Até te encontrar (concluído)

Capítulo 11

Yasmin

Eu estava preocupada com os idosos da casa de repouso e com medo do novo dono do terreno fazer o mesmo que Enzo fez com os moradores do cortiço, mesmo me dividindo entre o hospital e as ações sociais, procurei descobrir quem era o dono do terreno e fui até a casa de Sophia

Yasmin: preciso descobrir quem é o novo dono do terreno e tentar fazer alguma coisa

Sophia: pretende fazer o que?

Yasmin: primeiro tentar saber o que ele pretende fazer com o terreno

Sempre gostei de tecnologia mas Sophia era um gênio, quando ela conseguiu descobrir quem era o dono, eu quase dei um troco

Sophia: essa não amiga, e agora?

Yasmin: ai meu Deus (respira fundo)

Sophia: se ele souber que você mora lá e que.......

Yasmin: preciso fazer alguma coisa

Sophia: mas o que?

Peguei minha mochila e fui até o estúdio mas sua secretária me disse que ele ainda não tinha chegado, então fui até sua casa, quando ele abriu a porta e me viu logo colocou seu risinho sínico no rosto

Enzo: esta fazendo o que aqui?

Yasmin: (respira fundo) precisamos conversar

Enzo: não me lembro de ter marcado nada, não tenho assunto nenhum pra tratar com você

Yasmin: eu.....eu preciso falar com você, por favor é importante

Enzo: por favor? agora fiquei curioso  (tom irônico)

Ele parou me olhou de cima abaixo e depois me mandou entrar, a casa dele era muito bonita mas tinha um ar sinistro e triste, um ambiente bem a cara dele, frio

Enzo: certo, diz o que quer

Yasmin: bem, eu descobri que você comprou o terreno onde fica uma casa de apoio

Enzo: como descobriu isso, não divulguei a ninguém

Yasmin: dei meu jeito

Enzo: raquiou minha conta?

Yasmin: não raquiei sua conta apenas......

Enzo; isso é crime, não sabia?

Yasmim: eu sei sim, mas eu precisava saber quem tinha comprado o terreno

Enzo: agora já sabe, o que quer?

Yasmin: o que pretende fazer com o terreno?

Enzo: isso por acaso é da sua conta?

Yasmin: são apenas idosos, não tem pra onde ir e muitos nem tem família, o abrigo é o único lar deles

Quando comecei a falar ele me olhou com cara irônica e entortou a boca, não esboçou um pingo de sensibilidade muito pelo contrário

Enzo: eu entro em que nesse contexto melodramático?

Yasmin: não desabrigue eles, por favor

Enzo: (sorriso irônico) engraçado te ouvir falar por favor, da última vez envadiu meu escritório, gravou nossa discussão e depois espalhou pros jornais e revista de fofoca, sabe quanto prejuízo você me deu?

Yasmin: talvez eu tenha passado um pouco do limite mas.....você bem que merecia uma lição

Enzo: vá embora a conversa acabou

Yasmin: certo! me desculpe

Ele já estava indo em direção a porta pra abrir e quando me ouviu pedir desculpas, parou de depois de alguns segundos se virou e me olhou cruzando os braços

Enzo: você realmente não me conhece, eu não sou de perdoar e também não dou a mínima pra aquele bando de velhos imprestáveis,

Yasmin: como pode falar assim de pessoas que já fizeram tanto e......

Enzo: fizeram não fazem mas, e não vão me dar nenhum lucro, por isso não me interessa, a não ser.......

Yasmin: a não ser o que?

Enzo: eu posso até repensar no assunto, mas vai depender de você

Yasmin: de mim, porque?

Enzo: espere aqui, já volto

Ele saiu e entrou em uma sala, uns dez minutos depois me volta com uma pasta, ele coloca encima do sofá e abre, estava cheia de dinheiro, eu nunca vi tanto dinheiro na minha vida

Yasmin: pra que isso?

Enzo: pra você escolher

Yasmin: não estou entendendo

Enzo: que bom, assim posso ser direto e sem rodeios, você pode escolher essa mala de dinheiro que vai servir pra poder comprar um lugar pra elas caso eu queria desocupar o espaço, tem o bastante pra manter eles por um ano mais ou menos ou....eu posso decidir não demolir o abrigo

Yasmin: em troca de que?

Enzo: uma noite

Yasmin: como é que é?

Sinceramente eu não estava acreditando no que tinha acabado de ouvir, meu sangue ferveu nesta hora e seu eu tivesse uma arma; tinha dado um tiro nele ou melhor bem no saco dele
Continua......
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