Capítulo 5

141 8 4
                                    


Point Of View – Autor

Lá estava o velho casebre em volto de mato que Dean vira em seu sonho. Ele e Crowley estavam a alguns metros de distância e havia uma trilha a sua frente que levava diretamente ao casebre. Dean conseguia sentir Cas ali, sua energia vital era quase imperceptível mas ele ainda estava vivo. Ele tinha que estar.

O vento batia forte agora e a madrugada estava bastante silenciosa, exceto pelos sinos pendurados na varanda do casebre. A marca sentia um inimigo mais poderoso a frente e isso fazia com que o braço de Dean tremesse tamanho era seu entusiasmo.

- O que foi esquilo? Não vai amarelar agora não é? – Por mais que Crowley estivesse sendo irônico, ele não sorriu. Parecia mais uma maneira de tentar disfarçar o próprio medo.

Dean apenas fuzilou ele com os olhos e começou a seguir a trilha.

- Espere.

Crowley tinha um ar sério.

- O que foi? Não vai amarelar agora não é? – Dean disse sorrindo ironicamente para o rei do inferno.

- Não seja estúpido esquilo. A casa está coberta de sigilos, eu não posso entrar. E se eu não me engano, tem alguns demônios esperando por você nessa trilha.

Dean sorriu pra ele.

- Que venham. – Ele empunhou a primeira espada e sentiu o instinto assassino percorrer cada átomo do seu corpo. Agora seria impossível parar o Winchester.

A trilha era estreita e ele nem se preocupava com o que poderia aparecer. Crowley o encarava no começo pensativo e com bastante esperança de sua máquina mortífera conseguir exterminar sua maior ameaça.

Na metade do caminho um demônio saiu do meio do mato parando na frente de Dean. Ele sabia que, pelo menos, mais 4 estavam esperando ele cometer um erro qualquer.

Ele não esperou o demônio atacar, deu dois passos rápidos em direção a ele e o levantou pelo pescoço. Enquanto ele se debatia tentando se soltar, Dean lentamente ia perfurando cada parte do corpo dele com a primeira espada, usando o mesmo como exemplo para os outros que o assistia. Quando o corpo ficou imóvel e totalmente ensanguentado, Dean o jogou no chão, que caiu com um baque surdo.

- Alguém mais se prontifica? – Dean gritou em meio a trilha.

Ninguém mais apareceu ou fez qualquer ruído, então ele continuou.

Começou a subir a varanda e o piso debaixo dos seus pés rangia alto. O vento ainda balançava os sinos acima da cabeça dele e a porta estava entreaberta. Ele caminhou até a porta e o interior era exatamente como no seu sonho. A casa extremamente velha, com teias de aranha no teto e uma escada caindo aos pedaços em sua frente.

Andou até a sala que tinha aquela mobília velha e as paredes todas ensanguentadas. Olhou para o sofá que tinha os mesmos restos mortais de alguém que vira no sonho. Continuou até a cozinha e os cabelos de sua nuca se arrepiaram ao ver a escada que o levaria até o porão. Desceu devagar, como se a qualquer momento Cas recomeçaria a gritar e, a escada, a cair.

Segurou a maçaneta e esperou alguns segundos, então a girou. O porão era um pouco maior do que ele imaginou. Havia instrumentos variados de corte por toda a parede, uma lareira acesa e uma poltrona vermelha ao lado dela. Sam estava amarrado a uma cadeira com cortes pelo rosto e parecia ter um braço quebrado. A visão dele ali desacordado fez um turbilhão de raiva subir e Dean entrou no porão deixando a porta escancarada. Na metade do caminho, ele se virou para o lado.

Uma maca estava virada de frente para o lugar em que Sam estava amarrado e, preso nela, estava Castiel. Comparado ao Cas, Sam estava ótimo. Cada centímetro do seu corpo estava rasgado ou cheio de hematomas, com o sangue ainda escorrendo das feridas.

The Last Hope - DestielWhere stories live. Discover now