Capítulo 8 ACEITANDO O FIM

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Capítulo 8

ACEITANDO O FIM

 

Sempre se considerou um homem de sorte, entretanto parecia que ela havia lhe abandonado nos últimos tempos. Parado à sua frente estava George Morris. O pai de Emma.

— Parece que viu um fantasma, Senador?  Imagino que deva me reconhecer mesmo sem nos conhecermos pessoalmente — o homem disse, acordando-o do transe.

— Claro. Como vai Senhor Morris? — estendeu a mão para cumprimentá-lo.

As palavras saíram engasgadas, Emma estava a poucos metros de onde estavam. Isso não era bom.

— Bem, Senador. Ansioso na verdade. Desculpe vir sem avisar, mas como combinamos anteriormente, logo que eu saísse da prisão, eu viria conversar pessoalmente com você e tentar resolver o problema com a minha filha.

— Sim, eu entendo — falou preocupado que Emma aparecesse e entendesse tudo errado. — É que... Como entrou aqui? O prédio já está fechado há 30 minutos.

— Os seguranças me deixaram entrar, eles me conhecem apesar de eu não ser bem vindo. Eu encontrei por acaso a sua secretária na saída que disse que você ainda estava aqui — explicou. — Então dei umas voltas pelo prédio, acho que em um momento de nostalgia. Não que eu queira voltar a minha antiga vida aqui, mas foram tantos anos... E então depois de andar um pouco vim até aqui.

— Está aqui há pouco tempo então? — perguntou o Senador.

— Sim. Há uns cinco minutos.

Quase suspirou de alívio. Não um alívio total, mas pelo menos o pai de Emma não estava por perto enquanto ele estava transando com a filha dele.

— Emma ainda está aqui Senhor Morris — o homem arregalou os olhos, surpresos.

— Mas neste horário? Ela já não deveria ter ido embora? — perguntou confuso.

— É que... — pigarreou. — Estamos com bastante trabalho e ela acabou ficando um pouco mais — mentiu.

— Desculpe-me. Eu só vim mesmo porque você disse para eu vir, falou que gostaria de me ajudar com Emma.

— E quero! — afirmou imediato.

Neste momento ouviram um suspiro e mesmo antes de olhar já sabia. Era Emma. Ela estava na porta que havia ficado aberta. Entrou olhando fixamente para o seu pai e quando George a viu, era notável em suas feições a emoção o dominando.

— Emma.  Minha filha!

O homem deu um passo em direção a ela que logo recuou.

— O que faz aqui? — perguntou friamente.

Richard que a olhava, logo pensou que aquela frieza não combinava com ela. Estava tão diferente da mulher quente e apaixonada que há pouco esteve em seus braços.

Como se soubesse que estava sendo observada olhou para ele. Seu olhar era ainda mais gélido.

— Você o chamou aqui! — acusou-o.

 — Emma, me escute!

Levantou a mão em forma de protesto para que ele se calasse. Ela deu mais alguns passos em direção a porta. Olhou-os novamente e saiu.

Droga! Richard esbravejou internamente. Por que isso tinha que acontecer logo agora? George Morris sentou-se em uma das cadeiras disponíveis e permaneceu de cabeça baixa.

Quando Um Homem Ama Uma Mulher - JFB BAUERWhere stories live. Discover now