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    Ultimamente sinto que estou trabalhando muito, focado em meu próximo álbum aqui em Miami, mesmo com toda a diversão dessa cidade fico maior parte do tempo trancafiado no estúdio, mesmo que não esteja sozinho. Convidei Charlie para fazermos uma canção, ele chegou a três dias porém está comigo esse tempo inteiro, dividimos até o mesmo quarto já que ele não pretende passar muitos dias na cidade. Já o vi conpletamente nu algumas vezes e mal consegui me segurar de devorá-lo e o fazer gritar no chão frio, para Charlie era algo comum ficar pelado entre dois homens "héteros".
     Embora tudo que veio acontecendo não estamos conseguindo terminar a letra da música, acho que é aquele famoso bloqueio criativo que todos tem. Já estamos cansados, sem nenhuma idéia. Charlie nota meu cansaço e fica me olhando de canto entre as folhas que escrevemos idéias e a poltrona a sua frente em que estou sentado.
—Eazy, porque você não descança?
—Eu não preciso, só estou meio perdido. Acho que não estou me focando como deveria. —Digo coçando os olhos, sentando em uma posição mais ereta a poltrona.
—Acho que você só esta cansado mesmo, não paramos a um bom tempo sem falar que você mal sai daqui. Nós deveríamos parar para relaxar um pouco, não há problema se não terminarmos agora. —Fico em silêncio pensando na sua idéia. —Você não acha?
—Você tem em mente, Charliezinho? —Falo pegando meu maço de cigarro, consigo arrancar uma risada dele.
—Tem um bar aqui perto, e já são quase nove horas, podemos beber um pouco e ir pro hotel depois.
—Hm… Certo então, vamos.
    Juntamos nossas coisas e entramos no meu carro, o caminho foi calmo porém o bar era bem mais longe do que ele havia falado, mentiu só para me fazer sair do estúdio com essa desculpa, filho da mãe.
    Quando entramos o bar já estava começando a ficar cheio por conta do horário, logo nos primeiros passos já dava para sentir o cheiro de cigarro e maconha misturados no ar, pessoas rindo, bebendo e havia uma pequena pista de dança em que tocava músicas de batida forte que se transmitia por todo o local, eu nunca escutaria aquilo normalmente. Nos sentamos em uma mesa afastada da maioria, não queríamos companhia, só relaxar da rotina cansativa.
—Vou buscar a bebida, prepare-se que hoje só saímos daqui arrastados. —Charlie disse se levantando e indo em direção ao balcão, enquanto estava de costas eu fitava sua bunda que ele remexia batendo o pé no ritmo da música.
    Ele voltou com tudo que podia carregar de bebida, obviamente não estava brincando quando falou que íamos ficar bêbados.
—Acho que hoje vamos passar um pouco da conta, não é mesmo? —Falei dando uma risada.
—G, eu vou beber muito hoje, se prepare.
—Vamos.
    E lá fomos nós, fazíamos apostas para ver quem virava mais copos, misturávamos bebidas diferentes para sentir seus sabores combinados, eu sentia minha garganta arranhando, mas não paramos. Já estávamos bêbados rindo sozinhos por qualquer coisa, Charlie já estava meio perdido, seus olhos tateavam para todos os lugares enquanto ria.
    Ficou de pé e foi para o meu lado puxando minha mão
    —Vamos dançar! —Não houve tempo de responder, eu estava zonzo, um simples puxar de mãos e ele estava me levando, mesmo que cambaleando, para onde as pessoas estavam dançando.
    A música doía nos ouvidos, mas estávamos tão loucos que ficamos dançando de uma maneira que se eu estivesse sóbrio me acharia ridículo, acho que por estarmos assim niguém nem ao menos se aproximou.
—Eu p-posso fumar? Eu nunca fumei. —Ele falou no meu ouvido, ja vermelho por conta da bebida e o cansaço dança esquisita que fazia.
—Claro. —Parei de dançar e comecei a acendar um dos últimos que tinha e traguei, ele estendeu a mão e eu a segurei antes dele tomar o cigarro das minhas —Espera, eu sei um jeito melhor de fazer isso.
Não sei bem o que deu em mim, porém num surto de coragem eu segurei sua nuca e aproximei meu rosto ao seu, sua boca estava entreaberta com um cheiro forte de alcóol. Nossos lábios ficaram a centímetros de distância, eu expirei a fumaça que estava em meus pulmões para sua boca calmamente. Quando levantei a cabeça ele parecia confuso e com as bochechas coradas.
—Gostou?
—Não sei, é estranho. —Falou tossindo.
    Nesse meio período a batida parou e começou a tocar Work da Rihanna. Voltamos a dançar de uma forma lenta, eu o coloquei de costas para mim colocando minha mão em sua cintura a puxando de encontro a minha, estava revezando entre dançar esfregando nossos corpos a tragar meu cigarro.
    Minha cabeça estava doendo, eu não conseguia parar. Sua bunda estava passando exatamente em meu sexo que já estava completamente duro, Charlie não sabia mais o que estava fazendo muito menos eu, estávamos só aproveitando a sensação. O mundo girava ao nosso redor.
—E-eazy, me leva e-embora. Eu tô ficando mal. —Ele disse de olhos fechados bem próximo da minha boca, qualquer coisa ele fazia parecia que me atiçava.
—Tá bem. Eu também não estou me sentindo bem, sua idéia de saírmos daqui arrastado funcionou.
    O guiei entre a multidão e saímos do bar. Eu não iria conseguir dirigir mais naquele estado, por sorte haviam táxis próximos ao bar que já esperavam pessoas em uma situação como a nossa, seguimos em direção ao hotel em silêncio. Charlie estava do meu lado suspirando com a cabeça apoiada ao meu ombro, não sei se era a bebida liberando minha coragem mas coloquei minha mão em sua coxa bem perto do seu membro e comecei a fazer um carinho alisando o local.
—Calma, a gente já está chegando pra você descansar. —Sussurrei em seu ouvido, mordendo o seu lóbulo. Ele gemeu e abriu os olhos com uma expressão de dúvida só que sem forças para reagir a situação, então relaxou mais uma vez e o caminho foi assim.
   Chegando a entrada do hotel, descemos e fomos cambaleando presos pelo ombro um do outro. Quando entramos no elevador Charlie parecia cansado, eu o encostei na parede, coloquei suas mãos envolta de meu pesço e ergui suas pernas o levantando. Ele recostou sua cabeça embaixo de maxilar e soltou o ar pesado que sentia.
—Eazy… me coloca na cama —Ele disse balançando os pés, sentindo que não estava mais no chão.
—Estou indo, bebê. —Adentrei o quarto em direção a cama com Charlie em meus braços.
—Eu não sou um bebê, sou homem! Por que você tá me chamando
—Porque você é o meu bebê. —Ele afastou seu rosto e me olhou com a cara mais brava que conseguia fazer, até ficar tonto denovo com o movimento rápido que fizera e abaixar a cabeça denovo. Eu ri.
    O coloquei sobre a cama e tirei seus sapatos, assim como desabotoei sua calça e os botões de sua camisa o deixando mais confortável. Tirei minhas roupas ficando apenas com minhas calças e deitei-me ao seu lado.
—Eu não posso ficar assim. —Pensei passando a mão sobre o meu membro que latejava sob a calça. —Charlie?
—Hm?
    Ele entreabriu os e eu subi sobre si ficando de corpo colado ao seu. Não conseguia ver aquilo, suas bochechas rosadas enquanto ele ofegava, comecei mordiscar seu pescoço na mesma hora.
—E-eazy… O que é i-iss-AA! —Beijei seus lábios com força e ele gemeu tendo que arfar abrindo sua boca que foi invadida por minha língua. Porra, como era bom.
    Mal havíamos começado a nos beijar e ele já estava gemendo com a respiração acelerada embaixo de mim, nosso beijo parecia uma luta em que os dois queriam vencer. Parei o beijo e desci minhas mãos puxando sua blusa e calça o mais rápido que podia, em segundos ele estava apenas com sua box e para minha surpresa seu pênis estava ereto e começava soltar o pré-gozo. Voltei minha atenção a seus lábios que estavam vermelhos e inchados por minha violência, minha mão trabalhava passando a mão sobre seu sexo que o fazia levantar o quadril implorando contato.
—P-por favor… a gente n-não pode fazer isso-o. Eu não sou gay! —Ele afastou seu rosto entre os beijos para falar, porém nós não íamos parar ali.
—Isso não é nada demais, só sexo. E você me quer também. —Disse enfiando minha mão em sua cueca segurando seu membro que já estava molhado arrancando-o um grito. —Vamos acelerar isso.
   Fiquei de joelhos e puxei Charlie o colocando de quatro com o rosto a altura da minha cintura, desci minha calça e tirei meu membro que não parava de pulsar.
—Chupa. —Ele olhou para meu pau e em seguida olhou para meus olhos como se estivesse implorando, coloquei meu pênis mais próximo de seu rosto o que o fez tomar coragem e colocá-lo em sua boca. —Hmm… assim mesmo, c-continua. —Falei gemendo.
   Seus movimentos eram nervosos, ele claramente nunca havia chupado outro homem. Descia e subia com sua língua por toda a extensão e ia para a glande e a chupava sem parar, segurei sua cabeça e o forcei a engolir tudo, metendo várias vezes em si sentindo chegar a sua garganta. Seu rosto batia em pelos enquanto os olhos já estavam marejando, ele só conseguia segurar-se com suas mãos em minhas nádegas.
    Tudo estava ficando branco, até eu chegar em meu ápice em sua garganta. Tirei meu membro e Charlie começou a tossir enquanto engolia parte do meu esperma.
—Tá-á bom, terminamos. —Charlie disse levantando a mão como um sinal para me afastar.
—Por que você está sendo assim? A gente só tá começando, eu nem te paguei o favor. —Ele levantou a cabeça e se surpreendeu com meu membro já duro novamente
—Não.
   O virei para cima, abri suas pernas completamente para mim, levantando seu quadril onde coloquei meu rosto enfiando a língua dentro de si.
—PARA! O que tá fazendo, cara?!
    Entrei em si o máximo que podia até tirar meus lábios e lamber meus dedos, enfiando dois deles sem o menor avisa enquanto o menor urrava da dor abrupta que sentiu. Fiquei certo tempo o sentindo até enfiar meu terceiro dedo fazendo-o gemer sem parar, acertei bem em sua a prostáta o que o feliz pular me incentivando a enfiar naquele ponto mais ainda.
—Gostou do que sentiu não foi, safado?
—N-não sei…
    Tirei meus de sua entrada e cuspi em minha mão, espalhando toda a saliva sobre o pênis já não aguentava mais. Não estava com paciência para qualquer preliminar, posicionei-me em sua entrada e enfiei a cabeça dentro de si.
—MEU DEUS! Caralho, p-ara! eu não quero mais, não quero. —Ele já derramava lágrimas, implorando que eu parasse. —A gente não devia estar fazendo isso
—O que? A gente só começou, eu não botei quase nada em você.
Antes dele falar algo mais enfiei com força e sem piedade. Charlie não conseguiu segurar seu grito de dor que só me atiçou mais, eu comecei meus movimentos devagar mais logo acelerei e entramos em um sexo violento em que eu metia dentro de si, sempre atingindo o ponto de próstata para causá-lo dor e prazer juntos. Suas lágrimas escorriam enquanto ele gemia, seus gemidos eram uma mistura de dor e prazer.
   Ficamos nessa por minutos até que ele deslizou sua mão sobre o abdômen com a intenção de masturbar-se.
—Eu vou fazer isso. —Falei segurando seu membro com uma mão iniciando os movimentos, sempre apertando a glande para fazê-lo sentir um pouco de dor.
   Aquilo estava sendo incrível, nós dois não paravámos de suar e gemer juntos, eu não conseguia me afastar do seu corpo sempre enfiando mais fundo e com mais força, seu pênis sob minha mão estava pulsando o que o fez se desmanchar na minha mão em minutos. Lambi todo seu líquido sentindo seu gosto, Charlie abriu seus olhos e me viu fazendo aquilo ficando de certa forma envergonhado. Bastou aquilo para que eu segura-se suas pernas com meus braços e iniciar a meter nele sem parar, meu corpo ficou mole e eu gozei o preenchendo. Caí sobre Charlie e comecei a dar leves beijos sobre seu rosto.
—V-você não pode negar que o que fizemos foi ótimo. —Falei arfando.
—Foi sim… Agora eu estou cansado. —Charlie falou de uma maneira que parecia mais que estava mais gemendo, seus olhos pesaram e ele começou a fechar seus olhos até eu puxar seu rosto.
—Ei! Você não acha que terminamos só com uma, né? Ainda temos a noite inteira. —Sorri de maneira maliciosa para ele.
—Hã? Vamos fazer denovo?!
     E assim ficamos durante toda a noite, fizemos amor sem parar. Na manhã seguinte nos olhamos e meio que tinhamos certeza de como seria a nossa música.

SOBER ▪ g.cWhere stories live. Discover now