Capítulo 3 - P.P.

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— Então a senhorita conheceu alguém... Mas isso é ótimo. — comentou Yuri, um homem gay de cabelos loiros, olhos azuis e com quarenta e dois anos, que era bastante amigo de Karen, enquanto bebia uma taça de vinho.

— Isso não é ótimo, Yuri. — declarou Karen, cortando um pimentão para fazer o almoço. — É errado. Você sabe.

— Mas o seu marido não precisa saber, senhorita.

— Mesmo assim, eu me sinto péssima.

— Não tem que se sentir assim. O seu marido, o Rick, só aparece aqui quando quer... E posso te dizer com todas as letras, que eu mal o vejo por aqui.

— Ele trabalha no mercado financeiro, você sabe... Por isso, não tem muito tempo para ficar comigo.

— Sei... E acha que ele é sincero com você nessas viagens a trabalho?

— Acho que sim.

— Para mim, você tem mesmo é que se divertir. — sorriu — E tirar a teia de aranha da sua periquita.

— Yuri!

— O quê? Eu não falei nada demais.

— Não estou tanto tempo assim sem fazer sexo.

— Sério? Então me diga: Qual foi a última vez que fez sexo?

Karen ficou em silêncio, e Yuri deu mais uma risada, deixando a amiga mais envergonhada com aquele tipo de assunto.

— Quantos meses? — perguntou Yuri.

— Yuri...

— Fala, mulher.

— Seis meses.

— Seis meses? Oh, my God! Eu já teria morrido nessa situação. Como você aguenta?

— Yuri, eu gosto do Rick. Ele é um bom homem.

— Menina, se fosse um bom homem, ele te satisfazeria na cama. Não é o que está acontecendo.

Karen parou de cortar a verdura e suspirou.

— Eu só sei que estou com as mãos atadas, Yuri.

— Pois, solte essas mãos e pegue esse garoto que apareceu na sua vida. Tenho certeza que não vai se arrepender nem um pouquinho.

Karen deu um sorriso e continuou:

— Então não vou desfazer o meu encontro com ele hoje a noite.

— É assim que se fala, mulher! Depois quero saber dos detalhes, hein? Vai me contar, né?

— Claro... E eu espero que tudo ocorra bem, apesar de eu nem saber direito o que usar essa noite.

— Não se preocupe com isso. Depois que almoçarmos, vou te ajudar nisso. Ok?

— Ok! — sorriu novamente.

Na pensão, Rodrigo ainda estava dormindo tranquilamente na cama de casal. Tiago aproveitou para comprar café e pão para o seu melhor amigo. Quando chegou ao quarto, ficou admirando o rapaz por alguns instantes. Depois, subiu na cama e ficou pulando, tentando acordá-lo.

— Levanta, tigrão!

Rodrigo acordou, bocejando e sem entender nada.

Golpe do destino (Tidelli & Natiese) - fanfic gay e lésbicaWhere stories live. Discover now