Capítulo 12

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Emma

Não sei exatamente o que se passava em minha mente no momento em que atingi o deus grego com água. Estava extremamente estressada, e preocupada com a fato de ter começado a sentir enjôo. Nunca imaginei que um dia poderia passar mal e vomitar em cima de um completo desconhecido, e ainda por cima esse desconhecido ser tão belo e arrogante. É inacreditável que tantas pessoas possam ser tão ignorantes e estúpidas ao mesmo tempo.

Estava na sala pensando no ocorrido da noite anterior, bebendo vinho e assistindo um programa qualquer. Na verdade não estava dando a mínima para o programa de televisão! Minha mente viajava sem meu consentimento e sem minha autorização para outra dimensão. E meu pensamento acabava encontrando um par de olhos verdes, não era um verde qualquer, e sim um verde repleto de rancor. O brilho que seus olhos transbordavam não era de felicidade, e sim tristeza.

— O quê você tanto pensa? E por que saiu da festa sem que eu notasse?

Theo pergunta adentrando na sala com uma vasilha cheia de pipoca em uma das mãos, e na outra carregava uma taça de vinho. O mesmo sentou-se ao meu lado colocando a coberta que se encontrava ao meu lado sobre suas pernas e ofereceu-me pipoca e apenas neguei com a cabeça.

— Em nada que seja importante!

O rapaz ao meu lado deu de ombro e me olhou por alguns segundos e logo depois voltou toda sua atenção para a tevê a nossa frente.

— Não seja mentirosa e conte-me logo a verdade, ou quer que eu descubra dá pior maneira possível?

Quando não queria contar algo a Theo, e que ele estivesse completamente interessado em saber o que eu escondia; o mesmo tirava sua armadura de unicórnio e colocava a do FBI. O mesmo é capaz de visitar os quatro canto do mundo para descobrir a verdade.

— Antes que se transforme em um agente do FBI te direi.

Respirei profundamente antes de voltar a falar.

— Não foi...o melhor ano, quer dizer estou com saúde e tal. Mas, sabe, as vezes me pego pensando como a vida é injusta com algumas pessoas. Mamãe sempre me dizia que só colhemos aquilo que plantamos. Se você planta o bem colherá o bem, se você planta o mal colherá nada menos que o mal. E hoje não compreendo suas palavras.

Meus olhos se encheram de lágrimas.

Emma me desculpe eu não sabia... Você não tem culpa, Taylor é o único culpado! Você foi apenas uma vítima. Aquele desgraçado vai pagar por isso.

Como eu poderia explicar para ele...que não era somente Taylor que me chateava, e sim grande parte da população? Eu era capaz de fazer de tudo para poder mudar boa parte das pessoas. Mas sei que isso é algo impossível de se fazer.

— Não é somente isso. Sei lá, é algo que não consigo explicar. Melhor prestamos atenção no que se passa na tevê e encerra esse assunto.

Dei um longo gole no meu vinho e sorrir para Theo que distribui o sorriso.

— Se você vai ficar feliz com isso...por mim tudo bem!

Theo se enroscou em mim deixando nossos corpos grudados. E logo depois trocou de canal

— Barbie e o castelo de diamantes. Meu filme favorito!

The gritou histérico.

— Conheci meu príncipe encantado, a diferença é...que ele não estava montado em um cavalo branco.

Theo disse e apenas sorrir com a informação.

— É sério, não ria. Ele também era lindo e um pouco arrogante! Mas com um tempo posso ensina-lo a ter boas maneiras.

O bebê de Emma Onde histórias criam vida. Descubra agora