The Touch

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Maven esperava Thomas dar o proximo passo. O Vermelho encarava o tabuleiro de xadrez, jogou os cachos negros para o lado e faz uma careta.

-Odeio esse jogo. - diz Thomas sem olhar para Maven

-Por que você é burro? - perguntou Maven sorrindo.

Thomas finalmente move a sua torre, Maven sorri para si mesmo, ele move a sua Rainha e tira a torre do vermelho do tabuleiro.

Thomas solta um rosnado.

-Por que esse jogo é uma perda de tempo.

-Você só está reclamando por que está perdendo - respondeu o principe - E além do mais, o que tem demais para fazer de divertido nesse fim de mundo.

**Muitas coisas. Vamos para o meu dormitório que eu te mostro**

Pensou Thomas

-Sua vez.

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Tiberias tirou os olhos do relatório e encarou o filho mais velho.

-Você veio me incomodar por que o seu irmão está namorando?

As bochechas de Cal ficaram cinzas.

-Mas pai... - Cal procurou as palavras certas - o Vermelho é muito mais velho que ele...

-Você me falou que ele tem 17, certo? - perguntou Tiberias assinando um papel

-Sim.

O rei jogou o tronco para trás, na cadeira. Agora a sua atenção estava totalmente focada no filho mais velho.

-Resolvido. O Vermelho não é maior de idade. Deixe seu irmão se divertir um pouco.

-Pai...

-Desde que ele não saia por ai fazendo muitos bastardos, você não tem que se meter na vida intima dele - o rei voltou a ler os relatórios - Precisa de mais alguma coisa?

-Não pai, eu já vou indo.

Cal virou as costas e foi em direção a saída da barraca. O herdeiro estendeu a mão para proteger os olhos do sol.
Enquanto caminhava e pensava, tinha cada vez mais certeza que se o pai deles não faria nada, ele faria.

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Thomas abriu a porta de seu dormitório e chutou as botas para fora do pé, relaxado por poder mover os dedos livres novamente.

-Oi... o que você está fazendo aqui? - perguntou Thomas, quando viu que Martina estava no seu dormitório - Eles vão te matar se te encontraram aqui, no dormitório dos homens.

Martina deu de ombros e tirou um envelope do bolso.

-Eu queria saber se você estava bem... depois daquilo... desculpa... eu não deveria ter te... Você está bravo comigo?

Thomas suspirou, afastando as memórias daquele momento de sua mente.

-Não. - respondeu

Ele se virou e tirou a camisa molhada de suor.
Martina admirou o tronco nu por um instante, mas então desviou o olhar. Ela sabia que tinha que se conformar que não tinha nenhuma chance com Thomas. Ele nunca iria olhar para ela dessa maneira.

**Não quando ele tem aquele prateado... aquele príncipe. Porque ele olharia para mim? Uma garota Vermelha qualquer?**

-Sua familia escreveu. - a garota ergueu o envelope para ele.

Thomas agradeceu e tirou o envelope da mão dela

Thomas,
As coisas tem ficado mais difíceis por aqui. Os prateados estão mais agressivos e menos tolerantes. Não fazíamos a menor ideia do que estava acontecendo até Hanya arrumar um emprego na central de impressão dos jornais Prateados. As noticias falavam de um grupo de terroristas Vermelhos que surgiu em Lakeland. O rei teme que se espalhe para Norta e quer colocar a gente na linha. Mas você já deve saber disso, certo? Você conhece o filho do rei. Agora falando do garoto, experiência própria, você nunca vai saber até tentar. Comece dando pequenos passos, por exemplo toques na mão, ou sei la. Se você não se sentir que ele está recusando, de mais um passo. E por favor faça. Se você não fizer nada, eu vou te bater. Coloque esse principezinho na palma de sua mão. Imagina quantos favores, e o quão luxuosa será a nossa vida se o principe se apaixonar perdidamente por você? Tommy, você poderia pedir todo o tipo de favor que ele não iria recusar. Ele é uma criança, não deve ter muita experiência, então qualquer coisa que você fizer com ele debaixo de uma coberta vai deixar ele louco. Garanto que se você ir para o quarto dele a noite e fizer um bom trabalho, ele vai estar caidinho por você na manhã seguinte.
Me escreva em breve,
Khristeen

Thomas sentiu a sua bochecha esquentar conforme ele corava. Ele não esperava que a sua irmã mais velha iria se meter tanto na vida sexual dele assim... Não que ele não quisesse fazer isso com Maven... Mas ele não precisava que ela escrevesse uma carta inteira sobre isso.

E esse tal de grupo terrorista? Será que Maven sabia?

**Obvio que ele sabe, idiota. Ele só não comenta com você. Você é um Vermelho**

-Tem alguma novidade? - perguntou Martina

Thomas tinha esquecido completamente que ela estava ali.

-Não. - respondeu dobrando a carta.

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O Vermelho passava um pano molhado na escrivaninha. Não que era o trabalho de Thomas limpar o quarto de Maven, porém o principe ordenou. Mesmo eles sendo amigos, Maven ainda era prateado e superior a ele.

Thomas escutou a porta do banheiro se abrir. Ele se virou para ver Maven. O prateado estava com as calças do pijama e sem camisa. Thomas mau teve tempo de admirar a nudez quando percebeu que o principe estava olhando.
O Vermelho virou o rosto e voltou a fazer o seu trabalho.

Estava terrivelmente frio naquela noite, os dentes de Thomas batiam uns contra os outros. E por algum motivo, o quarto do principe não tinha aquecedor.
O frio passou rapidamente, agora estava um calor gostoso... então ele entendeu.
Ele se virou para Maven sorrindo.

-Obrigado.

Maven sorriu timidamente, agora ele já estava vestindo a camisa, sentado na cama.
Para Thomas, ele ficava lindo com os cachos negros molhados, colados contra a pele branca.

-Você participa muito das reuniões do seu pai?

-Infelizmente. - respondeu Maven - Por que?

Thomas jogou o pano molhado no balde, e se aproximou sentando na cama de Maven, não muito distante do principe. Ele pensou por um momento, que não tinha a permissão de fazer isso, mas Maven não reclamou.

-Curiosidade. Deve ser muito chato.

Maven revirou os olhos sorrindo.

-É um saco. Eu até prefiro jantar com a minha mãe e as mulheres da corte e ficar ouvindo aquelas conversas idiotas do que fazer isso. - Maven tira um cacho de cabelo da frente do olho - Pelo menos naqueles jantares eu estou cercado de garotas... eu gosto delas. Pelo menos de olhar para elas. Nenhuma gosta muito de conversar comigo. Só quando Cal as obrigam. Eu passo mais tempo com os homens, sempre é dividido dessa maneira. Eu também gosto dos garotos, pelo menos eles conversam mais comigo.

Thomas se lembrou do que Maven tinha contado para ele no lago.

-Então você gosta de garotos e garotas?

-Sim - respondeu o principe brincando com os dedos dos pés. -Mas nenhum deles gosta de mim.

Os dois riram juntos. E por um momento o tempo parou. Thomas pensou na carta de Khristeen, e quanto ele colocou a mão do rosto de Maven e o Prateado não recusou o toque. Será que ele recusaria outra coisa?

"Você nunca vai saber até tentar."

Dizia a carta de sua irmã.

Thomas segurou o rosto de Maven com as mãos, a pele deve estava macia e quente. Quando ele o beijou, Maven não pensou duas vezes antes de abrir a boca. Thomas percebeu que Maven não sabia exatamente o que fazer, mas isso não importava, por que Thomas sabia. O Vermelho entrou a mão no cabelo de Maven e o puxou para mais perto.
Maven gemeu uma reclamação quando Thomas terminou o beijo, já sem fôlego. O Prateado claramente queria mais.

-Beijar é diferente do que eu imaginava. - comentou Maven, olhando para os lábios de Thomas e depois para os olhos

-Essa nem é a melhor parte - respondeu Thomas rindo.

A temperatura do cômodo tinha subido, e desta vez foi o principe que deu o primeiro passo. Ele beijou Thomas novamente. E então pela terceira vez, quarta, quinta, sexta. E muito mais vezes durante aquela noite.

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Espero que tenham gostado desse capitulo!
Eu vou tentar postar o proximo o mais rápido possível

xoxo

Um Menino No Front De Guerra - Maven x Thomas Where stories live. Discover now