Volta!

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Sthefany havia conseguido uma pequena folga, e estava descansando ou se escondendo, de baixo de uma arvore afastada,nos fundos do jardim. Sentada no chão, sobre folhas secas e úmidas da garoa fina que caía. Aquilo a lembrava os fundos da escola onde ela fez o fundamental. Época em que era fácil viver. Sem toda essa dificuldade da vida adulta.

Com os cotovelos apoiados no próprio joelho, ela discou o numero de Ana, e fez então uma ligação com ares de desespero.

— Dona Ana..? Esta me ouvindo bem? — disse a baba com os olhos lacrimejando e com uma voz bem desanimada.

— Sthefany? Algum problema com meus filhos? Seu tom de voz esta... tão, triste. — disse Ana do outro lado da linha.

— Não, as crianças estão ótimas. Margaret esta com elas. Eu dei uma escapadinha. Eu, liguei pra saber quando vai voltar? — disse ela.

— Sthefany... você sabe porque me afastei disso tudo. Grey não parava de sonhar e falar teu nome. Aquilo estava me sufocando. Então enquanto isso não se resolver, eu não vou voltar. — disse Ana.

— Quando a senhora fala ''resolver'' quer dizer que...  — disse a baba com uma voz desolada.

— Desculpe...se isso soa frio.Você entrou no inconsciente dele. Ele criou um fetiche em você. Eu não vou conviver com isso. Eu não conseguiria. — disse Ana se sentindo um pouco estranha ao dizer todas essas coisas.

— O plano da senhora é assustador. — disse Sthefany.

Ana respira fundo, e resolve ser um pouco mais didática.

— Presta atenção no meu raciocínio. Você já notou que quando uma criança quer um brinquedo, ela faz de tudo pra conseguir? Grita, esperneia. Mas quando você dá o brinquedo a ela, ela brinca durante alguns minutos, depois perde totalmente o interesse, e joga de lado. É essa a lógica. — disse Ana sofrendo a cada palavra.

— Eu sou o brinquedo? Não é mesmo? O brinquedo do Christian?  — disse a baba começando a chorar.

— Desculpe por falar de você assim.Mas foi a melhor comparação que eu consegui fazer. Então, eu dei um tempo na nossa relação. E vocês podem... se envolver e se ele tiver que ser meu, logo ele irá cansar disso tudo. Não tem outra solução Sthefany.Não se sinta culpada, eu e ele estamos separados no momento.  — disse Ana segurando a vontade de chorar.

— Por mim eu já teria ido embora dona Ana... mas ele fez um dossier sobre mim. E ele sabe de coisas que podem acabar com a minha vida. — disse Sthefany.

— Isso é a cara do Christian... ele tinha costume de fazer isso de todas as submissas dele.— disse Ana.

— Eu não posso ficar com ele. — disse Sthefany caindo no choro.

— Calma! Porque diz isso tão convicta? Tem alguma coisa que eu não to sabendo? — disse Ana desconfiada.

— Tem...eu e o Grey, somos incompatíveis. Muito incompatíveis. — disse ela limpando o rosto.

— Do que esta falando Sthefany? — disse Ana.

— Você acabou de falar sobre submissas.Eu, sou dominadora. Entende? — sussurrou Sthefany.

— Ah, meu Deus... eu não imaginava. Então você nunca aceitaria ser dominada por ele? — disse Ana surpresa.

— Jamais. — disse Sthefany.


Ana ficou perplexa com a situação em que todos haviam se metido. Uma dominadora jamais deixaria ser dominada por Christian.Por outro lado, Christian não parecia propício a ser dominado. Ou seja, tudo indicava que Christian iria seguir tendo sonhos eróticos com a baba, por não poder satisfazer seu desejo. E o triangulo seria eterno.

— Sthefany, eu vou pensar sobre tudo isso... e se eu conseguir uma ideia que nos ajude, eu te retorno. Manda um beijo pros meus filhos. — disse Ana desligando muito preocupada.

Sthefany por sua vez, seguiu novamente ate a mansão, onde seguiu cuidando dos filhos de Ana & Grey. Seu coração doía muito toda vez que olhava aquelas crianças sem a mãe por perto, e recebendo tão pouca atenção do pai que geralmente estava trabalhando. E o pior, saber que os pais estavam separados e que o retorno de Ana era quase impossível.

— Onde ta a mamãe? — disse Theodore puxando a barra da saia da baba.

— Oh meu amor...sua mãe esta, em um lugar muito bonito.E quando ela voltar, vai te trazer presentes. Não acha legal? — disse Sthefany tentando entreter a criança.

— Eu quero a mamãe. — disse o menino abraçando o pescoço dela.

— Ela vai voltar meu anjo. — disse ela abraçando o menino forte.

Durante o abraço ao pequeno Theodore, o coração de Sthefany se desfez em lágrimas. Ela não aguentava mais ficar entre Grey e Ana. Aquilo tinha que acabar o quanto antes. Pra que os pequenos tivessem seus pais juntos novamente. Mas as coisas eram tão complicadas na prática.

— Menina Sthefany... — disse Margaret vendo ela no chão abraçada ao menino.

— Margaret... algum problema? — disse ela limpando o rosto ligeiro e tentando disfarçar o rosto inchado de tanto chorar.

— Já sabe que haverá uma festa hoje a noite aqui? Uma festa de... mascaras. Promovida, claro pelo senhor Grey. — disse a velha senhora.

— Festa? Que clima ele encontrou pra dar uma festa? — disse ela indignada.

— Ele disse que é uma festa pra comunicar a sociedade, que esta separado. — disse Margaret.

— Nossa, festa pra comunicar isso existe? — disse Sthefany surpresa.

— Qualquer coisa existe quando se trata de Christian Grey. — disse a velha rindo.

— O que será que ele quer com isso? Provocar a dona Ana? — disse Sthefany.

— Com certeza. Ela o abandonou, e agora ele quer tornar isso oficial.Todos os jornais de fofoca já falam disso, fazem chacota. Toda a alta sociedade vai estar presente,e a imprensa. Todos nos da criadagem receberemos um uniforme pra tal ocasião. Mas acredito que você, deverá se vestir a caráter. Já que ficará com as crianças. — disse Margaret.

— Um uniforme de gala? Que patético. Já não me basta essa saia azul ridícula. — disse Sthefany rindo de nervoso.

— Seja lá qual roupa for, vista. E não procure confusão com Grey. — disse a senhora pegando Phoebe no colo.

— To com medo dessa festa. Eu sinto que não vai dar em algo bom. — disse a baba.

— Não se preocupe com isso... isso não é da sua conta  menina. Apenas obedeça. — disse a velha áspera,saindo.


Sthefany ficou pensativa com essa história de festa, e ficou com medo disso ser parte de algum plano ou ameaça de Christian contra ela.Mas era tudo muito confuso. Então o que faria era esperar para ver em que iria dar. De resto, era só lutar pra não ficar paranoica ate a festa.

***

Preciso de comentários! kkkkk ajuda muito! Obrigada por ler, e adicione a lista de leitura pra não perder a festa!!!  :) 

Dom - Fanfic 50 tons de cinzaWhere stories live. Discover now