa. (Eu sou apaixonada por essa palavra, bagunça.)
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Seguindo a linha do que disse antes, muitas pessoas inspiraram este livro. Muitas pessoas fazem parte dessas linhas. Talvez seja um pintor que vi numa tarde tediosa. Talvez seja uma cantora alternativa cantando sobre solitude. Talvez seja você. Talvez seja aquela publicação que vi na sua linha do tempo recentemente. Talvez seja uma lembrança nossa.
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Você vai encontrar críticas aqui. Se não for para retratar a realidade (mesmo que através da licença poética das minhas personagens), nem saio de caso. Política, religião, opressão e outros. Diferentes orientações sexuais estarão presentes na história. Se tiver um problema com isso, não me machuque ao fazer comentários negativos aqui. Seja gentil. Seja melhor.
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Ultra tem uma visão muito particular do mundo - do meu mundo, mas também de outros. Do Brasil à Rússia, muitos de nós estão sofrendo. Alguns se voltam à violência, outros lutam pela gentileza. Como muita gente já sabe, existe mais de um lado para a mesma história. E Ultravioleta sempre irá mostrar os dois lados da mesma moeda. Prometo.
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Estou quase terminando, juro. Vocês vão ver que Ultravioleta é uma obra bastante artística. Toda imagem, toda citação, toda música exposta aqui foram pensados com muito carinho. Sintam-se à vontade para contribuir com nossa playlist, que será divulgada de pouquinho a pouquinho no fim de cada parte. (Fim é uma palavra melancólica, né? Desculpa.)
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Todos já sabemos que plágio é crime. Mas, assim como a Yma, escolho acreditar que ainda exista ética e gentileza.
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Ah! Quase que esqueço! A arte da capa é feita pela @Naka_Matsu. Ela retratou muito bem a delicadeza que tá escondida dentro das protagonistas, mesmo quando elas próprias tentam esconder isso. Acompanhem o trabalho dela, prometo que é incrível!
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Obrigada por lerem tudo isso, mesmo. Do Brasil à Rússia, muitos de nós são ultravioleta. Você é? Se a resposta for sim, vá para o próximo capítulo. Estaremos esperando por você. Com garras e presas à mostra.
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