One In A Million

Cap. 13 - I'm Eighteen and I gotta get away... 2a Parte

-Dave Grohl. Tu?

                        Será que eu percebi bem? Aquele era o Dave Grohl? O baterista dos Nirvana e o líder dos Foo Fighters estava mesmo ao meu lado??

- O meu nome é Beatriz... 

- Eu conheço a tua cara. O teu apelido é Hudson, certo?

- Sim...? Como é que sabes?

- Bem digamos que eu costumava estar contigo quando era mais pequena... Eu ainda sou um grande amigo do teu pai...

                         E foi com essas simples frases que eu me lembrei...

" Estávamos no ano 2009, nessa altura eu tinha 13 anos, embora continuasse um pouco inocente a minha atitude punk predominava... Estava no meu quarto, na casa onde, antigamente, vivíamos todos (quando os meus pais ainda estavam casados), a ouvir Nirvana e The Doors ao altos berros...

Nessa casa, existia um estúdio onde o meu pai gravava inúmeras músicas com vários artistas... E nesse mesmo dia ele estava a gravar com o Duff e com um outro artista.

Ouvi alguém a bater na porta... E fui abrir, porque nessa altura eu não sabia as consequências de abrir a porta ás pessoas.

- O que foi Pai? - perguntei.

- Bia, tens que baixar essa música eu, o Duff e o Dave estamos a tentar gravar...

- Ok... Mas posso assistir?

- Ok, tudo bem... Mas vê lá o que fazes...

                Eu, curiosa, desci para o estúdio e segui o meu pai... O meu pai abriu-me a porta do estúdio e apontou para o sofá que estava na parte da mistura do estúdio para eu me sentar. 

Eu vi o Duff, que na altura eu tratava por Tio Duff, e ainda trato o Duff assim, e ele chegou-se ao pé de mim e deu-me um abraço. Acho que foi a última vez que o vi... Mas, anyways. E reparei num homem bastante atrativo que eu sabia que o conhecia de algum lado.

- Olá, Caracóis! - Disse o Duff depois do abraço, com aquele sorriso irresistível.

- Olá! - respondi.

- Queres ir tocar no baixo? - o Duff sabia bem o que eu gostava. Eu admirava-o, ainda mais do que o meu pai. Eu era capaz de ver a alma do Duff a partir dos seus solos de baixo. Havia uma telepatia entre nós os dois. E sinceramente, sempre senti uma certa atração por ele. E sempre que possível, ele ensinava-me a tocar baixo. - Vá lá, eu ensino-te mais um pouco!

- Claro que sim!

                Eu e o Duff fomos para a parte da gravação do estúdio. E aquele homem, não parava de olhar para mim. Era um pouco constrangedor... Até que o meu pai reparou e disse:

- Hey, Dave!

                Ele não respondeu e continuava a olhar para mim. O Duff também reparou e agarrou na minha mão e levou-me a um outro compartimento do estúdio. Ainda conseguia ouvir a conversa do meu pai com o Dave.

''- Dave, porque é que estavas a olhar para a minha filha daquela maneira?''

''- Sinceramente, não sei. Desculpa...''

''- Que não se repita...''

''- Ok, tudo bem. Vamos ensaiar?''

''- Espera só pelo Duff.''