Capítulo 23 - Covil dos Fantasmas

711 45 0
                                    

"Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom" murmurou Isabelle com o Mapa do Maroto aberto e a varinha apoiada sobre superficie do pergaminho. Madison ia na frente de todas com a varinha erguida e brilhando enquanto segurava a capa de invisibilidade na outra mão. O castelo estava silencioso, e Haver parecia não estar nas masmorras quando as Marotas ali desceram as escadas.

__ Como foi mesmo que Pirraça descreveu a porta? - perguntou Madison se virando para trás e encarando Isabelle, Safira e Emma - Alguém no mapa, Isabelle? - acrescentou quando a garota franziu as sobrancelhas -

__ Não, apenas Almofadinhas tranzitando pelo Castelo - respondeu Isabelle - Seu gato é muito inteligente, Mad - riu a morena - 

__ Pirraça disse: "na porta onde há uma pedra cristalina" - disse Emma interrompendo Isabelle com ar de superioridade - Então, a haverá uma pedra na porta, será simples. Bem, eu acho.

Madison seguiu andando na frente enquanto Isabelle continuava checando o Mapa do Maroto. Finalmente chegaram à um corredor onde havia várias portas. Emma tomou a frente e com a ponta da varinha acesa, buscou a porta com uma pedra cristalina.

__ Achei, é esta! - sorriu Emma apontando para uma porta de madeira envelhecida com uma pequena pedra cristalina cravada no centro - Mas, não tem maçaneta, como vamos entrar?

__ Ora, Emma, você é uma bruxa, me poupe... - disse Isabelle revirando os olhos - Use magia, sei lá, você é a inteligente aqui!

__ Ah, saiam da frente - disse Safira nervosa acotovelando as amigas e ficando de frente à porta - Essa porta não abre com magia, fantasmas podem atravessá-la, mas, vivos precisam fazer algo.

Emma quis argumentar, abriu a boca várias vezes, porém, Madison a puxou pelo braço para longe. 

__ Olhe, Emma, a Safira sempre se acha inferior à todas nós, ela diz que eu tenho coragem e bravura, você tem a inteligência e Isabelle é divertida. Ela vive achando que não tem utilidade alguma, então, deixe-a fazer as coisas, deixe-a provar a si mesma que é boa em alguma coisa, deixe-a adquirir mais confiança em si. - disse Madison séria. Emma assentiu - 

Safira observou a porta por alguns minutos e logo depois, tocou com a ponta da varinha, a pedra cristalina. A pedra brilhou e a luz foi clareando a porta por inteira. Logo, uma maçaneta prateada apareceu e a garota pode girá-la e abrir a porta. 

Assim que a porta se abriu, as garotas entraram. Não era um lugar bonito de se estar. Tinha teias de aranha, aranhas mesmo andando pelo chão, baratas e outros insetos. Havia uma substância verde e gosmenta no chão. 

__ Eca, o que é aquilo verde? - perguntou Isabelle guardando o Mapa no bolso interior das vestes - 

__ Ectoplasma - respondeu Emma - Essa é uma pequena porção. O verdadeiro ectoplasma tampa passagens, é realmente grande e precisamos usar o feitiço. Não podemos encostar no ectoplasma também, porque queima e na maioria das vezes, ficamos grudadas. 

__ Então vamos, não é? Ergam as varinhas. - disse Madison caminhando na frente - Ainda não estamos dentro do covil porque há uma espécie de teste. Temos que provar que conhecemos a história antiga.

Madison andou um pouco e foi a primeira a entrar numa espécie de câmara que tinha as paredes cinzentas e sem vida. Logo as outras Marotas também entraram e a porta para a câmara que à pouco tempo elas haviam entrado, desapareceu. Emma tomou a frente, encostando nas paredes como se quisesse achar uma passagem secreta. Encostou na última parede, a que estava diante das outras garotas e uma energia forte a impulsionou para trás. 

Tentáculos emergiram do chão e agarraram as pernas de Madison, Isabelle e Safira, outros tentáculos agarraram os braços das garotas. Emma olhou assustada enquanto um rosto cinzento e enorme emergia da parede. 

As Marotas IIWhere stories live. Discover now