Capítulo 17 - Despidos

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Nathan


— Tchau bebê!

— Ué, mas eu vou com você... — fiz graça. Minha mãe revirou os olhos e me deu um tapa.

— Larga de ser besta! Essas piadinhas suas já nem tem mais graça. Deixa o Luca curtir o mimo dele.

— Tchau filho! Vamos sentir saudades. — Helena e eu o beijamos, depois o esprememos em um abraço até que ele reclamou.

— Não queria deixar ele! — Helena choramingou.

— Deixem de ser bobos! Vão aproveitar o tempo juntos, são só alguns dias. Aliás — minha mãe olhou o relógio — Xô! Xô! Vão logo pra não perder o voo.

Dona Lorena praticamente nos empurrou para o carro.

— É impressão minha ou ela despachou a gente? — reclamei, meu pai já tinha posto o carro em movimento, ele nos levaria para o aeroporto.

— Que loucura de última hora é essa de vocês? — meu pai questionou.

— Isso se chama paixão, pai, já ouviu falar?

Ele olhou rapidamente para o branco de trás, estávamos Helena e eu de mãos dadas. Ele sorriu.

— Isso não é enganação, né? Digam que não!

— É sério, tio. Estamos namorando e querendo um tempinho juntos.

Juro que meu pai suspirou. Eu vivi pra ver isso.

— Ah, o amor na juventude é louvável! — nos zoou. — Espero que sejam felizes, crianças. Eu sabia que se entenderiam algum dia.

Helena e eu nos entreolhamos, em silêncio decidimos não retrucar o velho e demos de ombros, depois rimos.

Ai, eu só queria chegar logo e curtir minha praia com minha garota. Será que eu já mencionei o quanto aprecio o uso de pronomes possessivos?...

(...)

Ficamos quase três horas no avião antes de desembarcar em Maceió. Depois pegamos um carro direto para São Miguel dos Milagres, onde um chalé nos esperava em uma das melhores pousadas. Já estava escurecendo. Apesar da brisa da praia ser geladinha, estávamos mortos de calor e loucos por um banho, mas preferimos jantar antes de ir para o quarto.

Quando nos recolhemos, eu fui o primeiro a ir animadamente usufruir do banheiro e relaxar. Depois dispensei o uso de roupas, saí enrolado numa toalha. Terminei de me secar e me joguei na cama do jeitinho que vim ao mundo, fiquei lutando contra o sono, não queria dormir sem minha mulher, queria aproveitar cada segundo da viagem e estava pensando seriamente em começar imediatamente...

Inacreditavelmente ela me apareceu dez minutos depois completamente vestida. Que ultraje!

— Que foi? — ela perguntou ao me ver franzinho o cenho — Vai dormir peladão desse jeito?

— Jura que você vai dormir assim? — apontei para seu pijama cheio de pano. Ela assentiu enquanto vinha se deitar. — Então você só tira a roupa pra transar? — cutuquei-a. Ela me olhou feio.

— Você é um safado! — retrucou e riu. — Boa noite!

— Você que é cheia de pudores. — reclamei. — Não precisa disso, a gente já se viu de tudo quanto é jeito.

— Vai dormir e para de encher o saco, Nathan. — ela não estava brigando comigo de verdade, mas me ofendi mesmo assim e quis encrencar. Dá licença!

— Não vai dormir não! — fiquei cutucando ela, depois parti pras cócegas, Helena ria demais. — Vestida assim eu não vou poder te abraçar a noite toda sem sentir calor. — justifiquei.

Ela mordeu o lábio e deu um sorriso sapeca.

— Abraçar sem sentir calor, é? Por trás disso não tem nenhuma intenção de acordar no meio da noite pra transar, Sr. Nathan?

— Já que você disse... — me fiz de bobo.

— Você sabe como convencer, seu safado.

— O que dizer? Sou naturalmente charmoso... — brinquei e beijei-a.

— Ai, vai dormir. — riu. — Vai dormir logo!

Assim, tive um gostinho das nossas briguinhas antigas. Nada tão grave, é claro. Mas dormi contente com a sensação de que nossa intimidade crescia cada vez mais.

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Oi genteeeee! Como cês tão?
Desculpem a demora. Mas boas notícias, mais uns cinco capítulos e a história acaba... Emoções vem vindo hahaha
Beijos!! Logo mais trago informações da próxima história. ♥

Give me LoveWhere stories live. Discover now