Capítulo 3

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  Mais uma manhã, e diferente das outras, essa está bem geladinha. E a única coisa que permanece igual, é o fato do meu pai não ter voltado, meu pai simplesmente está mais de três dias sem vim em casa.

O micro - ondas apita, tiro meu bolo de caneca que eu mesma fiz e tomo meu café antes de ir para o trampo. Como já fiz as compras do mês e meu pai e eu não comemos tanto, sempre fazemos tudo para apenas nos dois comer, sem desperdícios, economizamos bastante.

Moro bem perto da entrada do Morro, meu pai comprou essa casa, pelo menos aluguel não preciso pagar, luz é um gato que apenas eu e um vizinho usamos. Pago apenas água, isso me ajuda bastante, sobra uma grana pra guardar na poupança.

Assim que término de comer, me levanto pra escovar os dentes. E ir trabalhar, entro as 8h da manhã e saio as 19h da noite, o dia vai ser corrido.

Tranco tudo e vou para o bar, corto o beco que dá na rua do bar. Vejo caike, que assim que me ver, da um sorriso. Abraço meu melhor amigo e dou um beijo em sua bochecha, os outros dois ficam me olhando.

- Eai, minha princesa tá indo pro trampo é? - assinto

- Eai alicia - Heitor fala comigo.

- Bom dia - digo e sorrio

- Deixa eu ir, tenho que abrir o bar hoje - abraço  Caike  que diz que vai em casa mais tarde e vou direto pro bar. Assim que chego já organizo as mesas, varro, passa um pano pra deixa tudo cheiroso. Lavo os banheiros e deixo tudo pronto pra abrir.

- Minha filha, achei que não tivesse vindo - dou um sorriso.

- o seu José, estava arrumando as coisas antes de abrir. Aí demorou um pouco, desculpa ter passado da hora de abrir.

- Que isso menina, olha, você deu um grau - dou risada - é assim que vocês jovens dizem né , grau - ele da risada.

- É o que dizem por aí - ele sorri - Tomou café? - me pergunta

- Já sim - arrumo meu cabelo em coque

- Então vai tomar de novo, vou lá preparar.  - dou um sorriso. - Marlene daqui a pouco tá ai, pra fazer o almoço de hoje.

- Tá bom, vou abrindo aqui - ele assente e entra pra cozinha

Abro as portas do bar e ligo os ventiladores pra correr o ar, me sento no balcão e fico mexendo no celular . Graças a Deus a cadeira é fofa, se não eu estaria lascada com a minha coluna.

Atendo alguns clientes e fico o tempo mais parada, logo chega o povo querendo almoçar e o ritmo acelera.
Caike entra com uns caras , ele me chama e eu vou.

- Princesa, trás rango de hoje pra gente e umas loiras - ele diz e eu anoto.

- Feijoada, pode ser? - pergunto

- Pode ser né rapaziada - todos dizem que sim, um deles me encara, mais nem ligo.

Falo para o seu ze o que os meninos querem e aviso que são os da boca. Ele faz os pratos e depois me ajuda a levar.  Caike sai e depois volta com uma sacola, que me entrega.

- comprei pra você, já tamo indo, obrigada meu amor - ele diz

- de nada meu gato, bom trabalho - ele ri e me deseja o mesmo

- Beijo na boca gostosa - dou risada e fico no bar até dar meu horário.

Quando volto pra casa, vou na esperança de ver meu pai. Mais ela morre assim que vê que ele não chegou , tomo banho e depois vou direto dormir. Cheguei quebrada e sem fome, vou é dormir que eu ganho mais.

Votem bastante amores 💖





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