Capitulo 15

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Me viro rapidamente na esperança de que ela não me veja. A mãe de Alex foi a pessoa que mais odiou nosso relacionamento, e tudo piorou quando fiquei grávida de Jonah. Ela fazia de tudo para nos separar e quando meu bebê nasceu, Alex sumiu e tenho quase certeza de que ela teve muito a ver com isso.

Eu não a odeio, longe disso, mas quero o máximo de distância possível dessa mulher.
-Amélia?!
DROGA!

-Dona Esther que... surpresa. 

-O que está fazendo aqui, querida?
Ela pergunta com um estranho tom de amabilidade.
-Eu... vim acompanhar meu primo. Eles tiveram um acidente, bateram em uma pessoa que dirigia bêbado. 

Quando digo isso, a mulher empalidece e começo a ficar com medo de que ela desmaie aqui na minha frente.

-A senhora está bem dona Esther?
Me aproximo dela e cogito chamar uma enfermeira ou um médico.
Ela não me responde de imediato como se estivesse processando a informação que acabei de dar. Mas porque o acidente do meu primo a afetou tanto?
-Oh, querida. Acho que o motorista bêbado é o meu Alexander.
-O QUE? 

Uma enfermeira me repreende por gritar no meio de um hospital, mas nesse momento eu estou com a cabeça nas palavras que essa senhora acaba de dizer.
Alex estava dirigindo bêbado e pior, BATEU no carro do meu primo e de Joe? Que merda! Esse cara nunca aprende. 

-Eu sinto muito...- murmuro mas o sentimento de raiva cresce no meu peito -está tudo bem com o Alex?
-Sim, por sorte ele só quebrou um braço e teve alguns arranhões na perna e pescoço. E o seu primo como está, Amélia?
-Ele está bem, mas Joe, seu namorado está em observação, ele também quebrou o braço e teve algumas escoriações. 

-Namorado? -ela me olha meio torto e me lembro de que ela sempre foi contra o Pat ser gay, até dizia que não era uma boa influencia. Pelo visto ainda continua pensando assim.
-Sim, Joe, seu namorado.- enfatizo a palavra só para provocá-la.
-Oh... coitadinhos. Espero que melhorem logo. 

-Obrigada. Na verdade eu nem sabia que Alex estava de volta na cidade... Espero que melhore logo... e que deixe de dirigir bêbado, poderia ter acontecido uma tragédia.
A mulher me olha com um misto de vergonha e raiva, ela sabe que o filho fez algo errado, mas vai defendê-lo como sempre.

-Bom, ele está no quarto 436 se você quiser visitá-lo, foi bom vê-la querida... não te vejo desde... bom, tenho que ir ver meu bebê... adeus Amélia.
-Adeus.
Como ela consegue ser tão inconveniente?
-Quem era aquela mulher? 

Levo um susto com a pergunta, nem tinha visto Cris se aproximando. Penso em mentir sobre quem é ela, mas não sei quanto dessa conversa ele escutou.
-É Esther, mãe de Alex.

Ele franze o cenho e me olha torto.
-O que ela queria com você? 

Pat também aparece e me olha curioso sem entender nada.
-Quem bateu no carro de Joe e Pat foi o Alex... ele estava bêbado...
-O QUE? 

É a vez de Pat quase gritar e levar uma bronca da enfermeira.
-Eu não acredito! Como ele consegue fazer cagada cada vez... que droga Amélia!
-Fica calmo Pat, acabo de falar com Esther, ele quebrou o braço e teve algumas feridas... mas está fora de perigo. 

Olho de soslaio para Cris e vejo que se ele apertar um pouco mais a mandíbula é capaz de quebrar os dentes.

-É melhor mesmo, porque posso matá-lo quando ele tiver alta.
-Você por acaso quer ir para a cadeia e deixar Joe sozinho, primo?
-Não... - Pat murmura.
-Então fica tranquilo e esquece essa historia. Como está Joe? -pergunto a Cris, que ficou calado de repente.

-Está melhor, o médico explicou que ele quebrou a clavícula e o cotovelo, ele está engessado já, mas ainda sob efeito da anestesia. Amanhã temos que voltar e trazer algumas roupas limpas para que ele se troque.

Amelia Where stories live. Discover now