Cap 4

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"Tentando voltar a viver.... O beijo"

Depois do marido ter saido do quarto Lucero ficou com o filho que ao vê-la tentar não chorar perguntou:
- Mamã estás bem? Queres que te deixe um pouco sozinha? Precisas de alguma coisa?
- Não bebé eu não estou bem, e por favor fica aqui com a mamã. Hoje sou eu que preciso de colo meu amor. Respondeu Lucero olhando o filho olhos nos olhos enquanto Pedrinho se aninhava na cama ao lado da mãe
- Doi muito não dói mamã? Perguntou Pedrinho
- Ah filho mentiria se dissesse que não está a doer porque isto dói imenso meu amor. O meu sonho de amor caiu por terra e o que mais me custa é saber que no meio desta confusão estão as duas pessoas que que mais amo nesta vida tu e a mana. Respondeu Lucero
- Eu entendo mamã, mas não penses mais no palerma do meu pai... Tou com um ódio dele mãezinha. Disse Pedrinho
- Por favor filhote não odeies o teu pai. Os nossos problemas não têm que interferir com a vossa relação com ele e depois ele adora-vos. Respondeu Lucero
- Não consigo mãe, ele desiludiu-me muito. Disse Pedrinho beijando a mãe
- Por favor filho... Faz isso por mim! Pediu Lucero chorando
- Esta bem eu vou tentar, afinal já basta a dor que sentes por causa da merda que ele fez e eu não quero que a melhor mãe do mundo sofra ainda mais. Disse Pedrinho limpando as lágrimas do rosto da mãe
Ao ouvir as palavras do filho, Lucero abraçou-o e chorando respondeu:
- Oh meu amor eu é que tenho os melhores filhos do mundo. Se não fosse por vocês acho que eu não tinha voltado do coma. Ver o teu pai enrolado a outra destruiu-me por completo e agora vai levar algum tempo para colar todos os pedacinho do meu coração entendes amor?
- Claro mamã e se for preciso eu ajudo-te a colar todos os caquinhos do teu coração e dessa alma que está desfeita. Respondeu Pedrinho
O tempo foi passando e ja la vão dois meses desde que Lucero recebeu alta do hospital começando a fazer fisioterapia todos os dias em casa e certo dia ao vê-la meio triste Benita perguntou:
- Então pequena, que carinha tão triste é essa?
- Ah minha benita estou a sentir-me tão inútil nesta maldita cadeira de rodas, nem dos meus filhos consigo cuidar como cuidava e isso é o que mais me custa. Dói ver os meus filhos saírem para a escola com o motorista e não ser eu a levá-los. Desabafou Lucero começando a chorar
- Oh querida tem calma, ouviste o que o médico disse, tu tens todas as chances para voltar a andar só tens é que ter um pouquinho de calma e paciência... A recuperação é lenta.... Mas vais conseguir voltar a ter a vida que tinhas e a brincar com os teus meninos. Disse Benita num tom carinhoso
- Deus te Oiça benita... Tenho tantas saudades de brincar com os meus amores e carregá-los no meu colo ás vezes sinto-me a pior mãe do mundo por defrauda-los desta maneira. Desabafou Lucero enquanto as lágrimas lhe caiam do rosto
Nesse preciso momento, Pedrinho e Vivi chegaram da escola enchendo a mãe de beijos.
- Ola meus amores como correu a escola? Perguntou Lucero
- Bem hoje tive jogo de futebol pena que nem tu nem o Fernando apareceram... Quanto a ti eu percebo afinal a cadeira dificulta a tua mobilidade mas ele... Já sei deve estar muito entretido la com o outro filho dele. Respondeu Pedrinho num tom magoado
" Porra Fernando quando é que páras de nós fazer sofrer? Não percebes que magoando os nossos filhos, só me fazes sofrer ainda mais?" Pensou Lucero enquanto duas lágrimas lhe caiam do rosto
- O teu pai anda cheio de trabalho filho, tenho a certeza que ele fez isso de propósito amor. Disse Lucero chorando
Ao ver a mãe naquele estado, Pedro abracou-a e perguntou:
- Ainda dói muito não dói mamã?
- Dói meu amor, por mais que eu me faça de forte para não vos afetar o que é certo é que ainda amo o teu pai e a dor da sua traição está a matar-me aos poucos. Foram muitos anos juntos e ele foi o primeiro homem a quem me entreguei de corpo e alma... E depois 15 anos de vida em comum não se apagam da memória tão facilmente principalmente quando existem dois filhos maravilhosos como tu e a mana. Respondeu Lucero enquanto as lágrimas lhe caiam do rosto
Vendo a mãe chorar Pedrinho abraçou-a com força e ao sentir o calor do corpinho quente do seu menino, Lucero estreitou-o nos seus braços sentando-o no seu colo e preocupado com o excesso de peso sobre a cadeira disse:
- Cuidado mamã olha que a cadeira ainda se parte.
- Ah meu pequenino não te preocupes.... A cadeira e o mal menor o que preciso agora e deste abraço apertado.... Ah filho tenho tantas saudades do tempo em que era feliz. Respondeu Lucero permitindo-se chorar no ombro do seu homem pequenino
- Oh mãezinha se precisas de chorar chora... Não precisas de esconder as tuas emoções de mim coraçãozinho lindo do filho. Disse Pedrinho
- Obrigado amor da mãe...é bom saber que posso contar com a outra metade mim que são os meus grandes amores: tu e a mana... Respondeu Lucero aconchegando o filho nos seus braços
O tempo foi passando e aos poucos graças de Jorge, Lucero tem recuperado lentamente ao mesmo tempo que a amizade e a cumplicidade entre ambos vem crescendo e certo dia por causa de estar sempre na mesma posição, Lucero queixou-se de dores nas costas e carinhosamente Pedrinho começou a fazer-lhe massagens e sentindo-se leve como uma pena Lucero disse:
- Hum meu amor,que mãozinhas magicas as tuas. Não sei como fazes mas as dores desaparecem sempre.
- O amor quando e verdadeiro cura tudo mamã....e o meu vai estar sempre disponível para ti.
- Eu sei meu amor ao menos o teu amor e o da mana é sincero e é o único que eu sei que nunca me vai magoar pois vocês são os seres mais lindos do universo e fizeram de mim a mulher mais feliz deste mundo no dia em que cada um de vocês nasceram. amo-vos muito.... Respondeu Lucero esboçando um sorriso emocionado
O tempo foi passando e certo dia, Lucero apercebeu-se que o que sentia por Jorge: o seu fisioterapeuta era algo mais que amizade e ao ver a mae meio pensativa Pedrinho disse:
- Hum dou um tostão pelos teus pensamentos mãezinha...
- Ah filho acho que está a acontecer algo que me assusta. Acho que me estou a apaixonar de novo. Respondeu Lucero sentindo-se meio perdida
- Hum e quem será o feliz eleito? É o Jorge não é? Perguntou Pedrinho
- Sim amor.... Ah principe o que é que eu faço? Tenho tanto medo. Respondeu Lucero olhando o filho olhos nos olhos
- Arrisca mamã, tu mereces ser feliz e se o Fernando refez a vida dele la com a "empruada" da Gaby. Tu também tens todo o direito de refazer a tua vida. Arrisca mamã! Disse o menino
- Não sei filho, tenho medo de voltar a sofrer. Desabafou Lucero meio insegura
- Ah mãe se não arriscares não sabes se dá certo ou não e depois nem todos os homens são iguais. E depois quem sabe se o Jorge não é o homem da tua vida? Disse o menino sorrindo enquanto se aninhava nos braços da mãe
Ao ouvir as palavras do seu menino, Lucero beijou-o e aconchegando o filho no seu colo disse:
- Oh meu Deus como o meu bebé cresceu... Senhor Pedro Alonso quem te deu permissão para crescer.
- Ninguém mamã, a mãe natureza é que dita as regras.... E depois eu tenho que crescer para poder proteger a minha mãe de crápulas otários como o meu pai. Respondeu Pedrinho
Ao ouvir as palavras do filho, Lucero baixou o olhar a revolta de Pedrinho em relação ao pai deixava-a triste mas tentou não demonstrar a sua tristeza e sorrindo disse:
- Ok já que não posso impedir o teu crescimento tudo bem mas livra-te de arranjares namorada já. Porque tu és só meu ouviste?
- Nossa mas que mãe mais ciumenta eu tenho... Respondeu Pedro sorrindo
- Não é isso amor, só que já perdi o teu pai, não vou aguentar perder o homenzinho que desde que nasceu se tornou o meu pilar junto com a sua irmã. Desabafou Lucero enquanto as lágrimas lhe caiam do rosto
- Não chores mamã, eu e a mana nunca te vamos abandonar e mesmo que eu arranje namorada vais ser sempre a mulher da minha vida. Tenho muito orgulho em ser teu filho. Disse Pedro acariciando o rosto da mãe
- É tão bom ouvir isso meu amor. Ser vossa mãe foi o melhor que me aconteceu, príncipe. Respondeu Lucero
O tempos foi passando e certo dia Fernando apareceu pedindo para os filhos passarem o fim de semana com ele o que deixou Lucero relutante e ao ver o olhar apreensivo da ainda sua mulher, Fernando disse:
- Por favor Lucero, eles são meus filhos e depois eles só vão passar o fim de semana comigo segunda já cá estão. Não vou fugir com eles pra China.....
- É bom que não Fernando colunga se não juro que a tua Gabyzinhha fica viúva mesmo sem ainda ter casado contigo. E olha que não estou a brincar! Respondeu Lucero deixando o seu coração de mãe falar mais alto
- Acho melhor fazeres caso do que a minha mãe diz Fernando olha que quando ela fica furiosa nem chegues perto. Disse Pedrinho
- Eu sei disso, levei muitos estalos da tua mãe enquanto namorávamos por ser abusado. Respondeu Fernando
Ao ouvir as palavras do pai dos seus filhos, Lucero sentiu um no formar-se na sua garganta e fugindo de um assunto que lhe doia disse:
- Não vale a pena falar mais do passado Fernando....
- Bem meninos despeçam-se da mamã. Pediu Fernando
- Tchau mamã. Até Domingo. disseram Pedro e Vivi enchendo a mãe de beijos
- Adeus amores da mãe, vou sentir saudades. Fernando tem cuidado com eles e qualquer coisa liga-me logo. Que mesmo na cadeira eu vou correndo. Disse Lucero tentando ao máximo não chorar afinal Fernando não merecia nem uma lágrima sua e depressa se aproximou mais uma sessão de fisioterapia afinal naquela tarde e com a ajuda de Jorge, Lucero estava disposta a tentar dar os primeiros passos após o acidente e segurando Lucero pela cintura Jorge: o seu fisioterapeuta disse:
- Vamos Lu, tu és capaz!
- Ah Jorge não sei, tenho medo.... Respondeu Lucero
- Não tenhas Lu, eu estou aquí princesa! Disse Jorge segurando Lucero firmemente pela cintura e levado pela paixão que secretamente ja sentia pela amiga beijou-a, deixando Lucero sem folego
- Pára Jorge.... Vamos com calma! Eu ja sofri muito. Não estou preparada para voltar a entregar de corpo e alma a um homem. Tenta compreender. O MEU CORAÇÃO AINDA NÃO ESTÁ PRONTO PARA AMAR NOVAMENTE ...Pediu Lucero meio constrangida
- Eu entendo Lu mas não consigo mais esconder os meus sentimentos mas serei paciente e espero o tempo que for por ti amor. Disse Jorge voltando a beijar a amada

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