Internato Santa Cristina

Capítulo II

- Óbvio que eu não vou deixar meu computador com você! Tá louco, menino? – depois de o meu querido irmão Eduardo pedir pela centésima vez que eu deixasse o meu lindo computador, que eu implorei por anos para ter, com ele.

-Por favor, Rafa! Até parece que não vai ter computador lá! – Jesus Cristo.

-Oh Mãe porque você engravidou de novo mesmo? – falo ouvindo o barulho do meu pai segurando a risada.

- Para Rafaela! Crianças parem de brigar! Meu Deus... – Até parece que a culpa é minha. – Eduardo nem tenta mais, essa sua irmã é bem egoísta. Deve ter pego isso de você viu Márcio!

- Nem me mete nessa. Eu to dirigindo e já estou triste o bastante de estar levando a minha menina para um internato. – Nem pra você me defender pai?

- Graças a Deus eu to indo né. – murmuro.

- A Rafaela falou que graças a deus mãe. – Eu ainda imagino o que deu na minha mãe pra ter mais um filho, um não estava bom não?

- Eu ouvi meu filho, ignore ela que a gente já está chegando pra deixar essa peste.

- Eu sei que vocês me amam! – falei depois da piadinha de minha mãe.

Enquanto eu descansava naquele carro comecei a relembrar os momentos antes de essa família louca pegar a estrada...

Estava eu, João, Vinícius, Carlos e Julia na minha sala enquanto meu pai levava minhas malas para o carro. João não parava de chorar enquanto eu consolava ele e a Julia explicava que a Vanessa não pode vir porque tinha unha marcada para fazer no salão, não que eu fizesse muita questão dela vir.

- Eu vou com você Rafa! Decidi! É melhor mesmo, você não viveria sem mim. – Acho que mais ou menos o contrário né João? Eu pensei mais só ri e balancei a cabeça como um não.

- Para de drama João. – disse Julia.

- Deixa eles em paz Julinha! – Defendeu o Vinícius que depois virou para mim falando. – Vou sentir tua falta Rafa, faz boa viagem.

- Eu também vou Rafinha! Não se esquece da gente não com seus novos amigos do internato! – completou Carlos.

- Amiga, não se esquece da gente e me liga sempre que puder! – depois disso a Julia chega mais perto e fala: "Se tiver algum garoto gato, guarda pra mim quando eu for te visitar tá.".

- Que é isso Dona Julia? Logo na minha presença?

- O que Carlos? Eu tava falando pra ela pegar um deles ué, a Rafa está precisando perder esse monte de areia que ela ta encalhada.

- Shi! Agora pra se defender você me mete no meio é? – Eu digo com logo depois ela olhando pra mim e piscando.

- Meninos agora eu preciso levar a minha pequena. – chega o meu pai de repente.

Após outros abraços, eu digo tchau e entro no carro indo embora.

Nesse momento estou aqui nesse carro com o meu irmão perturbando pra ir ao banheiro e eu quase me jogando pela janela quando eu vejo aquela enorme estrutura de pedras com muitos alunos em volta se despedindo dos seus pais e se cumprimentando.

Quando nós estacionamos e carro minha mãe diz que vai levar o Eduardo ao banheiro enquanto meu pai e eu vamos levar nossas malas ao quarto depois de falar com a mulher da gigantesca secretaria que tinha naquele colégio.

Chegando ao quarto nós vemos uma menina loira de costas enquanto arrumava seus pertences em uma das pequenas estantes que tinham do lado das duas camas. Ela se vira e toma um susto ao nos encontrar ali atrás.