Capítulo • 11

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Se torna uma tarefa impossível descrever a emoção que senti ao ouvir aquele belo som; o coração do bebê

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Se torna uma tarefa impossível descrever a emoção que senti ao ouvir aquele belo som; o coração do bebê. Todavia, algo dentro de mim grita que é uma menina, e nem ao menos sei explicar o motivo. Quando a enfermeira perguntou se eu era o pai, minha vontade foi de confirmar. Contudo, seria algo insano, pois não sou nada da Angel; apenas a pessoa que ajudou no seu atendimento.

Porra, por que a verdade dói tanto?

Não consigo decifrar tudo que estou sentindo; tudo parece algo novo e muito estranho. Apenas sei que meu lado McDemott foi ativado, aquele lado que meu pai vivia dizendo para mim e meus irmãos. Contudo, não posso simplesmente jogá-lo em cima da Angel, pois isso a assustaria.

Entretanto, algo a mais me chamou atenção durante o exame: a reação da Angel. Não compreendo muito bem a respeito, mas no momento que Laura o iniciou, as íris da princesa se preencheram com o medo.

— Angel, aqui está sua receita. — Desperto com sua voz, a encontro entregando-lhe um papel. Seguro a vontade de me inclinar e ler quais medicações foram prescritas. — Na primeira consulta prescrevi a vitamina. Começou a tomá-la, querida?

— Ainda não. Iria comprar no dia seguinte, mas tudo isso aconteceu.

O órgão batendo em meu peito parece parar por alguns segundos ao lembrar como a encontrei ontem.

— Compreendo — profere Laura de forma terna. —  Mas aconselho que comece a tomá-la hoje. É muito importante, Angel. Avisei sobre a leve anemia que encontrei ao analisar o hemograma. Isso não é bom para o bebê e nem para você.

Ela está com anemia?. Cravo meus olhos nela, mas nem ao menos olha na minha direção.

— Vou tomar a vitamina.

— Laura. — Resolvo participar da conversa. — Com todos esses cuidados o hematoma irá diminuir mesmo?

— Se ela seguir as recomendações e tomar a medicação, sim. Como está pequeno, a chance de diminuir ainda mais e sumir, é enorme — explica pacientemente e nem ao menos muda sua expressão diante da minha curiosidade. — Todo cuidado é pouco, Dominic. Não apenas porque foi detectado esse hematoma, mas toda gravidez requer cuidados especiais.

Durante quinze minutos Laura esclarece nossas dúvidas. Uma parte de mim grita que estou sendo incoveniente e a outra se sente satisfeita. Não posso negar, quanto mais perto fico da Angel mais o instinto protetor aumenta. Após ela receber alta, não sei como prosseguir, mas não posso simplesmente invadir sua vida sem mais nem menos. Se fizer isso, irei parecer um psicopata.

Meu celular começa a tocar, peço licença e saio do consultório. O nome do Gabriel — um amigo e também o primeiro Tenente do quartel, quando estou ausente ele assume o controle — está escrito no identificador de chamadas.

— Fala. — Recosto o corpo contra a parede.

— A educação mandou lembranças — ironiza. — Sua voz parece cansada. Não deveria estar descansado no seu dia de folga?

Aprendendo a Amar (02) | ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora