Capítulo 56

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Any acariciava a barriga enorme, mal podia acreditar que já estava com quase nove meses, aguardando a chegada de Jonathan. Todo o repouso valeu a pena ao saber que seu filho crescia em segurança no seu ventre.
Mesmo após a recuperação, Poncho não havia mais permitido a volta de Any ao trabalho e sempre que saía de casa, era acompanhada por alguém. No começo ficara totalmente irritada com tanta super proteção, mas ao ver o medo refletido nos olhos de Poncho durante uma das discussões, ela finalmente entendeu que ele tinha tanto medo de perdê-la quanto ela de viver sem ele.
Sentada na rede, observando o jardim que teve tanto trabalho para manter, não percebeu a chegada de Poncho que a abraçou por trás.
_Em quê minha princesa tanto pensa?!
_Em tudo o que nós passamos e no quanto sou feliz ao seu lado. - sorriu de olhos fechados.
_Eu também sou muito feliz contigo, te amo tanto minha Any. - ela estremeceu em seus braços e lançou um gemido de dor - O que foi meu amor?
_Está  na hora Poncho. - respondeu ofegante - A bolsa rompeu. - completou ao ver o vestido um tanto molhado.
Poncho ajudou Any a se levantar e levou-a até o carro, correu de volta para a casa, pegou a bolsa maternidade, chaves e correu para o hospital. Um tanto atrapalhado conseguiu ligar para a obstetra e assim que chegaram, Any já foi levada ao quarto onde a mesma já esperava.
Do lado de fora, Poncho ligou para Tisha e Ruth e logo correu para o quarto, segurando a mão da esposa.
Foram horas de agonia e medo, mas assim que ouviram o choro ecoar pelo quarto, o alívio tomou conta dos dois. Any caiu contra o travesseiro e segurou seu bebê pela primeira vez.
_Olá meu pequeno Jonathan. - sorriu com ternura - Seja bem vindo principezinho.
_Ele é lindo como você meu amor. - Poncho segurou a pequena mãozinha - Bem vindo filhão.

_Poncho! Poncho, corre aqui!!!!! - Any gritou eufórica.
_O que foi princesa?!
_Olha para o Jonathan, ele está engatinhando. - um sorriso enorme e toda orgulhosa.
Poncho sorriu e correu para buscar a câmera, Any jamais vira um pai tão babão quanto Poncho.
Jonathan estava para completar um ano, mas Poncho já tinha praticamente uma caixa de vídeos gravados do filho.

Alguns meses depois vieram às primeiras palavras, os primeiros passos e o desejo louco de Poncho por mais um filho.
E foi na festa de aniversário de Jonathan, que Any puxou o marido para um canto isolado com um sorriso resplandecente.
_Parabéns de novo papai. - guiando a mão dele até sua barriga.
Poncho gritou eufórico carregando-a nos braços e gritou a novidade para que todos compartilhassem de mais aquela alegria.

Any sorria observando Poncho, deitado de costas na grama do jardim, erguendo Jonathan em seus braços, enquanto o filho balançava os bracinhos e perninhas no ar. Exatamente como havia imaginado quando vira a casa de Ruth pela primeira vez.
A única diferença é que nesse momento, Helena dormia em seus braços, o rostinho sereno, as pálpebras fechadas cobrindo os lindos olhos esverdeados que herdara do pai. Any achava incrível o quanto a pequena com apenas 5 meses era a cópia do pai, mas com traços finos e delicados da mãe, já Jonathan era exatamente como a mãe, com lindos olhos azuis o rosto forte e determinado do pai. Se jurava a mulher mais feliz do mundo e ninguém poderia contestar isso.
_Mamãe, mamãe! - correu cambaleando até ela - Lena, Lena...
Any sorriu.
_Sim meu amor, Lena está dormindo. - respondeu serena num tom baixo - Cansou de brincar com papai?
_Banho. - Jonathan balbuciou a palavra.
Contando com dois anos de idade, o vocabulário de Jonathan ainda era curto, mas o menino era determinado a falar as palavras corretamente, Any e Poncho sempre riam desse detalhe no filho, ele repetia várias vezes a mesma palavra até ter certeza que repetia justo como os pais falavam.
_Isso mesmo filhão, hora do banho. - se abaixou e beijou os lábios da esposa - E nossa pequena, não vai acordar?
_Espero que acorde logo, temos que ir ao aniversário do Paulo.
_Eu sei, Mai e Chris ficariam chateados se não fôssemos.
Mai finalmente havia alcançado o sonho de ser mamãe, e agora mimava Paulo de todas as formas que podia.
Alguns minutos depois, Helena despertou e foram para a festa que ainda estava no começo.
_Que bom que vieram! - Mai cumprimentou os amigos tentando segurar Paulo - Desde que começou a andar, não pára mais no meu colo!
Any sorriu.
_Acostume-se amiga, quando chega essa idade, o colo é só para momentos de descanso.
_E nossa princesinha?! - fazendo cócegas na barriga de Helena.
_Cada dia mais sapeca!
_E grudada na mãe. - Poncho sorriu beijando a testinha da filha.

Ao anoitecer já estavam em casa, as crianças dormiam exaustas enquanto Any e Poncho desfrutavam do momento a sós.
_Eles crescem tão rápido. - acariciou o braço dela, um sorriso travesso nos lábios - O que acha de termos mais um?
Any riu alto.
_Alfonso! Helena só tem cinco meses e você já está pensando em outro?! - perguntou incrédula.
Poncho deu de ombros.
_Você fica tão linda grávida, mas eu posso esperar até o próximo ano. - deitou seu corpo sobre o dela - Enquanto isso podemos ir treinando.
Any gargalhou ante a atitude tão divertida do marido, mas logo foi tomada pelo desejo quando Poncho começou a distribuir beijos por seu corpo.

Os gêmeos, Daniela e Fernando, chegaram um ano depois. Any e Poncho não poderiam estar mais felizes com seus quatro filhos.
Any não voltara mais a trabalhar fora e dedicava todo o seu tempo ao marido e aos filhos, mas sempre que podia, ajudava Poncho quando ele resolvia trabalhar em casa.

Os anos passavam e os bebês cresceram se transformando em adolescentes, Jonathan com 15, ajudava os pais com os irmãos como se já fosse um adulto, extremamente ciumento se tratando de suas irmãs, Helena com 13 e Daniela com 12, Fernando também com 12, era tão ciumento quanto o irmão mais velho e o pai.
Poncho era só risos quando as discussões começavam. O amor, carinho e admiração por sua esposa aumentavam a cada dia mais.

_Feliz aniversário meu amor. - beijou Any entregando uma caixa de veludo.
_Você nunca se esquece do nosso aniversário de casamento. - sorriu aceitando o presente.
_Nem poderia, foi um dos dias mais felizes da minha vida.
_E quais foram os outros senhor Herrera? - um sorriso travesso nos lábios.
_O dia em que te conheci, quando começamos a namorar e o nascimento dos nossos filhos. - acariciou o rosto dela - Abra.
_Oh Poncho é linda! - deixou escapar algumas lágrimas encarando a pulseira.
_Um diamante para cada ano de casados e uma turquesa para cada filho. - beijou a testa dela com ternura - Eu te amo.
Any sorriu.
_Também te amo bebê. - pegou o presente dele - Acho que estamos mais conectados que nunca.
Poncho abriu a caixinha e dentro uma corrente de prata com um pingente oval, ao abrir encontrou sua foto e de sua esposa de um lado e do outro dos quatro filhos.
_É perfeito meu amor. - já colocando em seu pescoço  - Pronta para a festa?! - sorriu segurando a mão dela e desceram as escadas rumo ao jardim cheio de amigos e familiares que os aguardavam.

Oportunidad Al CorazónWhere stories live. Discover now