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— Me deixe conversar com ela sozinho Dolores.

Dolores me olha mais uma vez e sai.

— Como pode fazer isso comigo? Com nossa família. Nosso prestígio.

Ele fala se sentando ao meu lado.

Ele estava mais calmo.

Ou

Pelo menos aparentava estar.

— ter feito o que? Anda pai me diz o que eu fiz?

Ele fica calado.

— Me apaixonar foi um erro? Agora o senhor vai me condenar por ter se apaixonado.

— Tem mesmo sentimentos por aquele cara?

E eu chego até mesmo a rir com sua pergunta patética.

— Sim. Eu tenho sentimentos por ele. E quer saber? Foi o mais intenso que um dia eu pude sentir.

— Manuella, filha você sabe o quanto eu amo você... e o quão eu preservo sua imagem... Por conta disse eu não quero e nem vou deixar você  ver aquele homem novamente. Acabou aqui. Tudo que um dia você viveu com ele... Acabou aqui.

Eu nego.

Meu pai não poderia fazer isso comigo.

Ele não seria capaz de me privar de sentir o amor.

De sentir o amor, ao lado de quem eu verdadeiramente amo.

— Não.. Você não tem esse direito.. Você não pode.

Nego diversa vezes.

— Não só tenho. Como vou. Agindo assim você só se tornaria uma vadia. Igual sua mãe.

O olho sem acreditar.

Como ele teve a ousadia de me comparar com ela?
Com uma mulher tão baixa.

— Como você ousa a me comparar com aquela mulher? — Respiro fundo, fechando meus olhos por um breve momento, no intuito das lágrimas cessarem. — tudo bem.. Se é isso que pensa de mim. Beleza. Agora me deixe sozinha. Sai.

Vejo que ele ainda estava parado, me encarando.

— SAIII... por favor saiii.

Grito entre soluços.

— Onde está a minha menina? Você mudou minha filha.

— Sim mudei. Não só fisicamente... como também mentalmente. Eu cresci. Mas ainda continuo a mesma de sempre, é só você olhar bem senhor Derek Cooper.. Abra seus olhos e veja o que me tornei.

Ele nada diz. Ótimo.

— Me deixe só.

— Saiba que ficará de castigo.. Não sairá sem minha permissão muito menos sem os seguranças e...

—SAIII.

Grito indo até a porta e abrindo a mesma para que ele saia o mais rápido possível.

— Isso é tudo pro seu bem.

Ele passa por mim. Saindo finalmente do meu quarto.

Fecho a porta, me sentando sobre o chão e chorando ali mesmo.

Em silêncio.

Em um completo silêncio.

Somente eu.

Naquele quarto.

Com meus sentimentos sobre a "mesa"
Eu só tinha um caminho a se tomar.

Apenas um..
E eu estava disposta a tentar.

Depois de algum tempo, Dolores vem até meu quarto.

Ela me olha, sentada sobre aquele chão.

E se senta comigo, trazendo consigo uma bandeja repleta de coisas.

— Não estou com fome.

— Você precisa comer.

— Não tenho fome.

Reforço o que disse. O que faz com que ela acabe desistindo.

— Não fique com raiva de seu pai.. ele só quer seu bem..

Ela quebra o silêncio.

A olho.

— Eu não estou com raiva dele. Estou com raiva de mim mesmo.

— Não fique... Você não fez absolutamente nada meu amor..

— Eu fiz..

Sorriu forçado.

— Eu fiz.. eu permiti desde o começo.. em nenhum momento eu quis relutar contra esse sentimento.. eu apenas me joguei nisso.. e sabe o que é pior de tudo isso?

Ela me encara, esperando que continue.

— Eu gostei.

Mordo meu lábio nervosa.

— Eu gostei de cada segundo ao lado dele. De tudo, até mesmo das brigas.. Porque depois das brigas sempre vinha o amor. Sempre.

— Você precisa esquecer ele minha menina.. Pro seu próprio bem.

— Eu sei que preciso. Mas não é o que eu quero.

— Olhe só pra você.. Vê o que ele está fazendo? Isso é sofrimento não felicidade.

Nego.

— Isso não é culpa dele..

— Mas é uma consequência do que ele fez.

— Me fazer feliz? Isso se tornou algum pecado? Problema? Algo ruim?

— acha mesmo que ele estará disposto a te fazer feliz? Todos os dias? A ser só seu e deixar a vida de solteiro que leva?

— Não sei. Mas nada é impossível.

— Como também não é possível tudo.

— Você está certa. Mas eu estou disposta a tentar.

Falo me levantando.

— Tentar o que?

— Ser feliz.

— Você será querida, muito feliz.

— Com ele.

Continua....

amor proibido [morro] Donde viven las historias. Descúbrelo ahora