Versos de Cadorna
Pedro pedreira
Em pedra e pique
Em choque e foco
Pedro lagarto
Equilibrado em becos e ecos
Onde estão as correntes
E as veias
O ser/
Permitido
Cadê as cigarras
Pedro;
Cristais
Papos transversais
Nitidez do olhar
A lucidez e as gotas de querosene
As serpentes urbanas
O cheiro do campo
Imita o lagarto PEDRO
Traz o mano e o rancho.
A alma que prende
As partituras se envolvem
Demais perdidos em vias triangulares
Gestos de veludo
O agudo e o bemol sustenido
Que se juntam com a sutileza da pureza.
A morte é
Presente ou ausente
Quem sabe seja
Uma semente ou
Um fio de cabelo
Em permanente crescimento
Se a língua é solta
Que seja santa.
Que espante.
Remova ascos.
Que junte os trapos.
Perfure os dados.
E que reacenda o eu
Perdido.
...
Pessoas passam -
Pessoas voam-
Será que fluirão --
Ou são detidos--
Detidos não.
Será que se consomem
Ou cobriram-se
Com fatalidades ou regras
Devaneios e sentidos.
Eu Te tenho, te lembro.
Me perco, e fujo--
Pro poço, com
Um vaso de lírios
Nas mãos .
VOCÊ ESTÁ LENDO
MAMILOS OU ESTILOS
PoetryPOESIA EXPERIMENTAL, LIRISMO, POESIA MARGINAL- LITERATURA BRASILEIRA.