11 | Jinyoung, o demônio

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— O que diabos você está falando? — Kihyun indagou.

Jinyoung bufou.

— Você sempre foi lerdo, não é? — provocou. Em seguida, suspirou — eu estava entediado — ironizou.

Changkyun olhava fixamente para Jinyoung, já pensando em 1001 formas de o matar.

— Como você fez isso? — indagou Kihyun ao retirar o algodão do nariz.

Jinyoung ajeitou o jaleco branco e pôs as mãos nos bolsos dele.

— Ser um demônio tem suas vantagens.

— É o quê? — perguntaram, incrédulos, em coro.

— Sabe, demônio? — pôs os indicadores próximos à cabeça, simulando chifres — aquela coisinha que os mundanos determinaram que tem um tridente e é vermelho? — os dois não disseram nada. Estavam completamente boquiabertos e sem fala — vocês costumam chamar de capeta, e... — Jinyoung foi interrompido pelo chute de Kihyun.

— Nos traga de volta! — exclamou Yoo.

— Se bem que capeta significa capa grande em italiano — murmurou Jinyoung, ainda sem dar atenção para o que o outro havia dito — mundanos são bem burros, não?

Foi a vez de Changkyun bufar.

— Quanto você quer para nos transformar de volta? — perguntou o Lim. Jinyoung riu desdenhoso.

— Eu não posso transformar vocês dois de volta por dinheiro.

— Quê?

— Eu recebi essa missão. Não posso simplesmente estalar os dedos e fazê-los voltarem ao normal.

— Como assim?

Jinyoung suspirou.

— É hora da história — apontou para que os dois se sentassem — as pessoas, antes de virarem demônios, tem suas almas vagando pela Terra. Isso deixa elas loucas até que elas se transformam em coisas ruins. Na minha vida passada, eu amei uma mulher. Só nunca fui capaz de dizer isso à ela — Jinyoung molhou os lábios — e ela amou outro homem. Lógico, eu queria sê-lo, mas não podia. Uma vez, lutamos pelo amor dela. E claro, ele me matou.

— Mas o que isso tem a ver com a gente?

— Esse homem que ela amou, era meu irmão — por um segundo, Kihyun teve pena de Jinyoung — quando morri, a morte veio me pegar. Mas eu não deixei. Então vaguei por séculos até ficar louco e conhecer o inferno — Jinyoung olhou para baixo — e me disseram que para eu diminuir minha pena lá embaixo, eu devia juntar duas pragas aqui — passou a os encarar.

— Mas por quê logo a gente? — indagou Changkyun.

— Porque não é natural vocês se odiarem — respondeu o médico, simplista.

— Quê?

— Eu os conheci na vida passada. Vocês eram apaixonados um pelo outro, e assim que vi que vocês se "odiavam" — fez as aspas com os dedos — eu decidi que juntaria vocês.

Changkyun engoliu em seco. Sentiu seu coração disparar, e não sabia o motivo. "Porque eu fiquei com uma vontade do caralho de te beijar". Ele havia dito aquilo porque aqueles antigos sentimentos começaram a surtir efeito?

Não, não era possível.

— Para voltarmos ao normal, temos que fazer algo? — perguntou Kihyun.

— A partir do momento em que vocês se beijarem, vocês voltam ao normal.

Changkyun olhou para Kihyun.

— Venha cá, Kihyun — Changkyun disse e foi se aproximando de Yoo, que recuou. Jinyoung gargalhou.

— Mas para surtir efeito, vocês precisam se gostar — falou Jinyoung.

O coração de Kihyun gelou.
Ele não estava preparado para voltar a ter aqueles sentimentos de novo por Changkyun. Jinyoung, ao ver o nervosismo de Kihyun, sorriu travesso.

— Você não tem nada a dizer para Changkyun, Kihyun? — indagou o médico.

— D-Dizer o quê? — merda, Kihyun gaguejou.

Jinyoung alargou o sorriso.

— Dizer que você sempre gostou dele, oras.

[ 🍓 .*+ ]

ih, fudeu

OH, NO! 「 Changki 」Where stories live. Discover now