Knowing the Danger [Camren]

Capítulo 5- Inevitável

Lauren Pov

Acordei mais um dia para ir até aquela mansão e ser tratada mal por Camila, mas tirando isso tudo estava indo bem. Agora era na casa de Ty que as pessoas iam comprar drogas no meu bairro, e eu estava livre dele e do trabalho de ir em cada ponto de venda para fiscalizar. Eu estava feliz por não precisar mais apontar armas para pessoas o tempo todo, era meio desgastante. Claro que com o meu novo cargo eu ainda poderia ter que apontar minha arma para alguém, mas com menos frequência.

- Bom dia.

Lucy entrou no banheiro enquanto eu estava escovando os dentes e pensando, ela tampava os olhos por causa da luz, estava de ressaca.

- Bom dia. - Respondi.

- Você vai voltar para casa hoje? Senão eu nem venho aqui de noite. - A voz dela estava sonolenta.

- Provavelmente não. - Falei com dificuldade porque estava com a boca cheia de pasta de dente.

- Essa garota está te roubando de mim. - Ela disse com mal humor. Eu ri.

Enxaguei a boca e cuspi a água.

- Ela está bem longe de fazer isso, Lucy.

[...]

Durante o caminho até a mansão de Alejandro, eu sempre me preparava para manter a calma diante das patadas que eu sabia que Camila ia me dar durante o dia. Às vezes eu nem fazia nada, ela simplesmente me olhava e me mandava sair de perto. Eu já estava me acostumando com aquilo, aceitando que não iria mudar. Passávamos o dia inteiro no quarto dela, raramente conversávamos. Tentei muitas vezes, sempre tentava. Mas ela não me dava assunto e quando dava era só grosseria.

Apesar disso eu cuidei dela durante o processo de cura de seu rosto e sua mão, fazendo curativo e levando gelo para ela. Agora o rosto de Camila já estava curado, com apenas uma mancha levemente amarelada onde estava roxo, não era perceptível e iria sair logo. E sua mão estava no processo de cicatrização ainda, a ferida criou uma casca, que àquela altura já estava fininha. Então ela não sentia mais dores e eu estava feliz por isso. A parte legal era quando as amigas dela a visitavam, elas eram muito legais comigo, eu gostava delas.

A outra parte legal era poder admirar Camila. À medida que seu rosto foi voltando ao normal, eu pude observá-lo cada vez mais e mais. Eu gostava de olhar o furo raso em seu queixo, gostava de olhar seus olhos castanhos, sua boca perfeitamente desenhada. Claro que o corpo dela me atraía demais, porém era em seu rosto que eu mais focava. Constantemente eu a deixava corada por olhar demais em seus olhos, e ela ficava com raiva quando isso acontecia, me mandando sair de perto. Quando Camila fazia isso perto de suas amigas, Dinah sempre me defendia e as discussões dela e Camila por causa disso eram hilárias.

Estacionei minha picape na porta de entrada da mansão, quando entrei comprimentei Shawn por educação. Ele também passava mais tempo naquela mansão do que na própria casa, já que era uma espécie de faz-tudo do tráfico. Subi para o quarto de Camila, lugar onde ela passava a maior parte do tempo ultimamente, pois estava com medo de sair de casa por conta do trauma que sofreu. Desde a primeira noite eu tive que passar muitas noites com Camila, lhe fazendo companhia. Porém agora ela me colocava para dormir no chão, bem do lado da cama que ela dormia. Isso porque depois da primeira noite ela acordou e percebeu que estava abraçada à mim, ficou enfurecida e desde então eu nunca mais dormi em sua cama. Em suas noites de pesadelo, quando Camila acordava chorando, eu tentei inúmeras vezes abraçá-la. Mas ela nunca deixava, só chamava o meu nome para verificar se eu estava ali e me olhava até voltar a dormir.

- Oi, Camz. - Eu a comprimentei quando entrei em seu quarto.

- Já falei para não me chamar assim.