Acorda, criança!

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Era apenas mais uma tarde de verão

As flores ainda desabrochavam pelo chão

Atônito eu me encontrava, em admiração

Pela beleza de um Reino, nascido dentro de um coração.


Quando criança eu sempre imaginava

Que num futuro bem próximo

O amor reinaria...

Ah, que fantasia!


Era tudo imaginação

Mal eu sabia, que o homem criaria

Objetos de artilharia

Com o objetivo de promover a calmaria.


Seus castelos, sua cavalaria... seus soldados, e suas filhas?

Tranquilidade? Que ironia!

Deixamos a infância de lado

Para servir à infantaria.


Anos se passam, guerras, disputas, economia

Arte? Vista, muitas vezes, como um crime. Que covardia!

Só lhe rogo homem, que um dia, pelo menos arranques uma flor

E que esta seja branca, pelo luto de mais uma família.    


COSMO POÉTICOWhere stories live. Discover now