Capítulo 18

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Acordei me sentindo vazia. Uma dor escruciante em meu peito eu não aceito o perder. Ouvi alguns barulhos e me vi sendo medicada.

- Calma amiga precisa se acalmar.

Pediu Manoela eu não conseguia, isso era algo no momento impossível.

- Ele está bem.

Olhei seu rosto buscando alguma mentira e não encontrei. Ele estava bem. Ele estava vivo. Isso era o que me importava.

- Preciso ver - lo.

- Você precisa se acalmar primeiro amiga. Pode fazer mal pro bebê.

- Bebê? Que bebe?

- Você tá grávida Grazi.

Grávida? Eu? Eu tô grávida!  Puta merda eu quase perdi o pai do meu bebê. Céus como isso aconteceu? Eu sei como mas....

- Esta de três semanas e já é um guerreiro por ter aguentado todo seu estresse e nervosismo

- Tão pouquinho. Graças a Deus não suportaria o perder.

- Precisa ser forte amiga mais do que tudo.

- Como ele está?

- Teve duas paradas cardíacas, ingeriu muita fumaca, teve algumas queimaduras mas está bem.

-Oh meu Deus!

- Ele está bem Grazi e logo logo estará novinho em folha pra você e pra esse bebê que está a caminho. Meu afilhado.

- Eu não disse que você seria a madrinha.

- Mas eu serei. Afirmou ela sorrindo

- Quero ver - lo

- Que bom que acordou como esta meu irmãozinho?  Disse Lucca entrando na sala.

Sorrir por aceitar meu filho.

- Esta bem

- precisa se cuidar Grazi.

- Eu vou mas preciso ver seu pai.

- Ele está se recuperando Grazi.

- Por favor.

- Tudo bem vamos.

Ele me ajudou a levantar e todo cuidado é pouco no momento. Estou com os nervos a flor da pele e isso é mal. Preciso ter calma. Pelo meu filho. Não posso correr o risco de o perder. Não de novo. Eu nem sabia que ele existia e já o amo tanto.

- Como descobriram a gravidez?

- Devido a seu estresse fizemos alguns exames de rotina e descobrimos.

-E o que vocês acharam no início? Algum golpe da barriga?

Eu precisava saber. Já estávamos juntos a alguns meses mas foi tudo tão rápido.

- Você é rica então acho que não.

Suspirei.

- E se eu fosse pobre?

- Grazi. Esta na cara o quanto você o ama. Pode ter sido apenas algum descuido ou não.  Mas não creio que o faria para se aproveitar dele.

- Eu o amo.

- Eu sei.

Entramos no elevador e logo saímos no andar mais acima.

- Ele está bem porém em observação na UTI

- Ele ainda pode ter algum problema?

- Sim. Como eu disse ele ingeriu fumaça demais. Esta com alguns aparelhos respiratórios. E estamos de olho em tudo. Não se preocupe.

Paramos de enfrente uma porta e eu sabia que era ali que ele estava.

- E meus pais?

- bem.

Abri a porta e o vi. Seu semblante era calmo mas ainda assim eu tive medo. Tinha fios em seus braço com um líquido transparente que eu acho que seria soro. Uma máscara respiratória e seu peito estava enfaixado. Tudo culpa minha.

Passei a mão em seu rosto e o acariciei. Orei e pedi pra que ele saísse dessa. Eu não podia o perder também.  O amava tanto.

E nós precisávamos dele. Eu e o nosso filho.




Doce Amargo L2 - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora